quinta-feira, 23 de abril de 2009

SIMPLICIDADE

Beleza pura
Conformidade ingênua
Suaves tempos
Ainda figuram
Num mundo bucólico
De gente humilde

Sorrisos francos
Abraços calorosos
Palavras castas
Em falas mansas
Orações intensas
Esperanças tantas
Olhos que brilham
Com pureza
De visão criança

Para quem busca
O que é completo
Nas coisas simples
No sol a sol
Encontra rostos sem maquiagem
Com traços fortes
E bem sulcados
Ganhos na luta,
Forjados na dor
Encontra mãos cheias de calos
Que apertam firmes
E corações
Plenos de amor

O mundo insano
Recusa
A candura
A fidúcia
E busca respostas
Enredadas
Explicações que nada aclaram
Hipóteses, filosofias
E teoremas
Astúcia!

No fim
A terra, o pó
O chão duro
Engole empáfia e presunção
Devora palavras
De quem pensou
Tudo saber
Dono da razão!

Aqui ficou
Um sentimento
Terno ou acerbo
Foi o mais simples
E verdadeiro
O que jazeu!
Força secreta
Que o mundo esqueceu

Ficaram laços
Lembranças de abraços
Ternura de olhares
Calor de mãos
Que se tocaram
Sabor de palavras
Que se falou
E doces sorrisos
Que a outrem
Encantou!

Um comentário:

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