Ele era o pastor de uma pequena comunidade. Dividia seu tempo entre as obrigações da igreja e a profissão de instalador de portas de garagem.
Num jogo amistoso de final de semana, ele sofreu uma queda desastrosa. O raio X revelou um par de fraturas graves.
A tíbia esquerda, o maior osso da perna, sofrera uma fratura em espiral e o tornozelo se partira completamente ao meio.
Além da dor terrível, o efeito mais imediato do acidente foi financeiro.
Com quatro quilos e meio de gesso na perna e um joelho que não dobrava, ele não podia subir e descer escadas que a atividade profissional exigia.
Em algumas semanas, as poucas economias tinham evaporado. Na igreja, ele ficou limitado a pregar sentado, com a perna apoiada em uma segunda cadeira.
Quando estava se acostumando a mancar, usando muletas, manifestaram-se pedras nos rins. Os médicos acharam que eram pequenas e poderiam ser eliminadas. E o foram, durante três longos dias de muita dor.
Depois de três meses, o médico disse que a perna estava sarando corretamente, mas ainda precisava ser mantida engessada.
Contudo, agora, outra dor apareceu: do lado direito do peito. Talvez fosse uma espécie de calo, provocado pelo friccionar da muleta.
Ledo engano. O diagnóstico foi câncer de mama. Ele estava com a perna quebrada, tivera pedra nos rins e agora... câncer de mama.
Um sentimento de autopiedade envolveu o pastor, por alguns dias. Mas, prosseguiu nas atividades da igreja, pensando que outras pessoas sofriam muito além do que ele estava sofrendo.
Ele não sabia que a tempestade ainda não terminara. Seu filho de menos de quatro anos apresentou vômitos e febre. O diagnóstico foi gastroenterite e ele pareceu melhorar por uns dias.
O diagnóstico equivocado exigiu que o menino fosse submetido a duas cirurgias por causa de um apêndice perfurado e ficou quase à morte. Tudo num período de dezessete intermináveis dias.
Então, o pastor explodiu com Deus: Onde o Senhor está? É assim que o Senhor trata quem O serve?
Quebrei a perna, tive pedras nos rins, sofri uma mastectomia e é assim que o Senhor vai me deixar comemorar o fim do tempo das provações: vai levar o meu filho?
Quando o menino retornou sadio aos seus braços e lhe disse que, enquanto estava passando pela segunda cirurgia, ele fora levado a um lugar que parecia o céu e que estivera com Jesus, o pastor chorou.
Enquanto ele se revoltava contra Deus, gritava e lhe falava com raiva, o filho de Deus estivera com seu filho nos braços.
Enquanto ele dava mostras de fé abalada, Jesus estava velando por seu menino.
Então, ele compreendeu o grande amor de Deus, que sempre atende as Suas criaturas.
Mesmo que essas não entendam que a ajuda está chegando, que o auxílio está sendo dado.
* * *
Pensemos nisso, quando as muitas dores nos estiverem maltratando.
Pensemos nisso e nos mantenhamos firmes, quando a tempestade se fizer mais intensa. Estejamos sempre com Deus.
Afinal, depois da noite escura sempre raia esplendorosa a madrugada.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. Dois, Cinco
e Oito, do livro O céu é de verdade, de Todd Burpo, com Lynn Vincent,
ed Thomas Nelson Brasil.
Em 05.03.2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário