quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Japão corre risco de sofrer pane nas linhas de smartphone


À semelhança de outros países, os smartphones viraram febre nacional no Japão. Não é à toa que as vendas cresceram a nível exponencial, pois eles acessam fácil a Internet, permitem assistir vídeos, ouvir músicas e jogar game, acabando por dispensar o computador.

Se comparado com o celular comum, esses dispositivos têm a capacidade de recepção e emissão de informações dez a vinte vezes maior.

E o boom tende a aumentar, já que os usuários estão ficando mais tempo ligado ao seu “companheiro digital” e enviando maior volume de informação.

Expressão deste crescimento é a KDDI (Au) estar concorrendo com a Softbank na venda dos iPhones da Apple e a NTT estar desenvolvendo seus próprios modelos.

Em 2010, o número destes aparelhos no país era de 8,5 milhões. E a projeção é de que em 2015 salte para 30 milhões, sendo que os smartphones podem representar 60% dos contratos de celulares.

Não é demais lembrar que esses dispositivos tiveram sua reputação ainda mais respeitada depois da tragédia do tsunami. Na época, a maioria das pessoas, sobretudo as vítimas, conseguiu contato via comunicação digitalizada ao invés da oral.

O problema é que esta explosiva demanda não está sendo acompanhada de um aumento, na mesma proporção, das redes de transmissão. Se nada for feito, corre-se o risco de uma grande pane no sistema.

Na NTT, por exemplo, apenas 1% do volume de informações tem ocupado 30% do sistema de transmissão. Por isso, algumas companhias têm cogitado em abolir o plano de uso ilimitado com tarifa única, fazendo com que o usuário pague conforme o tempo de uso ou volume de dados repassados e recebidos. Isso já foi implantado por duas companhias nos EUA.

Mas especialistas na área defendem que ao invés de aumentar as tarifas, as operadoras têm de urgentemente ampliar sua infraestrutura de transmissão. O governo japonês está elaborando as regras para um leilão, onde as companhias poderão concorrer à compra de ondas de transmissão que foram desocupadas com o fim do sistema analógico de TV. Essa distribuição, porém, levará anos.

Linhas de alta transmissão, de última geração, também estão sendo implantadas, mas só nas maiores localidades.

Outra proposta é aumentar as redes de LAN, sem fio e de uso compartilhado, que utilizam linhas diferentes dos celulares e muito procurado em hotéis, aeroportos e portos.

Fora isso, outro desafio se coloca para as operadoras: a segurança contra ataque de vírus, já que o smartphone pode ser considerado um computador.

Fonte: Alternativa Online

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