O Evangelista Mateus teve oportunidade de assinalar, em seu Evangelho, capítulo seis, versículo trinta e um: Não andeis, pois, inquietos.
Muitos andamos inquietos nestes dias. Inquietos com a economia, com a política, com a família. Inquietos em relação ao futuro; inquietos em relação ao passado; inquietos com nós mesmos.
A inquietude da criatura revela, no âmago, a falta de confiança, a falta de fé e, também a falta de conhecimento.
A recomendação de Jesus não incentiva a indiferença nem a irresponsabilidade.
O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.
Ele nos pede o combate ao pessimismo crônico.
Ser pessimista é estar condenado a perder a batalha antes dela mesmo começar. Ser pessimista é boicotar a si mesmo e aos outros, pois nossas palavras e pensamentos transformam o mundo à nossa volta para o bem ou para o mal.
Ainda vivemos os tempos de nos defrontar, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos. São os tempos de transição.
Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.
Em todos os lugares há derrotistas intransigentes.
Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o sol fulgura no zênite.
Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.
Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.
Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento com a cor negra para que a mente do próximo lhes partilhasse a sombra interior.
Nós precisamos confiar...
Não há treva que dure para sempre. Não há coração destinado ao mal. O tempo de escuridão é passageiro, é momento de aprendizagem, de provas necessárias.
A sabedoria dos mais experientes, Espíritos de escol que aqui estiveram e que ainda nos acompanham do Mundo Maior, revela que o Universo é regido por uma Inteligência dotada de justiça e bondade.
Dessa forma, como não confiar?
Assim, ao observarmos o mal aparentemente dominante ainda, escandaloso, bulhento, não colaboremos com seu estardalhaço desproporcional.
Divulgá-lo sem propósito benéfico, propagá-lo sem fim útil, apenas para causar espanto, é dar-lhe mais forças.
O otimista não é aquele que se negaa enxergar o mal à sua frente. É simplesmente aquele que dá mais valor ao bem do que ao mal que alguém promova.
O otimista é aquele que sempre vê uma saída, que sempre vê um aprendizado em toda experiência, por mais penosa que tenha sido.
Esses levam a vida com mais leveza e, muitas vezes, confiam sem saber que estão confiando. Têm fé imensa sem saber que a têm ou sem mesmo precisar dar rótulos a ela.
Lutemos. Perseveremos. Amemos e confiemos sempre.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Saibamos confiar, do livro Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 1.3.2016.
gostei muito do texto, acho que faz com que reflitamos sobre como conduzimos nossas vidas, conforme o que percebemos das situações...
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