O Chartreux é uma raça francesa de médio porte e pelagem curta. A raça lembra o British Shorthair, por apresentar a mesma cor azul acinzentada da pelagem, característica de ambas as raças. O gato Chartreux, é conhecido por ser um gato silencioso e discreto, menos falador que a maioria dos felinos, mas muito ronronante, sendo que raras vezes se ouve miar. Conhecido pelo seu sorriso enternecedor, demonstra simpatia e docilidade com seus familiares.
Descrição e aparência da raça Chartreux
Com um corpo forte, robusto e porém musculoso, o Chartreux é um gato extraordinário. Apresenta uma cabeça grande e arredondada mas não esférica. O maxilar é forte, as bochechas são cheias, sendo que os machos adultos têm bochechas maiores. A testa alta, macia mas não abaulada. O nariz se apresenta em linha reta com tamanho e largura médios, com um ligeiro stop ao nível dos olhos. O focinho é pequeno se comparado à cabeça, estreito e afilado com ligeiras almofadas. Demonstra uma expressão doce e sorridente. O pelo da raça é de curto à médio, de textura ligeiramente lanosa e com uma cor uniforme desde a raiz. É um pelo fofo, muito macio. A cor é cinza azulada e pode variar entre cinzento mais claro ou mais escuro, apresentando-se uniforme desde a raiz. O brilho do pelo é percebido através das pontas prateadas.
Temperamento da raça Chartreux
Bastante calmo e extremamente tolerante, é bastante dedicado e apegado à sua família, demonstrando um enorme carinho e simpatia. É também sociável, simpático e adapta-se rapidamente às mudanças. O Chartreux é um gato que necessita de muito espaço para se exercitar, pois adora correr pela casa sempre na brincadeira com o seu dono ou com um simples brinquedo. Para ele, um pouco de exercício frenético a um ritmo alucinante, pelo menos uma vez por dia é mais do que suficiente para se sentir o gato mais feliz e alegre do mundo. Adora naturalmente, chamar a atenção e ser acariciado mas não gosta de se sentir preso.
O Chartreux é um gato dócil, afetuoso, amável, brincalhão, com uma forte personalidade e muito independente. Com o seu olhar doce e pelo lanoso, cativa qualquer um logo no primeiro instante. É conhecido por apresentar algumas qualidades típicas de um cão, seguindo o seu dono para onde quer que ele vá e acompanhando-o nos momentos mais alegres e nos mais tristes, também. Demonstra, assim a sua enorme devoção e carinho, podendo ressentir-se bastante numa ausência prolongada do dono.
É considerado um amigo fiel e um ótimo guardião. Apesar da sua aparência calma é dotado de uma extrema inteligência e não dispensa uma bela caçada.
É muito silencioso e sensível, pois não gosta de demonstrar os seus sentimentos, e raras vezes se ouve miar. É o gato menos falador de todas as raças, mas em contrapartida, contempla-nos com os seus eternos e constantes ronronares. Demonstra grande afetividade pelo seu dono, manifestando a sua felicidade e alegria.
No entanto, é importante que seus donos estejam sempre atentos, pois é um gato que prefere sofrer em silêncio.
Os gatos da raça Chartreux são bastante tolerantes e sociáveis, mas preferem viver num ambiente calmo. Não gostam de ruídos estranhos e barulhos altos, e não toleram discussões muito menos gritos, o que pode facilmente assustá-los. É um gato que necessita de muito espaço para se exercitar, pois adora correr pela casa sempre na brincadeira com o seu dono ou com um simples brinquedo. Para ele, um pouco de exercício pelo menos uma vez por dia é mais do que suficiente para se sentir o gato mais feliz e alegre do mundo. Adora naturalmente, chamar a atenção e ser acariciado, mas não gosta de se sentir preso.
A complexidade da linguagem humana nos permite uma gama igualmente complexa de pensamentos, inclusive os mais abstratos. Podemos categorizar informações e agrupá-las seguindo critérios que nos fazem sentido, podemos planejar nosso futuro, por exemplo, na quinta-feira às 14h00.
Sem uma linguagem sintática como a nossa, os animais têm seu pensamento muito mais preso ao concreto, ao imediato. Então, um gato é capaz de planejar meticulosamente a captura de um rato, mas, para ele, não faz muito sentido planejar o que fará no próximo mês, ou ter a consciência de que está estressado e planejar tirar férias no meio do ano. Então, como o gato marca a passagem do tempo? O tempo faz sentido para um gato?
Relógios biológicos
Os gatos, como todos os outros animais, inclusive os seres humanos, possuem relógios internos que acompanham a passagem do dia e das estações, que influenciam muitos comportamentos.
As alterações diárias de luz estão relacionadas com a rotação da terra em seu próprio eixo, produzindo os períodos do dia e da noite. Elas influenciam comportamentos como os períodos de sono e vigília, regulação térmica, produção de hormônios e os processos digestivos.
A genética de cada espécie animal determina de que forma elas serão afetadas. Os gatos sempre serão animais noturnos, sempre serão mais ativos durante a noite e vão preferir se alimentar ao entardecer e ao amanhecer. É muito provável encontrar um gato dormindo no meio da tarde. Ele não precisa olhar no relógio que está na parede para saber quando é hora de dormir ou de comer. Ele acerta seu relógio interno com as horas através da luz do dia.
As alterações sazonais da quantidade diária de luz estão relacionadas com o movimento anual da terra ao redor do sol, produzindo dias mais longos no verão e mais curtos no inverno. Quanto mais próximo estivermos das regiões polares, maior será a influência da sazonalidade no comportamento dos bichanos. As fêmeas felinas entram no cio principalmente na primavera e no verão, quando os dias são mais longos, bem como os machos têm uma maior produção de testosterona neste mesmo período. Aqui o relógio interno diz que é hora de procriar.
Aprendizado por associação
Uma forma de planejar o futuro é pensar em eventos que se repetem periodicamente, por exemplo, toda terça, uma vez por mês, ou todas as manhãs. Para que um gato possa perceber a repetição de um evento, tem que associá-lo a algum acontecimento ou situação que se repete junto com esse evento. Além disso, é necessário que o evento faça sentido para o gato, que seja do interesse dele.
O interesse de um gato por um evento depende das relações sociais que ele estabelece com seu dono, com as visitas e com outros animais.
Um macho não castrado que gosta de sair para encontrar ou brigar com outros gatos durante a noite estará desesperado para sair de casa quando anoitece, afinal, está na hora de encontrar os “amigos”. Um gato castrado pode não ter esse hábito e, embora ele também perceba o anoitecer, ele não tenta sair de casa.
Os eventos que ocorrem com periodicidade podem servir como dicas para o gato: saída para o trabalho, retorno à casa, cozinhar as refeições, ir à academia, à escola ou presença semanal de uma faxineira. Por exemplo, um gato pode perceber o final de semana porque seu dono não sai para o trabalho ou porque ele acorda muito cedo durante a semana e dorme até mais tarde no fim de semana.
Se o alimento do gato fica guardado no armário da cozinha, é bastante provável que o gato vá para este ambiente sempre que você toma o café da manhã ou prepara o jantar.
Se o gato não gosta das mudanças que o dia de faxina provoca na casa, você perceberá que neste dia ele “desaparece”. Fica entocado em um canto e não sai de lá. Por outro lado, se uma das funções da faxineira nesse dia for alimentar o gato, pode ser que ele comece a esperar por ela na porta.
Todas as manhãs das quartas-feiras faço o adestramento de dois cães em uma casa com sete gatos. Este é o único dia da semana no qual a proprietária não vai à faculdade pela manhã. Uma das gatas, que adora participar da aula, apenas neste dia, fica grudada nos cães. Sempre que chego, ela está ao lado deles e acompanha toda a aula.
Claro que este raciocínio não necessariamente é consciente por parte da gata; ela simplesmente se dá conta que estou para chegar e fica junto com os cães.
