Descrição - Conhecida como Lavanda, é um arbusto de flores azul-violetas, com cheiro penetrante e aromático. Propaga-se por estacas. Também conhecida lavanda, lavande, lavândula, echter lavandel (alemão), espigolina (espanhol), lavande (francês), lavender (inglês), lavanda vera, spigo, fior di spigo (italiano), flores spicae (latim).Arbusto de pequeno porte, que atige de 30 a 80 centímetros de altura, com caule esgalhado e estirado. As folhas pequenas e sem pecíolo, são duras e finas, opostas, lanceoladas ou lineares, de cor verde e reflexos preteados, recorbertas por uma fina penugem. As flores são dispostas em hastes terminais, de coloração azul-violeta. O plantio é feito por sementes ou estacas de galho, sendo muito exigente quanto ao solo.
Habitat: São nativas da região mediterrânea
História: A lavanda é usada na medicina popular há muito tempo várias condições médicas, que variam da acne à enxaqueca.
Plantio : Multiplicação: por sementes e estaquias (mudas); - Cultivo: planta de clima subtropical. Planta-se as mudas em solos ricos em húmus, porém, com pouca umidade. O espaçamento ideal é de 50cm por 1m; Colheita: retira-se as espigas quando as flores se abrirem. As folhas também são colhidas, na época da floração. As espigas e as folhas devem ser secas à sombra e em local ventilado, acondicionando-as em sacos de papel bem fechados, ou ainda produzindo farelo das folhas secas e acondicionando-o em pote de vidro hermeticamente fechado.
Modo de Conservar : As sumidades floreais devem ser secas ao sol, em local ventilado e sem umidade. Guardar em sacos de papel ou de pano.
Origem : Regiões mediterrâneas.
Indicações -abatimento, abscessos, acne, amenorréia, anúria, apoplexia, artrite, asfixia, asma, atonia dos nervos encéfalo-raquidianos, baço, bronquite, catarro, cefalalgia, congestão linfática, contusão, depressão, dermatites, desmaio, dispepsia flatulenta, doença respiratória (asma, bronquite, catarro, gripe), dores reumáticas, eczemas, enjôo, enxaqueca, epilepsia, espasmo, estômago, feridas, fígado, fraqueza cardíaca, gases, gota, gripe, inapetência, limpa/amacia/acalma a pele, insônia, leucorréia, náuseas, nervosismo, neurose cardíaca, paralisia, pediculose, perturbação gástrica, picada de inseto, problemas menstruais, pressão alta, problemas circulatórios, psoríase, queimadura, resfriado, reumatismo, síncopes, sinusite, tensão nervosa e muscular, tinha, tosse, vertigem.
Propriedades : analgésica, antianêmica, antiasmática, anticonvulsiva, antidepressiva, antiemética, antiespasmódica, antiinflamatória, antileucorréica, antimicrobiana, antiperspirante, anti-reumática, anti-séptica, aromática, aromatizante do cabelo, béquica, calmante suave, calmante dos nervos, carminativa, cicatrizante, colagoga, descongestionante, desodorante, diaforética, digestiva, diurética, emenagoga, estimulante da circulação periférica, estimulante mental, excitante do sistema nervoso, hipnagoga, indutora do sono, oftálmica, parasiticida capilar, peitoral, purificante, refrescante, relaxante muscular, repelente de insetos, rubefasciente, sedativa, sudorífica, tônica capilar, tônica do estômago, tônica dos nervos, vermífuga.
Dosagem - O chá das flores é muito usado no combate à dor de cabeça e nevralgias. É indicada ainda nos casos de insônia, bronquite crônica, asma brônquica, astenia, vertigens, cólicas, flatulência, dispepsia, inapetência e nervosismo. O chá de alfazema, alivia problemas digestivos e de mau hálito.
Princípios Ativos: Taninos, cumarina, princípio amargo, saponinas e óleo volátil (linalol), com o perfume característico de alfazema.
