Pesquisadores descobriram que a rena do Ártico, que possui uma pelagem que a ajuda a sobreviver a invernos rigorosos, recorre a uma combinação estratégica para se refrescar manter estável a temperatura do corpo quando seu corpo se aquece ao correr.
O biólogo Arnoldus Blix, da Universidade de Tromso, na Noruega, e seus colegas descrevem suas descobertas no "The Journal of Experimental Biology".
"Você veste mais roupas no inverno. Se correr e se aquecer, abre o casaco e tira o chapéu", diz Blix. "As renas não podem fazer isso. Assim, observamos os mecanismos para saber como elas gerenciam a temperatura corporal."
Para conduzir o estudo, Blix e equipe treinaram renas para correr em uma esteira a diferentes temperaturas, de 10 a 30 graus Celsius, e registraram as respostas dos animais.
Eles descobriram que a rena começa a se refrescar ofegando com a boca fechada e inalando ar frio pelo nariz. Isso resfria o sangue dentro das passagens nasais, e esse sangue mais frio acaba sendo distribuído pelo corpo pela veia jugular.
Quando esse mecanismo não é suficiente, a rena também ofega com a boca aberta e coloca a língua para fora, como fazem os cachorros. Isso resfria o sangue de forma mais eficiente e também permite que o animal perca calor através da boca, pela evaporação.
Em situações críticas, quando o corpo está se aquecendo a uma temperatura perigosamente alta, a rena recorre ao último mecanismo de defesa, desviando o sangue frio do nariz para a cabeça, protegendo o cérebro do superaquecimento.
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