Foto do super blog Blog da Carol. Belinha
Em pleno século 21, época que tanto se discute a igualdade racial, entre os cães e gatos, o preconceito ainda reina soberano. Talvez, por não obedecerem um padrão de beleza ou simplesmente por pura desinformação, os “vira-latas” que já viveram nas ruas da capital paulista sofrem o descaso de parte da população. Felizmente, esse quadro vem mudando de uns tempos para cá. Prova disso é o resultado de uma pesquisa do Datafolha, que revelou que os bichinhos conquistaram os corações de muitos moradores da cidade de São Paulo.
De acordo com o levantamento, os sem raça definida são os cachorros mais comuns na casa das famílias paulistanas. Nesse sentido, pode-se dizer que ONGs e grupos que incentivam a adoção de pets abandonados tiveram um papel fundamental para essa mudança positiva. O Programa de Proteção e Bem-Estar de Cães e Gatos (PROBEM) da Prefeitura, por exemplo, acaba de completar um ano de atividades, e já contribuiu com a adoção direta de 1177 animais.
Quem é dono de um vira-lata admite que o temperamento dócil e lealdade do bichinho são as suas principais vantagens. Segundo a dra. Carla Alice Berl, do Hospital Veterinário Pet Care, apesar de serem cães sem uma linhagem pré-estabelecida, não dá para prever o seu comportamento, mas, em sua maioria, são dóceis e têm características de defensores do lar.
Esse é o caso de Cacau, um vira-lata de 5 anos, adotado por Sonia Pereira. A pedagoga acolheu o Cau, seu apelido carinhoso, após sua filha ter ganhado o cãozinho de um amigo. “Ele é forte, tem porte elegante e é super carinhoso com os de casa”. Segundo ela, no entanto, se alguém encostar no portão, “ele vira uma fera”.
Já o comportamento dos SRDs muda de um cão para o outro, mas aqueles que passaram pela rua costumam ser mais espertos que os criados em casas ou apartamentos. “Quando estão abandonados nas ruas acontece uma seleção natural, na qual somente os mais fortes, inteligentes e saudáveis sobrevivem”, explica a dra. Carla.
Apesar da resistência, os vira-latas também necessitam de cuidados com a saúde. Sonia sabe bem disso e está sempre atenta com o bem-estar de Cacau e também de sua Poodle, de 10 anos. “Ele está com as vacinas e vermifugação em dia e ganha banhos quinzenais. Pode faltar tudo em casa menos a comida dos cães”.
Um ano de PROBEM
Muitas das ações contra o abandono e a favor da posse responsável têm sido promovidas pelo Programa de Proteção e Bem-Estar de Cães e Gatos da Prefeitura de São Paulo, que completa um ano nesta sexta-feira, dia 2 de julho.
Dentre as ações programadas para celebrar a data está a construção da sede do programa, que será edificada na zona Norte da capital paulista, ao lado do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo.
Nesse primeiro ano de atuação, o PROBEM desencadeou diversas ações para a melhoria do bem-estar dos animais dentro do CCZ. Segundo o centro, mais de 500 gatos e quase 700 cães já encontraram um novo lar.
Outra boa medida governamental foi a criação da lei que, desde 2008, proibe no Estado de São Paulo o sacrifício de animais apenas por estarem na rua. A eutanásia só pode ser feita em casos extremos, de doenças incuráveis ou infectocontagiosas. Cabe então ao CCZ recolher os animais e disponibilizá-los para a adoção. Segundo o órgão, são doados, em média, 50 animais por mês.
Além do incentivo à posse responsável, o CCZ também faz campanhas de castração gratuita para evitar a superpopulação animal, e recentemente, tem estudado formas de microchipar os bichinhos. Segundo a gerente do centro, Ana Furlan, a ideia da Prefeitura é começar a realizar a microchipagem dos animais para poder responsabilizar seus donos, em caso de abandono.
Apesar dos milhares de cães e gatos que ainda moram nas ruas, a verdade é que os vira-latas, que antes eram renegados, estão se tornando a alegria das famílias paulistanas. “Cacau é um vira-lata com muito orgulho. Super querido, de fácil trato, sem frescura, mas bem cuidado. Ele é um membro da família e nos dá segurança”, finaliza a dona amorosa.
A dr. Carla também acrescenta que ter um vira-lata é “tudo de bom”, em referência a famosa campanha da Pedigree, que já colaborou para a adoção de mais de 12 mil cães em todo o Brasil. “Eles são diferentes, carentes, amam seus donos ao extremo e sempre os defende”, finaliza.
De acordo com o levantamento, os sem raça definida são os cachorros mais comuns na casa das famílias paulistanas. Nesse sentido, pode-se dizer que ONGs e grupos que incentivam a adoção de pets abandonados tiveram um papel fundamental para essa mudança positiva. O Programa de Proteção e Bem-Estar de Cães e Gatos (PROBEM) da Prefeitura, por exemplo, acaba de completar um ano de atividades, e já contribuiu com a adoção direta de 1177 animais.
Quem é dono de um vira-lata admite que o temperamento dócil e lealdade do bichinho são as suas principais vantagens. Segundo a dra. Carla Alice Berl, do Hospital Veterinário Pet Care, apesar de serem cães sem uma linhagem pré-estabelecida, não dá para prever o seu comportamento, mas, em sua maioria, são dóceis e têm características de defensores do lar.
Esse é o caso de Cacau, um vira-lata de 5 anos, adotado por Sonia Pereira. A pedagoga acolheu o Cau, seu apelido carinhoso, após sua filha ter ganhado o cãozinho de um amigo. “Ele é forte, tem porte elegante e é super carinhoso com os de casa”. Segundo ela, no entanto, se alguém encostar no portão, “ele vira uma fera”.
Já o comportamento dos SRDs muda de um cão para o outro, mas aqueles que passaram pela rua costumam ser mais espertos que os criados em casas ou apartamentos. “Quando estão abandonados nas ruas acontece uma seleção natural, na qual somente os mais fortes, inteligentes e saudáveis sobrevivem”, explica a dra. Carla.
Apesar da resistência, os vira-latas também necessitam de cuidados com a saúde. Sonia sabe bem disso e está sempre atenta com o bem-estar de Cacau e também de sua Poodle, de 10 anos. “Ele está com as vacinas e vermifugação em dia e ganha banhos quinzenais. Pode faltar tudo em casa menos a comida dos cães”.
Um ano de PROBEM
Muitas das ações contra o abandono e a favor da posse responsável têm sido promovidas pelo Programa de Proteção e Bem-Estar de Cães e Gatos da Prefeitura de São Paulo, que completa um ano nesta sexta-feira, dia 2 de julho.
Dentre as ações programadas para celebrar a data está a construção da sede do programa, que será edificada na zona Norte da capital paulista, ao lado do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo.
Nesse primeiro ano de atuação, o PROBEM desencadeou diversas ações para a melhoria do bem-estar dos animais dentro do CCZ. Segundo o centro, mais de 500 gatos e quase 700 cães já encontraram um novo lar.
Outra boa medida governamental foi a criação da lei que, desde 2008, proibe no Estado de São Paulo o sacrifício de animais apenas por estarem na rua. A eutanásia só pode ser feita em casos extremos, de doenças incuráveis ou infectocontagiosas. Cabe então ao CCZ recolher os animais e disponibilizá-los para a adoção. Segundo o órgão, são doados, em média, 50 animais por mês.
Além do incentivo à posse responsável, o CCZ também faz campanhas de castração gratuita para evitar a superpopulação animal, e recentemente, tem estudado formas de microchipar os bichinhos. Segundo a gerente do centro, Ana Furlan, a ideia da Prefeitura é começar a realizar a microchipagem dos animais para poder responsabilizar seus donos, em caso de abandono.
Apesar dos milhares de cães e gatos que ainda moram nas ruas, a verdade é que os vira-latas, que antes eram renegados, estão se tornando a alegria das famílias paulistanas. “Cacau é um vira-lata com muito orgulho. Super querido, de fácil trato, sem frescura, mas bem cuidado. Ele é um membro da família e nos dá segurança”, finaliza a dona amorosa.
A dr. Carla também acrescenta que ter um vira-lata é “tudo de bom”, em referência a famosa campanha da Pedigree, que já colaborou para a adoção de mais de 12 mil cães em todo o Brasil. “Eles são diferentes, carentes, amam seus donos ao extremo e sempre os defende”, finaliza.
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