Morte di Cleopatra / Michele Desubleo
Você já foi a algum velório?
É possível que sim, pois é certo que, por mais jovens que sejamos, já tivemos a experiência da morte de algum membro da família, de um colega da escola ou da área profissional, um vizinho, um amigo.
O que se observa, quase sempre, nos velórios, é que não sabemos exatamente como nos comportar.
Observemos alguns conceitos sobre o assunto.
A morte é o destino certo de todos os seres vivos.
Todos os espiritualistas, isto é, os que acreditam que o Espírito sobrevive à morte, têm consciência de que a morte é do corpo. O ser pensante prossegue vivo e atuante.
Justamente por este motivo é que a postura do cristão, nesses momentos, se reveste de características especiais.
Se cremos que o ser prossegue vivendo, devemos, desde logo, nos preocupar com a sua condição no além-túmulo.
O clima deve ser de oração para que o desencarnado possa se libertar com facilidade dos laços que prendem a alma ao corpo.
Oração para que ele se tranquilize, desde logo, ajustando-se ao seu novo estado de Espírito liberto da carne.
Prece para que a saudade e a preocupação com os seres amados que ficaram não o atormentem, enquanto ele se ambienta no mundo espiritual.
É prudente que, ao chegar no local do velório, procuremos os familiares do desencarnado e, se tivermos intimidade, os abracemos.
Eles saberão, assim, que mais um amigo se faz presente naquele momento de dor. Contudo, não se aconselham expressões como Meus pêsames, Lamento muito, Que desgraça!
Afinal, se somos discípulos do Mestre que nos legou a mensagem da imortalidade, por que lamentar a libertação daquele que já cumpriu sua etapa na Terra?
Seria o mesmo que, retidos em uma enorme prisão, chorássemos a libertação de um companheiro de cela, antes de nós.
Os familiares do desencarnado merecem o nosso carinho e o nosso apoio.
Naquele momento, necessitam saber que podem contar conosco, que podem chorar em nossos ombros.
Ofereçamos o nosso abraço e falemos palavras de encorajamento. Palavras simples como Conte comigo, Oro por sua tranquilidade.
Levemos conosco um livro nobre e alimentemos o ambiente com pensamentos saudáveis, com a leitura individual e silenciosa.
Assim, estaremos agindo como cristãos, auxiliando o falecido e amparando seus familiares.
* * *
Se nos preocupamos em comparecer ao local do velório e ao enterro dos nossos conhecidos, colegas e amigos, recordemos que o apoio aos seus familiares deve prosseguir.
Nos dias seguintes, lembremos de fazer breve ligação telefônica, indagando se a família não necessita de algo.
Talvez um auxílio com papéis, uma orientação ou a simples companhia. Ou, ainda, uns minutos da nossa atenção para amenizar a saudade que tenta lhes fazer companhia.
Redação do Momento Espírita.
Em 02.11.2011.
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