O FBI alertou para um crime on-line em que um californiano de 31 anos enviava e-mails e mensagens em redes sociais contendo um suposto “vídeo assustador” e que, ao ser aberto, infectava o computador das vítimas. Tendo o controle do sistema, ele procurava por imagens comprometedoras, depois obrigava a vítima tirar fotos e criar vídeos com mais conteúdo explícito. A polícia chamou o crime de “sextortion”, ou extorsão sexual.
“O mais assustador é a facilidade com que ele invadiu os computadores das vítimas”, afirmou o agente especial do FBI Jeff Kirkpatrick. “E ele não era nenhum gênio da informática. Qualquer um poderia ter feito isso vendo vídeos disponíveis on-line e seguindo as instruções”.
O homem se passava por amiga ou até irmão de cada uma das 230 vítimas para convencê-las a ver o “vídeo” enviado. Muitas das vítimas eram adolescentes, segundo a polícia. A investigação levou dois anos e o acusado foi preso em junho, mas o caso só veio a público esta semana.
Depois de infectar um computador, o golpista monitorava a webcam e o microfone das vítimas, aproveitando-se do fato de que muitas jamais desligavam o computador. Com isso, ele conseguiu fotos de cenas comprometedoras para, depois, fazer suas exigências. “Ele usava o medo delas para controlá-las”, disse a agente Tanith Rogers, que também trabalhou na investigação.
Em um caso, ele enviou um e-mail com uma foto pornográfica da vítima e disse que se ela não gravasse um vídeo para ele, os pais iriam saber da presença das fotos no computador.
O FBI divulgou a lista de nomes de usuário e e-mails usados pelo criminoso para descobrir se há outras vítimas que ainda não foram identificadas. O órgão policial ainda sugeriu que as pessoas desconfiem de mensagens de e-mail, não acreditem cegamente no antivírus e que não tenham medo de falar com os pais ou com a polícia caso venham a ser vítimas desse tipo de golpe.
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