Perceber quando um gato se dá conta ou não da repetição de um evento no tempo não é uma tarefa muito fácil, pois, mesmo que ele perceba que um determinado evento ocorre em um determinado dia, se aquele evento não for do seu interesse, ele não mudará em nada seu comportamento.
Os outros seis gatos da casa não mudam seu comportamento no dia em que os cães são adestrados. Eles podem ou não ter percebido que estou para chegar naquele dia, mas, mesmo que tenham percebido, não alteraram seus hábitos em função disso.
Claudia Terzian é veterinária, faz parte da Cão Cidadão e ministra aulas de adestramento em Curitiba-PR.
Com a idade, cães e gatos precisam de cuidados especiais, pois seus órgãos não funcionam como antes
Aos sete anos de idade gatos e cães de pequeno e médio porte já são considerados senis. Para as raças gigantes, a senilidade chega mais cedo, a partir dos cinco anos de vida. Assim como ocorre com a saúde dos humanos na terceira idade, cães e gatos idosos necessitam de cuidados especiais, pois seus órgãos não funcionam com a mesma eficiência da juventude. Segundo a Dra. Elaine Pessuto, médica veterinária e diretora do CETAC - Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária, é nesta fase de vida que a realização de exames deve ser mais constante. “Os check-ups devem ser feitos em qualquer idade, porém, com o passar do tempo, a frequência deve ser alterada. Dessa forma conseguimos descobrir doenças crônicas precocemente e tratá-las a tempo”, revela a médica veterinária.
A regularidade depende da predisposição racial ou da existência de alguma doença, mas em caso de animais saudáveis, o recomendado é pelo menos a cada seis meses.
Cuidados com a nutrição, com o funcionamento do coração, do sistema hepático e renal devem ser encarados como uma necessidade neste período da vida do animal. “Com o passar do tempo, os nossos velhinhos vão adquirindo necessidades diferentes, seus órgãos vão envelhecendo e suas funções podem ficar deficientes. Muitos animais possuem problemas de coluna ou articulares, que doem mais no inverno, por exemplo. Assim, toda e qualquer mudança no comportamento ou mesmo na rotina dos animais deve ser comunicada ao veterinário. Ele será capaz de orientar quanto ao manejo ou até mesmo quanto ao tratamento de problemas crônicos”, alerta a Dra. Elaine Pessuto.
Embora benéficos para a saúde em qualquer idade, os exercícios devem sofrer alterações, principalmente em casos de animais com problemas ortopédicos. “Cães com problemas ósseos, articulares e cardíacos devem ter sua condição avaliada e sua disposição também. O cão não deve ser forçado ou exposto ao excesso”, ressalta.
Além dos exames e da rotina de exercícios, a alimentação é outro fator que merece atenção em pets senis. “É importante evitar fontes excessivas de gordura e proteína e lembrar sempre que cada indivíduo é único e, como tal, deve ser acompanhado, ou seja, existem dietas, tratamentos e manejo específicos para cada problema. Devemos buscar o envelhecimento saudável do nosso cão ou gato. Isso é mais uma prova de amor e cuidado”, finaliza a Dra. Elaine Pessuto.
Esta raça de gato é originária da Tailândia (antigo Sião) e de Burma (Myanmar), sudeste do continente asiático. O gato Burmese, ou Burmês não deve ser confundido com o Birmanês, conhecido popularmente como gato Sagrado da Birmânia (Sacred Cat of Burma). São na realidade, duas raças distintas.
História da raça Burmês
Os primeiros exemplares da raça Burmês foram levados para a América à partir de 1930, e com o passar do tempo houve uma distinção entre dois sub-grupos, os burmeses americanos e os britânicos. Apesar de que a maioria das entidades responsáveis pelos registros da raça não reconheçam dois grupos distintos, algumas entidades referem-se ao ao tipo britânico como Burmese Europeu. No início, os gatos burmeses eram exclusivamente de cor marrom escuro (sable ou zibelina), mas após anos de cruzamentos e aprimoramento genético, criaram uma enorme variedade de cores e padrões. As associações, no entanto, aplicam regras diferentes no que diz respeito a esses padrões, e quais exemplares podem ser considerados como burmeses.
A partir da década de 1950, países Europeus começaram a importar os gatos burmeses da Grã-Bretanha e como resultado, a maioria dos países basearam o padrão da raça no modelo britânico. Os gatos dessa raça são amplamente utilizados para o desenvolvimento de outras raças de gatos domésticos, como por exemplo o Bombay, o Tonkinese, entre outras.
Descrição e aparência da raça Burmês
Como consequência do desenvolvimento da raça separadamente na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, os burmeses europeus diferem dos americanos. Os exemplares britânicos tendem a ter uma aparência mais oriental, apresentando um rosto de formato mais triangular, enquanto os americanos tem aparência mais atarracada, apresentando um formato mais arredondado no rosto, na cabeça, nos olhos e nos pés, além de terem bochechas mais cheias, lembrando a aparência de um cão da raça Pug.
Diferenças a parte, o Burmês é uma raça de gato inteligente, de médio porte, com pelagem curta e sedosa. Os gatos adultos podem apresentar entre 4 e 6 kg, aproximadamente. De acordo com o standard da raça, os olhos do Burmese apresentam coloração em tom de amarelo ou ouro. A pelagem da raça é brilhante e sedosa. A coloração era originalmente marrom-escuro (sable ou zibelina), mas anos de cruzamentos seletivos produziram uma grande variedade de cores e padrões. As cores e padrões mais conhecidas e mais aceitas pela maioria das associações internacionais são, além do zibelina (sable), o Azul (cinza), chocolate (champagne), lilás (prateado), vermelho, creme, marrom casco de tartaruga (brown tortoiseshell), chocolate casco de tartaruga (chocolate tortoiseshell) , lilás casco de tartaruga (lilac tortoiseshell) e azul casco de tartaruga (blue tortoiseshell).
Temperamento da raça Burmês
É, sem dúvida, um gato muito sociável, dócil com humanos e gosta de permanecer na companhia do seu dono. O gato Burmês se adapta facilmente dentro de casa e a proximidade com a família o torna mais apegado e carinhoso. É um gato brincalhão, costuma se dar muito bem com crianças e cachorros. Não são tão independentes quanto outras raças de gatos, gostam e precisam da atenção da família e de seus donos. Não são, portanto, adequados para famílias que ficam muito tempo fora de casa pois não suportam longos períodos sem companhia humana.
São conhecidos por manter seu temperamento típico de filhote mesmo depois de adulto e demonstram muitas características que se assemelham as dos cães, pois são capazes de aprender truques, buscar bolinhas arremessadas pelos seus donos, etc. Assim como o Siamês, os burmeses são muito vocais, mas apresentam um miado mais doce e suave. O Burmês é considerado um gato capaz de manter um ótimo relacionamento com crianças e outros pets, como outros gatos e cães. Costumam gostar de viver em ambientes fechados e acabam se tornando mais carinhosos se mantidos dentro de casa.
“O exagero no oferecimento de guloseimas, muitas delas não específicas para os animais - como pães, doces, biscoitos e até restos de comida - também beneficia o desenvolvimento da obesidade”
Alguns donos acreditam que a obesidade em gatos não é um problema sério e sim sinal de boa saúde. Dentro dessa teoria completamente equivocada esconde-se primeiro a responsabilidade do próprio dono como causador da obesidade de seus animais e, segundo, as doenças que podem se transformar em crônicas e até levar o animal a óbito. Tudo que é demais é ruim, já diz o velho ditado. O exagero no oferecimento de guloseimas, muitas delas não específicas para os animais - como pães, doces, biscoitos e até restos de comida - também beneficia o desenvolvimento da obesidade. Nem por isso os petiscos específicos para animais podem ser oferecidos à vontade. Em excesso eles também são prejudiciais à saúde. Conversamos com a Dra. Márcia Marques Jericó, especialista em doenças endócrinas e metabólicas em cães e gatos sobre esse tema. Confira!
RPG - No seu ponto de vista, a obesidade está ligada ao oferecimento exagerado de guloseimas?
Dra. Márcia - Está claro, por inúmeros estudos já realizados, que a obesidade está diretamente relacionada ao oferecimento exagerado de guloseimas. Os petiscos, ou guloseimas, apresentam elevado teor calórico, uma vez que são palatabilizados com gorduras e açúcares.
RPG - Além da obesidade, quais outros problemas podem surgir? Quais os mais graves?
Dra. Márcia - Problemas ortopédicos (doenças articulares degenerativas e hérnias/extrusões de disco intervertebrais), problemas cardiovasculares (hipertensão e hipóxia de miocárdio) e metabólicos (síndrome metabólica, diabetes e arteriosclerose). E todos são graves, cada um a sua maneira.
RPG - Existe algum tipo de petisco que pode ser oferecido aos pets sem problemas? E qual a quantidade e frequência?
Dra. Márcia - Os petiscos ideais são aqueles pobres em gorduras e açúcares. Devem ser fornecidos na menor frequência possível, não podendo substituir a alimentação, e o ideal é usá-los sempre como forma de premiação.
RPG - Alguns donos simplesmente não resistem às caras “pidonhas” de seus bichinhos, sobretudo na hora das suas refeições. A desculpa, quase sempre, é a de que: “Coitadinho, ele vai ficar com vontade”... Isso é real?
Dra. Márcia - Como já me disse um proprietário certa vez: “Sabe o que engorda o meu animal, doutora? É o ‘coitadinho’...” Se o proprietário não resiste aos apelos do animal, o correto é não estar junto com ele no momento das refeições.
RPG - 5 razões médicas para que os donos digam “Não!” às guloseimas
Dra. Márcia - Aumento do colesterol, aumento dos triglicérides, diabetes mellitus, hipertensão e obesidade.
RPG - Os petiscos próprios para cada espécie podem ser oferecidos aos animais sem restrição?
Dra. Márcia - De maneira alguma! Os petiscos devem ser oferecidos com parcimônia.
RPG - Depois de mal-acostumado aos mimos alimentares proporcionados por seus donos, o que pode ser feito para reverter essa situação?
Dra. Márcia - Simplesmente promover as mudanças de hábitos alimentares, com restrições ao fornecimento excessivo de guloseimas. Os animais logo se habituam e as mudanças benéficas em seu estado geral serão observadas de imediato.
RPG - Muitos donos acham lindo ter gatos gordinhos – para esses donos gordura é sinônimo de saúde. O que a Sra. diria sobre isso?
Dra. Márcia - Posso dizer que indivíduos obesos, inclusive gatos, não têm longevidade, isto é: vivem pouco. É melhor que os proprietários que acham que ser obeso é bonito reverem este conceito.
RPG - Como o dono pode identificar que seu amiguinho passou da gordura “saudável” e está obeso? Quais são os primeiros sintomas indicativos da doença?
Dra. Márcia - Primeiramente, não existe gordura saudável. Toda obesidade é mórbida... Percebe-se que o animal (gato ou cão) está obeso quando ele perde a linha da cintura (quando visto por cima) e quando apresenta depósitos de gordura nos flancos e na região esternal. Os primeiros sintomas são o cansaço fácil e a relutância à atividade física.
Profa. Dra. Márcia Marques Jericó, coordenadora do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi e coordenadora do Obezoo, grupo que estuda a obesidade em cães na Universidade Santo Amaro (SP).
O British Shorthair, ou Pelo Curto Inglês, é provavelmente a mais antiga raça de gato de toda a Inglaterra, e certamente uma das mais populares. Há 2 mil anos, quando o Império Romano invadiu a Grã-Bretanha, ele levou com a sua tropa essa raça para combater os ratos que se espalhavam em território inglês. A primeira exposição desta raça ocorreu em 13 de março de 1871, no Crystal Palace, em Londres.
Descrição e aparência da raça British Shorthair
O gato British Shorthair é um excelente companheiro para a família. É um gato tímido, amistoso e afetuoso. O British Shorthair é um gato elegante, compacto, bem balanceado. A cabeça do gato British Shorthair é arredondada, com bom espaço entre as orelhas. O tamanho é de médio para grande, os olhos são grandes, redondos e bem abertos. Sua pelagem é curta, muito densa, rente ao corpo, e firme ao toque. O British Shorthair é uma raça de desenvolvimento lento. As fêmeas devem ser menos robustas que os machos em todos os aspectos. Prefere estar no chão, e não tem entre suas especialidades a velocidade, ou a agilidade.
Temperamento da raça British Shorthair
Os gatos da raça British Shorthair são descontraídos, de fácil trato, capazes de interagir com crianças e outros animais, a ponto de serem considerados gatos bastante tolerantes e pouco irritadiços. Apresentam, de maneira geral, caráter muito equilibrado e costumam se adaptar com facilidade a vida em ambientes fechados, podendo viver até mesmo apartamentos. Gostam de brincar com seus donos e familiares, mas não são considerados gatos que exigem atenção demasiadamente. É uma das raças preferidas pelos entusiastas dos felinos, seja por sua singular beleza, por seu temperamento ou por não exigirem muito cuidado com a pelagem, que não costuma embaraçar facilmente. Os donos e criadores de gatos desta raça sugerem que escovações ocasionais são suficientes para que ele fique bonito e não solte muito pelo. Também ficaram conhecidos por serem capazes de aprender pequenos truques, principalmente em função de sua notória inteligência, mas também por seu temperamento tranquilo e atencioso.
Gatos de Áries - são solitários e algumas vezes intolerantes com outros animais de companhia, que eles consideram intrusos. Se você tiver um aquário, deixe-o num local bem protegido de seu gato ariano, ele é campeão de pescaria. Ele gosta de se meter em brigas e já deve ter aparecido com alguns arranhões, ferimentos e com as orelhas com alguns pedaços faltando...
Gatos de Touro - têm olhos bonitos e grandes, e quando jovens vencem com facilidade concursos de beleza felina. Mas, como adoram comer e são preguiçosos, costumam engordar com facilidade. Evite dar-lhe comidas especiais, como peixe fresco, pois ele nunca mais vai querer comer outra coisa. São gatos sensuais e encantadores e estarão sempre no seu colo pedindo afagos e carinho.
Gatos de Gêmeos - É difícil que gatos obedeçam às ordens dos humanos, mas os gatos de Gêmeos são exceção. Por terem nascido sob o mais comunicativo dos signos, eles parecem entender o que falamos. Você pode achar que ele consegue até responder as suas perguntas com miados! São meio nervosos, hiperativos, e têm ótima visão. São muito brilhantes e aprendem truques facilmente.
Gatos de Câncer - Com a Lua como regente de Câncer, os gatos deste signo têm ainda mais forte a natureza noturna dos felinos. Não se mexem muito durante o dia, mas à noite são extremamente ativos. E eles adoram o som da própria voz! Se você ouvir alguns gemidos na madrugada, deve ser de um gato canceriano. Não são dados a brigas, fugindo delas sempre que possível, e além disso necessitam de constante afeto.
Gatos de Leão - São as mais afortunadas das criaturas. Têm boa saúde e muita sorte. A maioria dos gatos leoninos tem pelos longos, mas os de raças de pelos naturalmente longos, como os Persas, são excepcionalmente belos. Diz-se que leoninos bem tratados atraem riqueza e prosperidade, por isso cuide bem de seu gato de Leão. São extrovertidos, sociáveis, leais, constantes e verdadeiros.
Gatos de Virgem - É quase possível escutar um gato de Virgem criticando você. Ele é extremamente exigente e não tolera ser o segundo em nada. Dê-lhe sempre ração da melhor marca, no mesmo prato, no mesmo lugar e na mesma hora todos os dias. São muito higiênicos e passam mais tempo que os outros gatos lambendo-se para se limpar. São péssimos para caçar ratos, pois preferem brincar a matar. Têm tendências a alergias e sua pele sensível pode ter reações a talcos contra pulgas.
