A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, está lutando para evitar que a água radioativa acumulada nas instalações do reatores vaze para o mar, enquanto o sistema de tratamento não é acionado por apresentar problemas.
A companhia anunciou nesta quarta-feira que reduziu a quantidade de água injetada nos reatores para resfriar as barras de combustíveis, como forma de diminuir o volume acumulado.
Segundo a Tepco, até agora eram bombeadas de 4 a 11 toneladas de água por hora nos reatores 1, 2 e 3, mas a companhia decidiu reduzir em uma tonelada essa quantidade.
No último fim de semana, um aumento de radiação interrompeu a retirada de água contaminada na usina, poucas horas após o processo ter sido iniciado, em um revés nos esforços para restaurar a situação do complexo atingido pelo terremoto e tsunami de 11 de março.
A usina vem vazando radiação na atmosfera desde o desastre e tanto a China quanto a Coreia do Sul expressaram preocupação com a possibilidade de novos vazamentos para o mar.
Uma declaração divulgada pela Tepco informou que a suspensão foi motivada por um aumento de radiação maior do que o esperado em uma parte do sistema feito para absorver césio.
A companhia informou que equipes trabalhando na usina acreditam que o aumento de radiação pode estar ligado ou ao sedimento fluindo no maquinário que absorve césio ou a um erro de monitoramento causado por tubulações próximas levando água contaminada.
Autoridades dizem que 110 mil toneladas, o equivalente a 40 piscinas olímpicas, estão armazenadas na usina. A água contaminada pode transbordar dos compartimentos e vazar para o mar nos próximos dias se o tratamento não for reiniciado.
No momento, a Tepco não prevê adiamentos em seu plano geral para retomar o controle total da usina de Fukushima até o final do ano. O plano, ridicularizado por alguns críticos como muito otimista, propõe o fechamento de seus três reatores instáveis até janeiro de 2012.
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Tanques de aço estão sendo utilizados para armazenar parte da água contaminada na usina nuclear de Fukushima
Reuters
Fonte: Alternativa
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