Minha mãe sempre foi uma pessoa com grande coração.
Sempre gostou de ajudar as pessoas...
Lembro-me que quando o marido de Dona **** foi embora para a Bahia e deixou-a com três crianças pequenas para criar, mamãe logo se prontificou a ajudá-la.
Foi ai que fiz pela primeira vez uma visita à periferia de São Paulo.
Foi uma viagem... Horas e horas... rs
Acho que não demorou tanto tempo, mas para mim estava demorando séculos...
Era um lugar bem humilde, bem afastado do centro da cidade.
Esta mulher tinha sido minha babá durante um tempo.
Enfim, quando chegamos ao nosso destino eu fiquei meio assustado não só com a aparência do lugar, mas também com a aparência das pessoas...
Morando num bairro mais perto do centro, acostumei-me a brincar apenas no playground do prédio. Nada de brincar na rua onde existe grande movimento de carros.
Brincar livremente apenas seria em parques, como no Ibirapuera onde minha mãe sempre me levava...
Naquele bairro onde me encontrava não, as crianças brincavam livremente na rua e muitas descalças...
Bom, encontramos o apartamento da Dona ***** e ela ficou toda feliz com a visita.
Meu pai não estava nada contente como eu, mas como sempre foi muito simpático e educado...
Passado alguns minutos, minha mãe já tirou das sacolas as compras que tinha feito para ela e resolveu fazer o almoço.
E foi nessa hora que aconteceu algo que me chocou...
Eu sempre fui muito observador, principalmente quando se tratava de comida... Era muito chato e exigente... rs
Em um determinado momento, minha mãe perguntou aonde tinha panelas e Dona **** falou que estavam embaixo da pia...
Minha mãe foi pegar uma e quando a tirou do “suposto armário” (que na verdade era apenas algo com uma cortina na frente), vejo uma barata viva dentro da panela...
Minha mãe nessa hora simplesmente foi rápida: virou a panela com a boca para baixo. Assim a barata caiu e ela a matou.
Eu estava ali, parado, imóvel com a cena.
O olhar que minha mãe me deu foi congelante e nele tinha um aviso oculto: “se abrir à boca pra fazer algum comentário, eu te ARREBENTO” rs
Entendo o recado, mantive-me sem reação, mas a própria Dona **** que já me conhecia muito bem, falou: “Iiiiiii esse menino agora que não vai comer mesmo”...
Bom, só posso dizer a vocês que não comi mesmo. Mesmo morrendo de fome recusei-me a comer qualquer coisa. Eu tinha o costume de cruzar os braços e simplesmente dizer não e não tinha nada no mundo que me mudasse de idéia.
Foi assim que minha mãe saiu comigo pela vizinhança procurando algum lugar para que eu pudesse comer algo... rs
Sempre gostou de ajudar as pessoas...
Lembro-me que quando o marido de Dona **** foi embora para a Bahia e deixou-a com três crianças pequenas para criar, mamãe logo se prontificou a ajudá-la.
Foi ai que fiz pela primeira vez uma visita à periferia de São Paulo.
Foi uma viagem... Horas e horas... rs
Acho que não demorou tanto tempo, mas para mim estava demorando séculos...
Era um lugar bem humilde, bem afastado do centro da cidade.
Esta mulher tinha sido minha babá durante um tempo.
Enfim, quando chegamos ao nosso destino eu fiquei meio assustado não só com a aparência do lugar, mas também com a aparência das pessoas...
Morando num bairro mais perto do centro, acostumei-me a brincar apenas no playground do prédio. Nada de brincar na rua onde existe grande movimento de carros.
Brincar livremente apenas seria em parques, como no Ibirapuera onde minha mãe sempre me levava...
Naquele bairro onde me encontrava não, as crianças brincavam livremente na rua e muitas descalças...
Bom, encontramos o apartamento da Dona ***** e ela ficou toda feliz com a visita.
Meu pai não estava nada contente como eu, mas como sempre foi muito simpático e educado...
Passado alguns minutos, minha mãe já tirou das sacolas as compras que tinha feito para ela e resolveu fazer o almoço.
E foi nessa hora que aconteceu algo que me chocou...
Eu sempre fui muito observador, principalmente quando se tratava de comida... Era muito chato e exigente... rs
Em um determinado momento, minha mãe perguntou aonde tinha panelas e Dona **** falou que estavam embaixo da pia...
Minha mãe foi pegar uma e quando a tirou do “suposto armário” (que na verdade era apenas algo com uma cortina na frente), vejo uma barata viva dentro da panela...
Minha mãe nessa hora simplesmente foi rápida: virou a panela com a boca para baixo. Assim a barata caiu e ela a matou.
Eu estava ali, parado, imóvel com a cena.
O olhar que minha mãe me deu foi congelante e nele tinha um aviso oculto: “se abrir à boca pra fazer algum comentário, eu te ARREBENTO” rs
Entendo o recado, mantive-me sem reação, mas a própria Dona **** que já me conhecia muito bem, falou: “Iiiiiii esse menino agora que não vai comer mesmo”...
Bom, só posso dizer a vocês que não comi mesmo. Mesmo morrendo de fome recusei-me a comer qualquer coisa. Eu tinha o costume de cruzar os braços e simplesmente dizer não e não tinha nada no mundo que me mudasse de idéia.
Foi assim que minha mãe saiu comigo pela vizinhança procurando algum lugar para que eu pudesse comer algo... rs
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