Modo de Usar :
a) infuso ou decocção:
- 1%, de 5 a 20 ml/dia;
- 2 a 4 g/litro de água;
- 8 g da planta/litro d'água ou 1 colher das de sopa de folhas picadas em ½ litro d'água. Tomar 1 xícara das de chá 3 a 4 vezes ao dia;
- 10 g ou 2 colheres de folhas secas picadas em ½ litro. Tomar 1 xícara 2 vezes ao dia;
- 3 a 5 g da flor seca em uma xícara de água fervente, 3 a 4 vezes ao dia: excitação nervosa, laringite, nevralgias e como diurético;
b) infusão:
- colocar em 1 xícara de água fervendo 5 g de flores de alfazema, Deixar por 5 minutos adoça com mel e beber, repetir a dose 4 vezes ao dia;
- fazer uma mistura de 30 g de flores de alfazema, 10 g de camomila, 5 g de hipérico, 5 g de lúpulo e 5 g de raízes de valeriana. Colocar 5 g da mistura em uma xícara e verter água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Tomar antes de deitar: excitação nervosa;
- fazer uma mistura de 20 g de flores de alfazema, 60 g de flores de primavera e 20 g de flores de camomila. Colocar 5 g dessa mistura em uma xícara de água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Beber em seguida. Repetir a dose duas ou três vezes ao dia: nevralgias;
c) decocção: 60 g de flores de alfazema em 1 litro de água, por 2 minutos, filtrar e beber de 4 a 6 xícaras por dia: asma;
d) alcolatura: 10 g em 2 litros de álcool neutro ou de cereais (antisséptico e cicatrizante). Em fricções, atua sobre o reumatismo;
e) extrato fluido: 0,5 a 2 ml/dia;
f) tintura: 1 a 10 ml/dia;
g) maceração: 50 g de flores em 1 litro de água, por 15 dias. Filtrar. Para contusões: passar no local um pouco do líquido, para aliviar as dores e desinflamar;
h) óleo:
- pingar algumas gotas sobre as têmporas e pulsos para aliviar o cansaço;
- dissolver algumas gotas em água e beber após as refeições: má digestão;
i) compressas: 30 g de flores em 1 litro de água: ação ligeiramente revulsiva;
j) essência de alfazema: colocar um punhado de flores frescas de alfazema em 750 g de azeite e deixar macerar por 20 dias. Filtrar em tecido de linho. Para aliviar cansaço, pingar algumas gotas desse óleo sobre um torrão de açúcar, dissolvendo-o lentamente na boca e pingar algumas gotas sobre as têmporas e os pulsos.
Posologia: As folhas e as flores frescas são aplicadas à testa para aliviar dores de cabeça. As flores vaporizadas (geralmente 1 xícara cobre toda a articulação) em cataplasmas nas articulações. Útil para tratar a dor reumática. O vapor das flores é nos resfriados. 1g de flores secas ou 2g de flores frescas (1 colher de sopara para cada xícara de água) em decocoto leve ou infuso, para uso interno em todas as in dicações. O óleo essencial e os extratos de lavanda são usados como fragrâncias farmacêuticas e em cosméticos. O óleo de lavandina, o óleo absoluto de lavanda {um extrato) e o óleo de Lavandula latifolia são usados em concentrações de até 1,2% em perfumes. Pequenas quantidades (0,002 a 0,004%) do óleo são usadas para dar sabor a alimentos; A versatilidade da lavanda é observada nas suas várias aplicações como uma fragrância em perfumes, em produtos de banho, em produtos de cuidados com cabelos, nos sabonetes, em detergentes, em formulações tópicas e em derivados sintéticos e quantidade de produção.
Efeitos colaterais : A lavanda e o óleo de lavandina não são irritates nem sensibilizantes à pele humana.
Precauções : A lavanda causa sonolência. 3 relatórios descrevem casos de dermatite de contato alérgica causada pelo óleo essencial e a fragrância da lavanda.
Toxicologia : Em doses altas pode ser depresiva do sistema nervoso, causando sonolência.
Resumo clínico: Usos etnofarmacológicos: analgésica, sedativa, hipnótica, antiespasmódica, antiinflamatória , antimicro-biana, antisséptica, antidepressiva, relaxante, anticonvulsivante, antiemética, anti-reumática, anti-perspirante, aromática, cicatrizante, carminativa, estimulante da circulação periférica, emenagoga, tónica do estômago, dos nervos e capilar, repelente de insetos, descongestionante, béquica, estimulante mental, rubefascoiante, vermífuga.
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