Descrição : O buxo é uma árvore que se mantém sempre verde, e cuja madeira é muito dura. Pertence à família das Celastrináceas. Suas flores são verdes e as folhas lustrosas. Os católicos utilizam os galhos dessa planta nas procissões do Domingo de Ramos. A madeira é empregada no fabrico de bolas de bilhar e de objetos de uso doméstico. A análise das suas folhas revelou que a planta contém um alcalóide, a buxina, uma substância cristalina, a buxeína e uma resina, a parabuxina. Também as suas cascas possuem tais substâncias. O uso da planta em medicina é muito antigo. São Hildegardo já a empregava no século XII para o tratamento da varíola, e mais tarde foi utilizada como depurativo. Há muito tempo que é usada também contra o reumatismo crónico. Antigamente foi usada para fazer crescer os cabelos. Tal propriedade, ao que parece, não está confirmada, mas há médicos que a utilizam ainda como febrífugo e colagogo, seja sob a forma de tintura ou de alcoolatura. A decocção das folhas é purgativa e sudorífica. A tintura ou a alcoolatura é ministrada na dose de 4g por dia. Se se deseja apenas uma ação sudorífica, a decocção surte bom resultado (40g de folhas secas num litro de água) até ficar reduzida a 2 terços, para ser usada em quatro ou cinco vezes.
Parte utilizada: toda a planta.
Princípios Ativos: alcalóide buxina, buxeína e parabuxina, óleos essenciais, taninos.
Propriedades medicinais: antiasmática, anti-reumática, anti-sifilítica, depurativa, diurética suave, laxante, purgativa, sudorífica, tônico capilar.
Indicações: amebas, febre, giárdias, micções noturnas involuntárias, queda do cabelo (evitar), reumatismo, secreção biliar (aumentar), sífilis, vias biliares e urinárias (inflamação).
Nota: antigamente, era usada para tratar malária, porém hoje é raramente usado, por causa de sua toxicidade.
Contra-indicações/cuidados: planta tóxica. Só deve ser usada sob orientação médica.
O excesso causa distúrbio gastrointestinal incluindo náuseas, vômitos, diarréia, cólicas abdominais, convulsões, distúrbios hidroeletrolíticos e até morte. O tratamento é sintomático e de suporte, visando principalmente ao controle dos distúrbios hidroeletrolíticos.
Modo de usar:
- decocção de 40 g de folhas secas em 1 litro de água, até ficar reduzida a 2/3 do volume: sudorífica;
- tintura ou alcoolatura: 4 g/dia.
- infusão de meia colher de café por chávena de água;
- pó das folhas. 0,5 g por dia;
- folhas em compressas ou banhos: dores reumatismais, a gota e erupções cutâneas;
- decocção: ferver 25 g de folhas de buxo em um litro de água. Quando a quantidade de líquido estiver reduzida a um terço, adoçar com muito açúcar e beber em duas vezes: febre;
- decocção, por 10 minutos, de 60 g de casca em um litro de água. Beber durante o dia: reumatismo.
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