Gatos de Libra - são completamente indecisos. Ele não sabe se fica dentro de casa ou se sai, é exigente com a comida, e fica mudando de lugar, de seu colo para o sofá, do sofá para o seu cesto, e assim por diante, à procura de um local confortável. Nada está bom demais nem pode atender às suas exigências... Ele também é regido por Vênus, por isso não se assuste se às vezes ele parecer um pouco apático: ele provavelmente está, mais uma vez, apaixonado.
Gatos de Escorpião - Pretos com olhos verdes são os típicos gatos de Escorpião, signo que rege as coisas misteriosas e ocultas. Mesmo que você não acredite nem tenha poderes sobrenaturais, você terá um contato telepático com seu gato de Escorpião. Ele sabe o que você está pensando, pressente o perigo e chega para o jantar bem na hora em que você ia chamá-lo! Ele é mágico e misterioso, e vai lhe trazer sorte e proteção.
Gatos de Sagitário - estão sujeitos aos azares do acaso que frequentemente fazem com que estejam no local certo, mas na hora errada: somem na hora da comida ou, se tem um gato preso no alto de uma árvore, provavelmente é um sagitariano. Adoram afagos, mas não o sufoque com carinhos: ele simplesmente vai embora, pois preza muito a sua liberdade. Ele às vezes parece metido, porque não gosta de se misturar com os gatos comuns da vizinhança. Seu pelo e bigodes são longos como a crina de um cavalo, e ele é ativo e energético.
Gatos de Capricórnio - Os gatos mais egoístas costumam ser os nativos sob o signo de Capricórnio. Eles comem sua comida, aceitam seu tratamento e afeição e depois vão embora como se você não existisse. O gato capricorniano não gosta da vida doméstica e está mais adaptado à vida selvagem. Muitos dos gatos perdidos ou abandonados são de Capricórnio. Às vezes não são boa companhia, mas merecem seu carinho, mesmo que você os ache sem graça e ingato...quer dizer, ingrato!
Gatos de Aquário - São excêntricos. Podem preferir chocolate a peixe, ter amigos pássaros e dormir na cama do cachorro. Podem até gostar de tomar banho! Eles não se parecem com nenhum gato que você conheça, a não ser que seja outro aquariano. Eles são independentes e só precisam de você para fornecer-lhes a comida. Por isso, não espere muita afeição deles. Aquarianos de todas as espécies são perfeitos para trabalhar na televisão, e o seu gato não é exceção: ele pode virar o artista da casa!
Gatos de Peixes - É uma mistura de emoções. Ele pode passar por você com seu focinho empinado e o rabo erguido como se estivesse ofendido, e você se perguntará o que fez de errado a ele. Logo depois estará se esfregando em você em busca de carinho. Se ele pudesse falar diria: - Eu não sei o que eu quero, mas quero agora! Ele é muito intuitivo e saberá imediatamente se você está feliz ou contrariado. O seu prato predileto? Não era nem preciso dizer: peixe.
Saiba por que cada espécie possui diferentes odores e como evitar uns cheirinhos desagradáveis em sua casa
Gatos são, por excelência, animais muito limpos. Passam boa parte do dia se lavando e cuidando do seu pelo. Sua língua foi feita para isso, pois é coberta de papilas que agem como um pente, eliminando sujeiras, pelos mortos, poeira etc. Além de se limparem, não suportam pisar em locais molhados, evitando, também, pisar em urina e fezes. Gatos de apartamento e de pelo curto não precisam tomar banho. Se ele tiver acesso ao jardim, pode-se, em casa, fazer um banho seco, eventualmente. Se o pelo do gato for longo, deve-se fazer a escovação no mínimo duas vezes por semana, para eliminar os nós e pelos mortos. Se o pelo fizer nó facilmente, ele pode tomar banho a cada 45 dias, caso contrário, a cada dois meses, é mais do que suficiente.
Procure manter as caixas higiênicas sempre limpas, para que não exalem cheiro algum. Se a casa está com cheiro ruim, a culpa não é do gato, é do dono, que não fez a limpeza diária das caixas.
Na espécie felina, existem os gatos braquicefálicos (como Persas e Exóticos) , que tendem a apresentar um bloqueio no canal lacrimal, causando lacrimejamento e, em alguns casos, aparecendo uma secreção escura , que ocorre por causa da oxidação dos componentes da lágrima, quando entram em contato com o ar, provocando um odor característico.
Em sua rotina, os felinos se limpam durante uma boa parte do dia, para não deixar vestígios de comida e cheiro em seu pelo. É fundamental lavar muito bem os seus utensílios, como banheiros, pratos e bebedouros. Eles são exigentes por natureza, por isso precisamos entender suas necessidades.
Lave sempre todos os seus pertences com detergente de louça neutro, e se quiser, no final, com água quente. Gatos são tão cuidadosos, que fazem questão de esconder suas fezes e urina, evitando que o cheiro sinalize sua presença.
Cheiro em cães:
Em geral, os cães que exalam um odor mais forte são os de focinho achatado e também os cães com rugas, entre eles o Shar Pei, o Pug e o Buldogue. O cheiro, normalmente, vem de fungos ou bactérias que se acumulam nas rugas; assim, a ventilacão fica comprometida e o cheiro se torna muito forte. Sendo assim, é preciso que a higiene seja redobrada. O odor pode ocorrer também por falta ou excesso de banho. O ideal é dar banho no cão uma vez por semana e ter cuidados para que a secagem seja feita adequadamente, caso contrário, podem ocorrer doenças dermatológicas, causando inflamação e odor fétido. Banhos com intervalos maiores causam cheiro forte no animal. É necessário também avaliar, com uma certa frequência, os dentes do seu cão, pois também podem exalar cheiro forte, deixando um odor no pelo quando lambido, além de deixar esse mesmo cheiro no local em que ele se deita e se esfrega. Então é preciso ter cuidado, pois além do cheiro forte, doenças periodontais levam a problemas sérios de saúde. Vale lembrar que cães passeiam diariamente pela rua, podendo, também, se sujar mais facilmente. Quando retornar de cada passeio, passe um lenço higiênico em suas patas. A pele dos cães é dotada de glândulas sebáceas e sudoríparas, que são divididas em apócrinas e exócrinas. Para alguns pesquisadores e estudiosos de cães, as apócrinas são encontradas por todo corpo e são responsáveis pela produção de uma substância que, quando decomposta pela ação de bactérias, exala o famoso “cheiro de cachorro”.
Sendo assim, cada espécie tem suas características próprias, e, para lidar com a questão de odores fortes, basta ter um pouco de conhecimento sobre a espécie que você adotou e seguir regras básicas de higiene, e o problema, certamente, será minimizado.
Se o dono do gato perceber que ele está exalando algum odor desagradável, deve levá-lo ao veterinário com urgência, a fim de identificar a causa.
Luciana Deschamps é médica veterinária especialista em felinos, Bacharel em Filosofia e Titular da Clínica Veterinária Sr. Gato
O Brazilian Shorthair, ou Pelo Curto Brasileiro é a primeira raça de gato brasileira a ser reconhecida pela WCF (World Cat Federation).
História da raça Pelo Curto Brasileiro – Brazilian Shorthair
A raça Pelo Curto Brasileiro (Brazilian Shorthair) foi criada no Brasil através do cruzamento entre as raças de pelo curto trazidas por imigrantes europeus, desenvolvendo no país o seu próprio padrão. Bastante conhecido em todo o país, estes animais têm suas origens entre os gatos europeus introduzidos no país na época da colonização. Reconhecido como raça no Brasil, e já conquistando renome internacional, a história do Pelo Curto Brasileiro teve início em 1985, por iniciativa da Federação Brasileira do Gato.
Descrição e aparência da raça Pelo Curto Brasileiro – Brazilian Shorthair
O Pelo Curto Brasileiro é um gato ágil e elegante. É um gato menos robusto do que o European Shothair ou o American Shorthair. Contudo não tem um pelo tão refinado como o Siamês. O Brazilian Shorthair pode ser encontrado numa vasta gama de cores e padrões e a cor dos olhos varia de acordo com a cor da pelagem. O gato da raça Brazilian Shorthair apresenta um tamanho médio, bem proporcionado, é musculoso e elegante. O pelo da raça é curto, brilhante e bem assentado ao corpo. Apresenta textura sedosa e não possui sub-pelo. A cabeça do gato Pelo Curto Brasileiro tem tamanho médio, as orelhas são largas na base e os olhos são grandes, redondos, com coloração correspondente a cor da pelagem. A mistura de raças e a necessidade de sobreviver nas ruas conferiu a estes gatos uma saúde excelente.
