Um elegante homem de meiaidade entrou calmamente em um café e se sentou. Antes de fazer seu pedido, ele pôde perceber que um grupo de rapazes, sentado a uma mesa próxima, estava rindo dele.
Logo deduziu que o motivo era uma pequena faixa rosa na lapela de seu terno. Incomodado com a situação, mostrou a faixa aos rapazes e perguntou:
É isto?
Todos gargalharam. Um deles disse:
Desculpe-me, mas estávamos comentando como essa pequena faixa fica bonita no seu terno azul.
O riso foi geral. O homem, tranquilamente, convidou o que falara para se sentar com ele.
Embora constrangido, ele concordou. Educadamente, o homem lhe explicou que estava usando a faixa para alertar as pessoas sobre o câncer de seio. E terminou:
Eu uso isto em honra da minha mãe.
Lamento muito, falou depressa o jovem. Ela morreu de câncer nos seios?
Não. Ela está viva e passa bem. Entretanto, seus seios alimentaram-me na infância e me confortaram quando estava assustado ou me sentia solitário. Sou muito grato pelos seios de minha mãe e por sua saúde.
O rapaz não estava entendendo e por isso só murmurou: Sei.
Mas o homem prosseguiu: E eu uso esta faixa em honra de minha esposa também.
Ela está ok? Logo questionou o jovem.
Claro, falou o homem. Ela está ótima. Ela nutriu e alimentou nossa filha há vinte e três anos. Sou agradecido por seus seios e por sua saúde.
Suponho, ousou dizer o rapaz, que você use isso em honra de sua filha também?
Não, respondeu. É muito tarde para honrar minha filha, usando isto agora. Minha filha morreu de câncer nos seios há um mês.
Ela pensou que era muito jovem para ter esta doença. Quando, acidentalmente, notou um pequeno inchaço nos seios, ela o ignorou. Pensou que estava tudo bem. Afinal, ela não sentia dores e acreditava que não tinha motivos para se preocupar.
É em memória de minha filha que uso esta faixa rosa. Por causa dela, tenho tido oportunidades de esclarecer muitas pessoas. Agora, vá para casa, converse com sua esposa, suas filhas, sua mãe e seus amigos.
Finalmente, o homem deu para o rapaz uma faixa rosa para que ele usasse. Erguendo a cabeça, lentamente, o rapaz perguntou:
Você me ajuda a colocá-la?
* * *
Você mora no seu corpo. Pense que as máquinas modernas dão ao homem muitas facilidades.
No entanto, valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.
Os aviões podem elevar você às alturas. Contudo, no dia-a-dia, você se equilibra em seus pés.
Os grandes telescópios são maravilhas do mundo, mas não serviriam para nada sem os olhos.
A música é o cântico do Universo, entretanto, passaria despercebida sem os ouvidos.
Enfim, pense que o seu corpo é um engenho Divino que a vida empresta a você, para sua permanência na Terra.
Cuide do seu corpo com serenidade e bom senso. Pense que, embora a ciência consiga tratá-lo, e até mesmo substituir alguns dos seus órgãos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.
Redação do Momento Espírita, com base em artigo assinado por Heraldo Espozel e no cap. 54, do Livro da esperança, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.
Em 19.01.2012.
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