quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Plantas que Curam: BELDROEGA - Portulaca oleracea


Descrição : Erva carnuda, de 10 a 30 cm de comprimento, rasteira, ramosa. Folhas sésseis, obovais, carnudas, agrupadas na extremidade dos ramos. Flores miúdas terminais, solitárias ou aglomeradas, hermafroditas. Fruto: pixídio. Dá em terrenos-cultivados. A beldroega é bem parecida com a flor chamada onze-horas, com a principal diferença de que a flor da beldroega é miudinha, insignificante, ao passo que a onze-horas é relativamente grande, de várias cores, e algo semelhante ao cravo, porém menor.

Partes utilizadas : folhas com talos e sementes.

Habitat: Originária da Europa, hoje é espontânea em quase todas as regiões brasileiras em jardins, hortas, terrenos baldios e cultivados.

História: A beldroega é uma planta hortense semelhante em propriedades e sabor ao espinafre, que é muito apreciada por algumas pessoas, mas é quase desconhecida como verdura - embora apareça espontaneamente em quase todo o país e seu valor alimentar e terapêutico seja muito grande

Propriedades : Diurética, emoliente, emenagoga, laxante e antiinflamatória.

Indicações : O suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usadas topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno). A beldroega é um remédio eficaz nas afecções do fígado, bexiga e rins.
Dá bom resultado contra o escorbuto.
O cozimento deste vegetal é diurético e aumenta a secreção do leite.
O suco cura inflamações dos olhos.
As sementes combatem os vermes intestinais.
Os talos e folhas machucados, aplicados sobre queimaduras, aliviam a dor. Aplicados sobre feridas, facilitam a cicatrização.

Dose : Suco, uma colher das de sopa de hora em hora. Chá, 50 a 100 gramas para l litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.

Principios Ativos :Ácido salicílico; Carboidratos; Proteínas; Lipídios; Sais minerais; Vitaminas: A, B1 ,B2, Niacina, C; Mucilagens Flavonóides; Corante vermelho.

Farmacologia: Não foram encontrados estudos sobre sua farmacologia, mas a quantidade de vitaminas, mucilagens, presença de ácido salicílico e seu longo uso pela população brasileira, além de médicos europeus que já preconizavam seu uso nas décadas de 40 e 50, justificam a sua inclusão no rol das plantas úteis.

Posologia: Adultos: A planta crua, como salada, é utilizada como mineralizante e nos casos de escorbuto e debilidade física, especialmente das crianças. 10g da planta fresca (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs , para uso interno em afecções das vias urinárias, na lactação, inflamações oculares e amenorréia; 10g dos talos frescos (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs , para uso interno em icterícia; Suco da planta toda, fresca, preferencialmente centrifugado, 1 colher de sopa de hora em hora para azia e acidez estomacal e o mesmo suco poderá ser aplicado topicamente nas afecções da pele. 10g de sementes em decocção como vermífugo; O emplastro das folhas frescas também se aplica topicamente em feridas e nevralgias.

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