Temperamento da raça Pelo Curto Brasileiro – Brazilian Shorthair
Provavelmente, o principal motivo do sucesso desta raça é o excelente temperamento. Sempre ativo e ágil, brincalhão e apegado ao dono, apesar da independência natural, é além de tudo um gato extremamente inteligente. O Pelo Curto Brasileiro é considerado um gato inteligente e também muito brincalhão. O gato desta raça é afetuoso ao ponto de ficar próximo ao dono o tempo todo e segui-lo onde quer que vá. Contudo, não é um gato de um só dono. Gosta de companhia e por isso costuma se afeiçoar a todos com quem partilha a casa. Sua necessidade de atenção é consideradas como alta e, caso não seja satisfeita, pode-se tornar num gato arisco.
A cultura útil e inútil sobre nossos adorados gatos
•Homens e gatos possuem a mesma região do cérebro responsável pelas emoções. O cérebro do gato é mais similar ao do homem do que ao do cão.
•Os gatos possuem 30 vértebras, 5 a mais que os humanos.
•A audição dos gatos é muito mais sensível do que a dos homens e cães. Seus ouvidos afunilados canalizam e amplificam os sons como um megafone.
•Recentes estudos revelaram que os gatos podem ver o amarelo, o azul e o verde. Ainda não se sabe ao certo se conseguem ver o vermelho, provavelmente essa cor é vista como cinza ou preto.
•As patas do gato possuem receptores muito sensíveis que levam informações, na velocidade da corrente elétrica, até o cérebro, exploram coisas novas, sentem os alimentos e a velocidade do que passa sobre elas.
•No fundo do olho, os gatos têm uma camada de células denominadas tapetum lucidum. A luz, após absorção, é refletida por essas células de volta para a retina, para que seus receptores tenham uma segunda chance de captá-la. Isso aumenta a eficiência dos receptores da retina em cerca de 40%.
•Os gatos andam na ponta dos dedos.
•O gato possui um total de 24 bigodes, agrupados de 4 em 4. Seus bigodes são usados para medir distâncias.
•O gato possui aproximadamente 60 a 80 milhões de células olfativas. O homem possui entre 5 a 20 milhões.
•Os gatos são muito limpos e passam cerca de 30% de sua vida se limpando.
•O campo de visão do gato é de 185 graus. Por serem muito sensíveis à luz, os olhos dos gatos possuem pupilas verticais. Quando totalmente abertas, elas ocupam uma área proporcionalmente maior do que a pupila do homem.
•Leva cerca de 2 semanas para o filhote ouvir bem, e seus olhos abrem em média com 7 dias.
•O gato treme quando sente muita dor.
•O ronronar nem sempre é por alegria e prazer. Alguns gatos ronronam alto quando estão muito assustados ou com dor.
•Gatos selvagens miam muito menos do que os domésticos. Isso se deve ao fato de os gatos aprenderem que miando chamam a atenção do homem para suas necessidades.
•Gatos adultos e sadios passam 15% de sua vida em sono profundo e 50% de sua vida em sono leve, o que deixa apenas 35% do tempo no estado acordado. No entanto, passam do estado de sono profundo para acordado e alerta mais rápido do que qualquer espécie.
•O gato sempre cai de pé, desde que o tempo de queda seja suficiente para que ele gire seu corpo e se defenda da queda, amortecendo o impacto.
•Gatos têm 30 dentes, enquanto os cães possuem 42. Os dentes de leite são substituídos pelos permanentes por volta dos 7 meses de idade.
•A expectativa de vida de um gato de rua (sem dono) é de cerca de 3 anos. Um gato com dono e dentro de casa pode chegar a 16 anos.
•Os gatos ouvem até 65 kHz (quilo-hertz), enquanto os homens ouvem até 20 kHz.
•Os gatos sacrificaram os detalhes e as cores pela capacidade de enxergar com pouquíssima luz. Eles não conseguem enxergar pequenos detalhes, vêem o mundo sem focá-lo.
•Em proporção ao corpo, os gatos são os mamíferos que possuem os maiores olhos.
•Quando se lavam, os gatos perdem quase tanto líquido quanto perdem na urina.
Imagine um universo paralelo em que uma espécie animal se julga superior e submete as outras a situações degradantes, como retirar sua pele para fazer casacos, alimentar demasiadamente seus filhotes com uma ração especial que aumente o tamanho de seus pequenos fígados e organizar eventos em que um animal de outra espécie é ludibriado e recebe golpes de espada até morrer.
Imaginou? Nem precisava, porque é neste universo que vivemos. Confira abaixo algumas ilustrações de artistas que decidiram retratar os maus tratos e atitudes humilhantes que nós, humanos, fazemos com animais de outras espécies:
“Como nossa percepção sensorial é bastante distinta daquela dos nossos amigos felinos, delegamos como beijo do gato o comportamento de tocar o focinho nos nossos rostos”
Sabe aquela carinha que os gatos fazem quando estão ao seu lado? Um olhar entreaberto, um “olhinho” com charme e sono ao mesmo tempo? Hoje, vamos conversar sobre esse comportamento. Sim, é um comportamento, mas não de sono, preguiça ou o que o valha. Os gatos estão esforçando-se para estabelecer uma comunicação, passar uma mensagem para seus responsáveis. Muitos de nós até achamos uma graça esse olhar que, quase sempre, está acompanhado do “motorzinho” e/ou “tocar pianinho”. Um gato comunica-se com outros gatos através de uma série de elementos comportamentais específicos da espécie. Como não exibimos movimentos tão exuberantes das orelhas, não temos uma cauda longa e vívida e, ainda, não eriçamos os pelos do corpo tão evidentemente, restam à comunicação entre o gato e o homem outras ferramentas para trocarem informações. Gatos nos olham, em uma circunstância ambiental e social bastante reconfortante, de um modo especial. Estamos sentados na mesa do computador e os nossos felinos estão lá. Subitamente quando os olhamos, eles fecham lentamente os olhos, às vezes os abrem e tornam a fechá-los lentamente.
Quando piscamos lentamente para o gato estamos enviando uma mensagem: Pode ficar tranquilo, você pode relaxar. Não se sinta ameaçado!
Olhar de “vontade de dar um beijo”. Quem resiste?
Nossa falta de conhecimento não permite que prestemos atenção em tal detalhe surpreendente: os gatos lentamente piscam em nossa direção. Associado aos olhos, nós podemos observar um grupo de outros elementos comportamentais que ajudam a estabelecer a comunicação. Além do “motorzinho” e o “tocar pianinho”, temos posturas corpóreas compatíveis com o relaxamento. Contudo, o mais importante não é somente o olhar, é o fechar e abrir lentamente as pálpebras. Um piscar lento nos parece uma sinalização de satisfação plena, ainda que não seja acompanhado necessariamente de contatos físicos. Muitos gateiros chamam esse comportamento de beijo dos gatos. Como nossa percepção sensorial é bastante distinta daquela dos nossos amigos felinos, delegamos como beijo do gato o comportamento de tocar o focinho nos nossos rostos. Mas, independente da denominação, prestem atenção neste comportamento dos gatos. Bem, depois de observar o comportamento, podemos avançar para a segunda sugestão do post: podemos retribuir o “beijo”. Podemos fechar e abrir nossas pálpebras lentamente e enviar uma mensagem para o (a) nosso (a) gato (a). Lendo este post, você pode até pensar: o que fazer com aquele apertão que eu dou no meu gato acrescido com uma bitoca no meio das vibrícias? E por último: gatos não “beijam” todo mundo, apenas os associados preferenciais, não espere receber um “beijo” de um gato desconhecido (se receber, leve-o para casa), O “beijo” só acontece em meio a circunstâncias favoráveis e, jamais, jamais, agarre o gatão depois que perceber que tudo que está neste post é verdade. Se ele piscar (“beijar”) para você, controle a emoção, devolva o piscar dos olhos bem lentamente e só. Depois você abraça e beija. Se o fizer depois do “beijo” ele pode repensar em mandar uma piscada para você na próxima oportunidade.
