Descrição : Da família das Apocináceas, também conhecida como agonia, agonium, arapou, arapuê, arapuo, colônia, guina-mole, jasmim-manga, quina-branca, quina-mole, sacuíba, sucuba, sucuriba, sucuúba, tapioca, tapouca, tapuoca. Planta que atinge até 8 m de altura, de raízes compridas, folhas opostas e lanceoladas; suas flores são brancas e os frutos fusiformes. Suas flores são brancas, campanuladas, com a base do rubo amarelo, grandes, dispostas no ápice dos ramos em cimeiras de 2 ou 3; seus frutos folículos geminados, fusiformes, de 9 cm de tamanho normal, contendo sementes. As sementes serviam aos índios para a feitura de adornos, como colares, maracás, chocalhos e demais peças, principalmente para os dias festivos. Tem a variedade major (P. ago-niata Pk.), de maior porte. Essa árvore chega a ter 20 m de altura e outra Microfila (quina-branca), respectivamente de folhas maiores e menores. No Brasil é grande o seu cultivo, abrangendo toda a região compreendida entre Goiás e Rio Grande do Sul.
História: A Agoniada é reconhecida tradicionalmente como excelente remédio para mulheres, referindo-se seu nome aos sintomas associados ao ciclo menstrual.
Habitat: Ocorre nos estados do Sul, principalmente na Serrado Mar.
Parte Usada : Folhas e cascas.
Propriedades medicinais:
- casca: emenagoga e purgativa;
- látex da casca: anti-helmínticas, febrífugo;
- flores: lactescentes, galactagogas, antidepressiva, antiasmática, anti-sifilítica, emenagoga, purgativa, anticonceptiva, antiespasmódica, anti-helmíntica, desengurgitante (para adenites e gânglios supurados), febrífuga, galactagoga, laxante, reguladora dos ciclos menstruais, resolutiva, sedativa;
- folhas: antiasmática, antidepressiva, anti-sifilítica, galactagoga, emenagoga, febrífuga, purgativa.
- toda a planta: antiinflamatório potente (do trato genital feminino); anti depressiva.
Indicações : Febrífuga, balsâmica, combate cólicas menstruais, febre, asma brônquica e ansiedade. Emprega-se nas afecções histéricas, na asma, nas atorrías gastro-intestinais, nos catarros crónicos, na clorose, nas febres intermitentes. Amenorréia: como estimulante da função gonadal e regulador dos ciclos menstruais; Dismenorréia: analgésico, sedativo e antiespasmódico; TPM com ansiedade, constipação intestinal, dispepsia, dismenorréia e edema: como diurético, estimulante da função gonadal, laxante, protetor da mucosa gástrica, sedativos e regulador dos ciclos menstruais; Edemas relacionados com o eido menstrual: como diurético; Irregularidades menstruais: como estimulante gonadal e regulador; Leucorréia crónica: como antiinflamatório. Adenopatia satélite associada a infecções ginecológicas: como antiinflamatório, resolutivo e linfotrópico. Dispepsia, gastrite e epigastralgia associadas ou com agravação peri-menstrual: como laxativo, sedativo, protetor da mucosa gástrica e antiespasmódico.
Principioa Ativos : Glicosídeos (agoniadina) plumerina e ácido plumeritânico. Alcalóides: agoniadina, plumerina; Princípios amargos; Açúcares; Iridóides; Fulvoplumerina; Glicídeos. Óleos essenciais: farnessol, citronerol. Ácido plumérico; Plumerídeo; Resinas
Toxicologia : uso não indicado durante a gestação e aleitamento materno, nem para crianças. O látex da casca, em doses elevadas, produz síncope, delíquio e até mesmo a morte.
Contra-indicações: Em mulheres grávidas por seus efeitos sobre o aparelho reprodutor feminino e pela sua influência no mecanismo de indução do parto, podendo gerar prematuridad em diarreias, por ser laxativo.
Toxicologia: As pesquisas garantem o uso em humanos nas doses indicadas. A DLM é acima de SOOml para um adulto com mais de 60Kg. As resinas do género Plumeria são tóxicas em doses (muito) elevadas - causam grande irritação da mucosa do tubo digestivo provocando diarreia, esofagite, gastrite e eventualmente sangra-mento digestivo.
Modo de usar:
infusão de 5 g a 20 g de folhas para 1 litro de água fervente, tomar 4 a 5 xícaras por dia, sem adoçantes;
- compressas das folhas cozidas sobre os órgãos genitais debilitados: restaurar as forças (Diz-se, que quem as emprega frequentemente, corre o risco de se tornar estéril); colocadas sobre os seios das parturientes: galactagogas;
- flores colocadas sobre os seios das parturientes: lactescentes, galactagogas;
- folhas cozidas colocadas sobre os seios das parturientes: galactagogas; sobre os órgãos genitais debilitados: restaurar as forças dos órgãos;
- extrato fluído de toda a planta: 1 colher das de chá 3 vezes/dia.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de cascas em decocto até 3 vezes ao dia.
Superdosagem: Deverá ser feito o esvaziamento gástrico, com sonda nasogástrica em sifonagem e tratamento sintomático. As resinas da P. lancifolia são muito irritantes para a mucosa gástrica em doses tóxicas-4,9g/Kg de peso corporal. É recomendável o uso de bloqueadores dos receptores h2 da histamina - tipo cimetidina - e uso de óleo mineral e carvão ativado para reduzir as lesões da mucosa. Outras medidas de suporte: dieta zero, e hidratação venosa.
Farmacologia: Estudos da fração alcalóidica de P. lancifolia (FAA) mostram que na dose de 100mg/Kg VO protege a mucosa gástrica de cobaias. Em todos os modelos experimentais a FAA apresentou-se tão ou mais potente que a cimetidina (50mg/Kg de peso). O volume de secreção gástrica mostrou-se reduzido, assim como a acidez total, mas a atividade péptica do suco gástrico não foi alterada; Possui ação antiinflamatória e antiespasmódica comprovada, justificando sua indicação nas dismenor-réias. Tem ação emenagoga e reguladora nos ciclos menstruais -sua ação naTPM baseia-se em sua função diurética, sedativa e antiinflamatória.
Resumo Clínico: Usos etnofarmacológicos: emenagoga, antiespasmódica, depurativa, antifebril, antiasmática, antiinflama-tória, e purgativa em doses mais altas. Para casos de irregularidade menstrual, amenorréia, nas linfangi-nites, ingurgitamento ganglionar, escrófulas, asma brônquica, fraqueza relacionada à menstruação, histeria, inflamações uterinas, constipação intestinal e digestão difícil Sem toxidade nas doses recomendadas.
Fonte: http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/indice.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário