Várias são as passagens da Boa Nova onde os evangelistas relatam o encontro de Jesus com os doutores da lei.
Eram esses homens versados e preparados para interpretar e discutir a Torá, os livros sagrados do Judaísmo.
Porém, não raro, as instruções de Jesus e Sua relação com a sociedade os incomodava. Não conseguiam reconhecer, naquele homem humilde, condições de estar à altura de um intérprete das leis de Deus.
Por isso, várias foram as vezes em que foram ter com Jesus para testá-lO. Em um desses encontros, um doutor da lei pergunta a Jesus o que é necessário fazer para herdar a vida eterna.
E Jesus lhe pede que cite o que estava escrito na lei.
O doutor da lei prontamente citou o texto conforme a cultura judaica:
Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento.
E o estudioso ainda completou o raciocínio com um outro versículo, esse do livro de Eclesiastes: E ao teu próximo como a ti mesmo.
Jesus, frente à completude e sabedoria dos textos citados, apenas respondeu ao doutor da lei: Faze isso e viverás.
A resposta de Jesus nos provoca profundas reflexões. Primeiramente, pode-se concluir dessas citações que o amor a Deus só se consubstancia amando ao próximo. Se não se amar ao próximo, não há como amar a Deus.
E como amar a Deus? O próprio texto citado nos encaminha para a resposta.
Primeiramente: Amar a Deus de todo o coração. Como o coração para os judeus era a sede da inteligência e da emoção, amar de todo o coração é amar em pensamento e em sentimento.
Logo em seguida, o texto nos propõe o segundo nível do amor: Amar a Deus de toda a alma. Sendo a alma o Espírito unido ao corpo, a interpretação judaica para essa passagem é que é necessário que o amor se externalize em ações do corpo físico.
Assim, além de amar em pensamento e sentimento, é necessário demonstrar o amor ao próximo com ações concretas, com atitudes que sejam o reflexo da alma.
E, por terceiro, conclui o texto: Amar com todas as forças. A interpretação hebraica para a força é tudo aquilo que se tem, o que se possui. São as posses.
Nesse nível de amor, é colocar aquilo que se possui, a condição social, a serviço de Deus, em favor do amor ao próximo.
* * *
Assim, ao nos propormos amar a Deus e ao próximo, como recomenda Jesus, não nos esqueçamos de que esse amor deve se desdobrar em três grandes níveis.
Amar de todo o coração, amar de toda a alma e, por fim, colocar nossas posses a serviço de Deus e do amor ao próximo.
Dessa forma, sempre haverá uma situação onde podemos desenvolver esse ou aquele aspecto do amor ao próximo. Basta que ensaiemos os primeiros passos.
E não esqueçamos da recomendação final de Jesus: Faze isso e viverás.
Redação do Momento Espírita, com base na palestra A parábola do
bom samaritano, proferida por Haroldo Dutra Dias, no
Teatro da Federação Espírita do Paraná, em 28.08.2010.
Em 03.03.2012.
Eram esses homens versados e preparados para interpretar e discutir a Torá, os livros sagrados do Judaísmo.
Porém, não raro, as instruções de Jesus e Sua relação com a sociedade os incomodava. Não conseguiam reconhecer, naquele homem humilde, condições de estar à altura de um intérprete das leis de Deus.
Por isso, várias foram as vezes em que foram ter com Jesus para testá-lO. Em um desses encontros, um doutor da lei pergunta a Jesus o que é necessário fazer para herdar a vida eterna.
E Jesus lhe pede que cite o que estava escrito na lei.
O doutor da lei prontamente citou o texto conforme a cultura judaica:
Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento.
E o estudioso ainda completou o raciocínio com um outro versículo, esse do livro de Eclesiastes: E ao teu próximo como a ti mesmo.
Jesus, frente à completude e sabedoria dos textos citados, apenas respondeu ao doutor da lei: Faze isso e viverás.
A resposta de Jesus nos provoca profundas reflexões. Primeiramente, pode-se concluir dessas citações que o amor a Deus só se consubstancia amando ao próximo. Se não se amar ao próximo, não há como amar a Deus.
E como amar a Deus? O próprio texto citado nos encaminha para a resposta.
Primeiramente: Amar a Deus de todo o coração. Como o coração para os judeus era a sede da inteligência e da emoção, amar de todo o coração é amar em pensamento e em sentimento.
Logo em seguida, o texto nos propõe o segundo nível do amor: Amar a Deus de toda a alma. Sendo a alma o Espírito unido ao corpo, a interpretação judaica para essa passagem é que é necessário que o amor se externalize em ações do corpo físico.
Assim, além de amar em pensamento e sentimento, é necessário demonstrar o amor ao próximo com ações concretas, com atitudes que sejam o reflexo da alma.
E, por terceiro, conclui o texto: Amar com todas as forças. A interpretação hebraica para a força é tudo aquilo que se tem, o que se possui. São as posses.
Nesse nível de amor, é colocar aquilo que se possui, a condição social, a serviço de Deus, em favor do amor ao próximo.
* * *
Assim, ao nos propormos amar a Deus e ao próximo, como recomenda Jesus, não nos esqueçamos de que esse amor deve se desdobrar em três grandes níveis.
Amar de todo o coração, amar de toda a alma e, por fim, colocar nossas posses a serviço de Deus e do amor ao próximo.
Dessa forma, sempre haverá uma situação onde podemos desenvolver esse ou aquele aspecto do amor ao próximo. Basta que ensaiemos os primeiros passos.
E não esqueçamos da recomendação final de Jesus: Faze isso e viverás.
Redação do Momento Espírita, com base na palestra A parábola do
bom samaritano, proferida por Haroldo Dutra Dias, no
Teatro da Federação Espírita do Paraná, em 28.08.2010.
Em 03.03.2012.
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