“A pupila dos gatos dilata ou contrai conforme a quantidade de luz presente, permitindo uma melhor visualização do ambiente”
O felino é um caçador de hábitos noturnos e, por isso, sua visão é muito superior à dos humanos no período noturno. Não é verdade que eles enxergam na completa escuridão, mas seus olhos conseguem captar mínimas quantidades de luz existente em um ambiente. Semelhantes aos humanos, os gatos possuem na retina células receptoras que captam a luz.
O que há de diferente é que a luz, ao passar por essas células, se reflete no Tapetum lucidum, uma espécie de espelho que tem cerca de quinze camadas de células brilhantes. A luz volta refletindo e tocando novamente as células receptoras.
Devido a esse mecanismo, os gatos precisam de 6 vezes menos luz pra enxergar do que o ser humano. Também o brilho dessa membrana (Tapetum lucidum) é que provoca aquele efeito de luminosidade que percebemos nos olhos dos gatos no escuro, como se fossem faróis.
Outro mecanismo da visão é a dilatação pupilar. A pupila dos gatos dilata ou contrai conforme a quantidade de luz presente, permitindo uma melhor visualização do ambiente. É por isso que seus donos observam que, durante o dia, a pupila fica como uma linha vertical e à noite se torna redonda.
No entanto, os felinos têm uma menor acuidade visual quando há muita luz. Eles têm apenas 10% da nossa capacidade de visualizar imagens detalhadas. As mesmas estruturas oculares responsáveis por maximizar a visão noturna também diminuem a resolução das imagens.
Felinos têm uma visão panorâmica de cerca de 200 graus, ou seja, muito maior do que a nossa. Isso também é importante no seu hábito de caça.
A possibilidade de visualizar as cores é controversa. Estudos já conseguiram comprovar que os componentes oculares e cerebrais necessários para a visualização e discriminação das cores existem no olho felino, embora com algumas limitações e sem a certeza do quanto são funcionais. Já foi provado que os gatos são capazes de diferenciar certas cores, desde que o objeto colorido não esteja muito distante de seus olhos.
Os gatos também possuem uma terceira membrana protetora dos olhos, chamada de membrana nictitante. Essa membrana fecha parcialmente quando o gatinho está doente.
Seu gatinho adora fazer massagens em sua barriga? Saiba o porquê!
“Amassar o pão”, “tocar pianinho” ou “fazer massagem”, seja qual for o nome que você utiliza para esse comportamento, todos os gateiros sabem exatamente do que estou querendo tratar neste artigo. Gatos movimentam suas patas alternadamente, expondo ligeiramente as garras em um movimento rítmico bastante característico de bem-estar e aceitação de aproximações. Alguns gatos são observados realizando este comportamento sem estar com as patas apoiadas em alguma superfície. No colo, quando é erguido ou está deitado com as patas livres após os limites de uma mesa de jantar, “amassa o pãozinho” sempre que visualiza um ser humano considerado pelo gato como um "afiliado preferencial"*.
Encontrando os porquês...
Existem algumas teorias para explicar a origem (ontogênese) de tal comportamento. A primeira refere-se obviamente ao comportamento que os neonatos exibem quando estão sugando as mamas de suas mães (biológicas ou adotivas permanentes/temporárias). Eles massageiam a região mamária e recebem, neste momento, o leite que gera uma plenitude de conforto. Na fase adulta, o comportamento acompanha exatamente as circunstâncias geradoras de conforto e tranquilidade. Outra teoria está concentrada na possibilidade de os movimentos das patas (comportamento) aumentarem a eliminação de secreções de glândulas especializadas desta região e, assim, potencializarem a demarcação/comunicação olfatória. E, finalmente, também poderia estar relacionado ao comportamento de preparação de superfície com folhas e outros elementos naturais para serem utilizados como “cama” ou “ninho”. Tais motivações acompanhadas da segurança e bem-estar poderiam justificar a exibição desse comportamento em nossos gatos domiciliados.
Bem, o mais importante é lembrar que alguns comportamentos descritos como espécie-específicos (ou seja, típicos dos gatos) são fortemente estabelecidos e não podem ser eliminados de uma hora para outra. Então, se o seu gatinho costuma “tocar pianinho” no seu colo, mantenha as unhas bem cortadas (leve-o a um profissional para executaro serviço!). Imagine a seguinte situação: o gatinho está imbuído de toda liberação de endorfinas na interação com você e no ambiente onde se sente calmo e confiante. Subitamente, uma das garras atravessa a calça jeans e fere sua pele. Em uma reação quase espontânea, você grita em um tom hostil e movimenta-se em rejeição à interação do gato. Nem vou discutir o que aconteceu com a pobre cabecinha do bichano. Quem ainda tiver dúvidas sobre o que passou pela cabeça do gato, envie um comentário e voltamos a discutir mais sobre esse assunto. Um forte abraço e saudações felinas para todos!
*Não afiliado: aquele que não faz parte do grupo social. Indivíduo que não tem permissão para acesso ao território do gato.
*Afiliado: Indivíduo que compartilha a maior parte do território com o nosso gato do exemplo. Normalmente compartilham interações mútuas como esfregar partes do corpo, lambedura, toques de focinho etc. Os afiliados poderão ser preferenciais ou não preferenciais, ou seja, poderão compartilhar de um modo mais franco e constante ou menos intensamente e respeitando limites de aproximação, embora coabitem o mesmo território.
Olhando esses amores que andam pelo mundo, dando demonstrações tão extraordinárias da excelência do sentimento, nos perguntamos: Quando começamos a amar?
Nascemos no seio de uma família e amamos nossos pais. Convivemos com irmãos, familiares próximos e vamos dilatando essa nossa capacidade de amar.
Comovente é registrar o amor de irmãos que se alonga no tempo. Irmãos que se dedicam a outros irmãos.
Crianças que, mal começam a falar e dar conta de si próprias, expressam extremos cuidados pelo irmão com necessidades especiais.
Algumas chegam a dizer, com todas as palavras: Sempre vou cuidar de você!
E se o dizem, o fazem. Os fatos, todos os dias, nos trazem notícias de irmãos dedicados. Irmãos que chegam a renunciar a suas próprias vidas para atender aquele que necessita de atenção maior.
Mas, quando tudo isso começa? Qual o mistério desses laços tão fortes?
Aprendemos, na Doutrina Espírita, que viajamos através do tempo e das tantas vidas, reencarnando vezes muitas nos mesmos círculos familiares.
Nem sempre com o mesmo parentesco, mas, próximos, de forma a irmos exercitando o amor de pais, de irmãos, de primos, tios.
Repetimos experiências junto a amigos que se nos tornam verdadeiros irmãos. Amigos com os quais convivemos na infância, atravessamos a adolescência e prosseguimos na madureza dos anos.
Uma foto recentemente publicada na Internet nos demonstra essa realidade do amor que antecede a vida física.
O casal americano Ian e Brittani Mcintire soube que seriam pais de dois herdeiros, um menino e uma menina.
Mason, o menino, apresenta uma deficiência cardíaca e uma deformação no cérebro.
Ele pesa somente duzentos e cinquenta e cinco gramas, enquanto a irmã pesa um quilo.
Segundo as indicações médicas, a chance de sobrevivência de Mason seria uma cirurgia cardíaca, inviável pelos problemas do cérebro.
A apreensiva situação ganhou uma tonalidade mais alegre, quando o ultrassom mostrou o bebê segurando a mão de sua irmã, no útero materno.
A mãe emocionada, declarou: Eu o carrego mas a única que pode estar ali, com ele, é ela. E o está segurando.
