Num tranquilo e feliz bairro de subúrbio, onde as casas têm cercas com arranjos de flores, há uma única casa sombria e cujo jardim está morto.
Os vizinhos não têm conhecimento disso, mas ali se encontra o esconderijo secreto de um vilão assustador chamado Gru, que planeja o maior golpe do mundo: ele vai roubar a lua.
Gru acredita que pode vencer qualquer um que cruzar o seu caminho. Isso até o dia em que conhece as garotinhas órfãs Margô, Edith e Agnes.
Elas são as únicas que conseguem ver naquele homem o que ninguém jamais viu: um pai em potencial. E o amor delas mostrará o ser bom que ele é.
Este é o enredo de um desenho animado, traduzido ao idioma português como meu malvado favorito. Parece mais ser uma obra para adultos, tal a profundidade dos ensinamentos.
Ali colhemos, entre tantos, um detalhe deveras interessante. Ocorre que, em determinado ponto da sua estratégia para roubar a lua, Gru se vê sem recursos.
Triste, ele vai até os seus subordinados e confessa estar falido. O banco não lhe dera mais crédito e ele não dispõe de dinheiro para continuar o projeto.
Há tristeza e desencanto na sua voz. Ele é um homem derrotado, fracassado, cujo mais arrojado projeto jamais poderá ser executado.
Exatamente neste momento, adentram o local as três meninas. Gru fala, com leve tom de irritação, que aquela é uma reunião de negócios.
Então Agnes, a menorzinha, de olhos grandes e expressivos, demonstrando que entendera toda a problemática, sorri e ergue seu cofrinho.
É o suficiente. Logo, um dos ajudantes de Gru entende a mensagem e ergue uma nota. O contágio da doação é geral. Cada qual mostra o que tem e está disposto a contribuir.
Por fim, reúne-se o necessário para dar andamento ao projeto.
As imagens são rápidas e engraçadas. Mas o importante a se registrar é o gesto da pequena Agnes.
Ela não tem ideia de quantos mil ou milhões são necessários para concluir o projeto de Gru. Nem cogita ser uma loucura querer roubar o satélite da terra.
Ela se dispõe a contribuir com as moedinhas do seu cofre. E, em total desprendimento, as oferece.
* * *
Pensemos em quantas vezes observamos situações difíceis, criaturas em dificuldades e paramos no muro do não tenho condições de ajudar.
Mas, o importante é ofertar o que se pode. O gesto inicial de alguém desencadeia o contágio do bem e, logo, outros tantos se dispõem ao auxílio.
Por isso, da próxima vez que você tiver à frente uma dificuldade de alguém e desejar auxiliar, não detenha o gesto. Ofereça o que tiver.
Mesmo que isso seja somente a solidariedade de um abraço a dizer: estou contigo!
Ou o ombro amigo para que o outro possa encharcá-lo com lágrimas.
Ou você pode iniciar uma campanha, depositando o primeiro real.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 13.03.2012.
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