É reconfortante saber que, haja o que houver, ele não estará sozinho.
* * *
Vendo a imagem, que se tornou viral na Internet, cogitamos do seu significado profundo.
A irmãzinha, que o segura pela mão, estará dizendo: Fique, lute, não tema?
Estará passando energias revitalizadoras ao irmãozinho? Desejará que ele nasça, e que possa estar ao seu lado?
De onde vêm essas almas, nos indagamos. Quantas vidas terão realizado juntas?
Se decidiram serem gestadas juntas, bons motivos existem, com certeza. Motivos que se perdem na curva do tempo e falam de uma afeição profunda.
Se Mason conseguirá vir à luz e sobreviver, somente Deus o sabe.
O que é certo é que o amor o sustenta, e lhe insufla ânimo.
O amor o fortifica e aguarda que a vida se concretize, no plano físico, para prosseguirem juntos.
Doces mistérios do amor que se perpetua no tempo...
Entardecia... Na pequena cidade, a jovem desalentada passava em frente a uma igreja, quando resolveu entrar.
Nem era da sua religião aquela instituição. No entanto, estava tão triste, com vontade de que o mundo acabasse para que ela própria fosse consumida, que se dirigiu para a porta.
Nesse exato momento, o sacristão se preparava para fechar o local.
Isabel recuou. Entretanto, ao perceber-lhe a intenção, ele convidou:
Deseja entrar? Seja bem-vinda.
Mas, o senhor estava fechando.
Sem problemas. Entre e fique quanto quiser. Posso fechar as portas mais tarde.
Ela adentrou o templo. Com certeza, era diferente do local que costumava frequentar.
Sentou-se em um dos bancos e principiou a orar. Uma torrente de lágrimas a tomou. Era como se toda sua dor extravasasse. Soluçou baixinho, enquanto pedia ajuda.
Deus a ouviria? Porque tamanha tristeza nem ela mesma conseguia explicar. Tinha problemas, é verdade. Quem não os tem?
Mas sua razão dizia que ela não deveria estar tão triste assim. Afinal, havia pessoas, no mundo, que sofriam muito mais do que ela.
Orou de novo. Sentiu-se envolver por uma doce presença espiritual.
O sacristão, discreto e atento, se aproximou.
Senhora, eu fui buscar um pouco desta água que abençoamos aqui na igreja. Leve para sua casa. Tome. Vai se sentir melhor.
Ela apanhou o pequeno frasco, agradeceu e saiu. Sentia-se melhor.
Mais tarde, em casa, tendo em mãos o livro de sua predileção para a reflexão diurna, ficou a pensar:
Como Deus é bom! Deus não tem religião. Ele está em todo lugar. Atende a todos os seus filhos e se manifesta através de qualquer pessoa de boa vontade.
* * *
Deus é amor. Infinitamente justo e bom, derrama das suas bênçãos por todo o Universo.
Quando aprendemos que Deus é Onipresente, nem sempre nos damos conta de que, dentro e fora dos templos, Ele está presente.
Jesus orava em pleno coração da natureza. Buscava o Pai no silêncio da noite, ou nas tardes mornas, à beira do lago.
Foi Ele quem nos ensinou que Deus deve ser adorado, em Espírito e verdade, no altar do coração.
Os homens erguemos templos, no intuito de melhor atender as pessoas, permitindo-lhes um local de acolhimento, uma escola de aprendizagem.
Contudo, alguns de nós, exatamente nessa oportunidade, começamos a nos dividir e criar exclusões.
Como se Deus protegesse a uns mais do que a outros. Todos Seus filhos.
Bom que meditemos a respeito da Onipresença Divina e nos respeitemos mais, participantes de cultos e religiões diversas.
Deus não tem religião. A religião serve aos homens para justamente nos aproximar dEle. Portanto, jamais deve ser motivo de separação ou de discórdia.
Louvamos os servidores do Senhor que atendem a dor humana, sem indagar da pessoa se é ou não afeiçoada a esse ou aquele culto.
Louvamos os que têm o dom da palavra e a oportunidade da liderança e as utilizam para semear a paz, a concórdia e o amor entre todos.
Deus abençoe os que servem, de forma anônima e discreta, no silêncio dos templos, na dor dos hospitais, na convulsão dos corações.
A maioria das pessoas que tem cachorro trata deles que nem filhos. Infelizmente, muitos tratam como filhos rebeldes: deixam eles fazerem tudo que quiserem sem se preocupar em educá-los. Assim como crianças, os cães também precisam de limites, precisam aprender o que é certo e o que é errado e precisam também de um líder calmo e assertivo que dite as regras da casa. Um cão sem líder fica estressado e nervoso, pois ele precisa liderar a casa e a família, o que é um peso muito grande nas suas costas.
Antes de você conferir a lista abaixo, tire 3 minutos do seu tempo para assistir o nosso programa sobre liderança. No programa, o terapeuta de cães Bruno Leite diz o que acontece quando um cão não tem um líder, como ele se sente e o que você precisa fazer pra reverter essa situação e ser o líder do seu cão. Acredite, ele ficará muito mais feliz, calmo, relaxado e em paz.
Aperte o PLAY:
Agora vamos à lista!
1. Deixar o cachorro puxar durante o passeio
Muitos cães, praticamente a maioria, puxam o dono na coleira quando saem pra passear. Isso é desagradável pro dono e acredite, também é para o cachorro, pois ele está ansioso e nervoso. Um passeio relaxado vai ser melhor pra todo mundo.
Como evitar o problema: você precisa ensinar o cachorro a andar com a coleira frouxa, ou seja, sem puxar. Por exemplo, se o cão quiser ir até uma árvore, pare até a guia ficar frouxa. Aí vá em direção a árvore. Se ele puxar de novo, pare de novo e repita esse processo até ele entender que ficando do seu lado – com a guia frouxa – ele chega onde ele quer. Se ele puxar, o passeio não continua. É preciso ter paciência. Veja aqui como ensinar o cão a não puxar a coleira no passeio.
2. Começar a ensinar só depois dos 6 meses
Um cachorro começa a aprender desde que nasce, com sua mãe e seus irmãos. Na fase do imprinting, que vai dos 2 aos 4 meses principalmente, é quando ele está mais apto a aprender qualquer coisa – como não subir no sofá, por exemplo. Leia aqui sobre o imprinting canino.
Logo que seu cão chegar na sua casa, já comece a ensiná-lo as regras da casa, o que ele pode e não pode fazer, como roer móveis, subir no sofá, entrar em algum cômodo, etc.
3. Esfregar o focinho no xixi e no cocô
Infelizmente muitas pessoas usam essa técnica e ela tem várias coisas que vão contra. Pra citar algumas falhas nessa técnica:
– Quando você briga por causa do xixi e do cocô fora do lugar, o cão fica com medo de você e entende que o que ele fez é errado (o xixi e o côco). Ou seja: ele continua fazendo nos lugares errados, porém escondido. Ou pior: ele passa a prender e espera a hora de sair de casa, isso pode gerar vários problemas de saúde como a infecção urinária, por exemplo.
– Ele vai aprender a fazer necessidades no lugar errado pra chamar a sua atenção.
– Seu cachorro não entende porque você está esfregando o focinho dele no xixi e no cocô.
– Se passaram mais de 16 minutos, o cão não lembra o que fez e entende menos ainda.
Pra ensinar a fazer xixi e cocô no lugar certo, é fácil. Pegue seu cão no ato e dê um petisco toda vez que ele acertar. Quando ele errar, ignore, espere ele desviar a atenção e limpe sem que ele veja.
erros que donos cometemOs cães amam comer e quando sentem cheiro de comida, eles vão querer. Na hora do almoço ou do jantar, quando o dono ou a família está sentada à mesa, o cachorro pula, late, corre, olha com aquele olhar de pidão, tudo pra ganhar um pouco de comida. Os donos, normalmente, ficam com pena, querem agradar, e dão um pedacinho. Pronto. Agora o cachorro aprendeu que toda vez que ele tiver esse comportamento errado, ele vai ganhar uma recompensa. Recebemos diversos e-mails de pessoas reclamando que o cachorro não deixa ninguém comer em paz e é 100% certo que essa pessoa que está reclamando é a mesma que cedeu e deu um pedacinho no passado.
Como evitar o problema: se o seu cachorro ainda é filhote, ele não sabe o que é certo ou errado. Se enquanto você come ele ficar quietinho com os brinquedinhos dele, aí sim, recompense-o. Levante-se e faça carinho ou dê um petisco pra ele. Ele vai associar que quando ele fica quieto, ele ganha algo. Se ele pedir comida enquanto você come, ignore completamente. Ignorar é não falar, não olhar e não tocar. Nem olhe pra ele. Deixe-o pedindo, implorando, mas seja forte e não ceda. Ele vai aprender que não adianta pedir e o comportamento irá parar.
5. Ensinar o cachorro a ter medo de trovão, de veterinário ou de banho
Alguns cães demonstram medo de trovão, fogos de artifício ou banho desde sempre. Se na hora que o cachorro está com medo o dono faz drama, coloca o cachorro no colo e faz carinho, isso só vai piorar esse medo. Ele vai entender que tem razão de estar com medo porque aquela é uma situação de perigo. E ainda será recompensado por isso, com carinho e atenção do dono. Isso só vai agravar a situação.
Como evitar o problema: você tem que ter uma postura de líder. Um líder passa segurança, é tranquilo e age como se nada tivesse acontecido, porque não tem com o que se preocupar. Durante essas situações, você pode brincar com o cão pra ele se distrair e ver que não há perigo. O importante é manter a postura de líder para que o cão sinta segurança e paz.
6. Só deixar sair na rua depois que tomou todas as vacinas
Se você ainda não leu sobre o imprinting, leia. Você vai gostar de saber sobre isso, é muito interessante. Clique aqui pra ler sobre o Imprinting Canino. Como já falamos anteriormente, os cães estão mais aptos a aprender qualquer coisa entre 2 e 4 meses. É nessa época que é crucial que ele seja socializado e conheça os mais diversos tipos de estímulos, como barulhos, pessoas e cães. Infelizmente, o imprinting acaba aos 4 meses, que é quando as pessoas podem levar o cachorro na rua, já que as vacinas acabaram. Mas esse cão já não foi estimulado e irá estranhar tudo e todos.
Como resolver o problema: siga as recomendações do veterinário e não leve seu cão no chão da rua, pois ele pode contrair doenças como cinomose e parvovirose. Mas você pode levá-lo pra passear de carro, pra que ele se acostume a essa experiência e também ao barulho do trânsito. Você pode levá-lo pra passear no colo pra que ele se acostume ao movimento da rua. Você também pode marcar encontros com amigos que tem cães saudáveis e vacinados e levá-lo pra brincar com esses cães, para que ele se habitue a outros cães desde cedo, assim como fizemos com a Pandora, quando ela foi brincar com a Lisa. Veja aqui as fotos desse encontro.
7. Não deixar o cachorro sozinho nunca
Nos primeiros meses, todo dono quer ficar o dia inteiro grudado no cão. Tiram férias do trabalho, param de fazer as atividades normais, tudo pra ficar o máximo de tempo possível com o cachorrinho novo. Mas, essa não é a vida real. As pessoas trabalham, vão no mercado, vão no médico. É normal que um cão tenha que ficar sozinho às vezes. Se ele nunca se acostumou com isso, depois é pior de resolver o problema. O cachorro passa a ficar desesperado quando o dono sai. Arranha a porta, chora o dia todo, late, incomoda os vizinhos, destrói a casa e objetos, faz xixi e cocô por toda a casa, se auto-mutila e por aí vai.
Como resolver o problema: nas primeiras semanas, restrinja o espaço do cachorro. Por exemplo, deixe-o somente na cozinha e na área de serviço. Isso é importante pra ele aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo, pra ele aprender a ficar sozinho e também pra que ele se acostume e você possa prendê-lo se for necessário (quando, por exemplo, você receber uma visita que não gosta ou tem medo de cães).
Como resolver o problema: se seu cão está preso e você está na sala ou no quarto e ele começar a chorar, ignore. Quando ele parar, mesmo que por 15 segundos, você aparece e fica com ele, ou solta ele. Mas ele tem que parar. Jamais atenda às lamúrias do filhote, jamais vá vê-lo enquanto ele chora. Ele vai associar choro = meu dono vem. E nunca irá se acostumar a ficar sozinho e/ou preso. Coloque nesse espaço um brinquedo educativo com petiscos dentro ou espalhe ração pra ele caçar. Algo que deixe-o entretido e que faça ele associar a situação com algo bom. Tenha paciência, ele vai chorar nos primeiros dias. Mas isso para.
Para diminuir a ansiedade do cão em ficar sozinho, evite falar com ele e fazer festa assim que você chegar em casa. Porque senão ele fica ansioso o dia todo por esse momento e isso só aumenta a frustração dele e os problemas. Espere de 10 a 15 minutos, troque de roupa, tome banho e só fale com ele quando ele estiver relaxado e calmo.
8. Alimentar mal o cachorro
Tem cães que só comem a ração se tiver alguma coisa misturada nela. Isso porque foram mal acostumados. Ele pode acabar engordando ou não aceitar a ração pura. O problema de misturar comida na ração é que você perde o controle da dieta balanceada e do que é mais saudável pra ele. Uma ração super premium já é completa e tem todos os nutrientes necessários, se você não dá alimentação natural, é importante que você dê apenas ração.
Como resolver o problema: a quantidade ideal de ração é aquela descrita na embalagem. Você pega a quantidade ideal e divide pelo número de vezes. Por exemplo, se a quantidade são 300g e você vai dar de manhã e à noite, dê 150g de manhã e 150g à noite. Se o cão não comer de manhã, não dobre a quantidade à noite, continue dando 150g de ração à noite. Para que ele se acostume a comer nesses horários, deixe o pote com ração durante 15 a 20 minutos pra ele comer. Se ele não comer nesse tempo, retire e só volte a oferecer no próximo horário. Ele vai perceber que ele deve comer naquela hora, senão a comida “some”. E irá valorizar mais o momento da comida.
Não exagere nos petiscos, os cães podem se acostumar com coisas mais “gostosas” e podem não querer a ração, que é o alimento saudável.
Não adianta gritar, bater, xingar e se revoltar quando o cachorro faz algo errado. Ele não entende você. Ele não tem como adivinhar o comportamento certo. Por isso o papel de líder é muito importante pro cão. Ele precisa de um líder que o oriente o que deve ou não fazer.
A melhor coisa é o reforço positivo: quando o cachorro acertar, premie. Você não fará isso a vida inteira, mas sim até ele fazer apenas as coisas certas. Quando você premiar, ele vai ver que está indo bem e irá repetir esse comportamento correto. Isso vale para roer os próprios brinquedos, fazer xixi no tapetinho higiênico, ficar calmo (veja aqui como fazer pro seu cachorro ser mais calmo), não latir, etc. Mas ele precisa também saber quando faz algo errado.
Como corrigir o problema: se ele está fazendo algo pra chamar sua atenção (roubar suas meias e sapatos, roubar o controle remoto, xixi no lugar errado, latir, etc, ignore. Ele precisa ver que chamar sua atenção dessa forma não funciona, que você só faz festa e carinho nele quando ele está sendo bonzinho.
Se for algo que você tenha que advertir, por exemplo, se ele está roendo um móvel ou se está mastigando seu telefone, faça-o parar dizendo um “não” bem forte ou um “ssshhh”. Assim que ele parar, não faça carinho nem elogie, porque ele pode aprender a fazer coisas erradas pra ganhar carinho. Diga “não”, volte a fazer o que você estava fazendo e deixe pra elogiá-lo ou pra fazer carinho nele quando ele estiver com um brinquedinho ou descansando ao seu lado.
Esperamos que com esse artigo você consiga cuidar melhor do seu cachorro e fazer dele o cão mais equilibrado e feliz do mundo!