quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Plantas que Curam: CARQUEJA - Baccharis trimera



Descrição : Da família das compostas, também conhecida como bacanta, bacárida, cacaia-amarga, cacália-amarga, cacália-amargosa, caclia-doce, cuchi-cuchi, carque, carqueja-amarga, carqueja-amargosa, carqueja-do-mato, carquejinha, condamina, iguape, quina-de-condomiana, quinsu-cucho, tiririca-de-babado, tiririca-de-balaio, tiririca-de-bêbado, três-espigas, vassoura. É um arbusto de pequeno porte, também conhecida como carque. Possui caule lenhoso, alado com folhas bastante reduzidas e ovais. A Baccharis trimera é mais encontrada em campos e beiras de estradas e a articulata é mais comum em terrenos úmidos e banhado.

Partes utilizadas : Hastes floridas.

Plantio : Multiplicação: por sementes ou por estacas (mudas); Cultivo: planta brasileira, prefere regiões montanhosas onde o clima é ameno. Prefere solos secos, latossolo vermelho ou alaranjado, arejados. Responde a pequenas quantidades de matéria orgânica, não sendo exigente em irrigação; Colheita: colhem-se as folhas quando novas tendo o cuidado de eliminar bolores que costumam desenvolver-se nelas.

Propriedades medicinais: amarga, antianêmica, antiasmática, antibiótica, antidiarréica, antidiabétíca, antidispéptica, antigripal, anti-hidrópica, antiinflamatória, anti-reumática, anti-Trypanosoma cruzi (causador da moléstia de Chagas), aperiente, aromática, colagoga, depurativa, digestivo, diurético, emoliente, eupéptica, estimulante hepática, estomáquica, febrífuga, hepática, hepato-protetor, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante, moluscocida (contra Biomplalaria glabrata, hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose), sudorífica, tenífuga, tônico, vermífuga.

Indicações: afecções febris, afecções gástricas, intestinais, das vias urinárias, hepáticas e biliares (ictérícia, cálculos biliares, etc.); afta, amigdalite, anemia, angina, anorexia, asma, astenia, azia, bronquite asmática, chagas venéreas, coadjuvante em regimes de emagrecimento, colesterol (redução de 5 a 10%.), desintoxicação do fígado, diabete, diarréias, dispepsias; doenças venéreas; enfermidades da bexiga, do fígado, dos rins, do pâncreas e do baço; espasmo, esterilidade feminina, estomatite, faringite, feridas, fraqueza intestinal, garganta, gastrite, gastroenterites, gengivite, gota, hidropisia, impotência sexual masculina, inflamações de garganta, inflamação das vias urinárias, intestino solto, lepra, má-digestão, mal estar, má-circulação, obesidade, prisão de ventre, reumatismo, úlceras (uso externo), vermes.

Princípios Ativos: Segundo a EPAGRI: alfa e beta-pineno, álcoois sesquiterpênicos, ésteres terpênicos, flavonas, flavanonas, saponinas, flavonóides, fenólicos, lactonas sesquiterpênicas e tricotecenos, alcalóides. Compostos específicos: apigenina, dilactonas A, B e C, diterpeno do tipo eupatorina, germacreno-D, hispidulina, luteolina, nepetina e quercetina. O óleo essencial contém monoterpenos (nopineno, carquejol e acetato de carquejilo).
Segundo a BIONATUS: flavonóides (apigenina, cirsiliol, cirsimantina, eriodictiol, eupatrina e genkawanina), sesquiterpenos, diterpenos, lignanos, alfa e beta pinenos, canfeno, carquejol, acetato de carquejila, ledol, alcóois sesquiterpênicos, sesquiterpenos bi e tricíclicos, calameno, elemol, eudesmol, palustrol, nerotidol, hispidulina, campferol, quercetina e esqualeno.

Modo de usar: infuso, decocto, extrato fluido, tinturas, elixir, , vinho, xarope, gargarejo, compressas.
- infusão: 1 xícara (café) em 1/21itro de água. Tomar 1 a 2 xícaras após as refeições e ao deitar;
- infusão ou decocção a 2,5%: 50 a 200 ml ao dia;
- infusão para uso externo: 60 g em 1 litro de água. Aplicar nos locais afetados. Banhos parciais ou completos, ou compressas localizadas;
- infusão de 10 g de talos em ½ litro de água fervente. Tomar 150ml, três vezes ao dia;
- decocção: ferver por 5 minutos 1 colher das de café de folhas secas ou em pó em 1 xícara das de chá de água. Coar e tomar 2 xícaras das de chá ao dia;
- decocção de 10 g em 1/2 litro de água. Tomar 4 vezes ao dia;
- tintura: 1 colher das de sobremesa de 8 em 8 horas. (5 a 25 ml ao dia).
- extrato fluido: 1 a 5 ml ao dia.
- vinho digestivo: macerar 1 colher das de sopa de hastes em ½ copo de aguardente por 5 dias. Misturar o macerado filtrado a uma garrafa de vinho branco. Tomar 1 cálice antes das refeições

Parte utilizada: hastes.

Contra-indicações/cuidados: gestantes e lactantes. Doses excessivas podem abaixar a pressão.

Toxicologia : Não encontrada até o momento, porêm nenhuma planta deve ser consumida em excesso.

Aromaterapia : Regeneradora da pele e do fígado.

Farmacologia: Os óleos essenciais, especialmente o carquejol, atuam sobre o hepatocito, aumentando a produção da bile e protegendo contra a peroxidagao lipfdica da membrana celular. Os princípios amargos estimulam as papilas gustativas, aumento o apetite e a produção de suco gástrico. Os filávamo-nos aumentam o debito urinário. Sua farmacologia ainda e pouco pesquisada. Alguns estudos sobre o fígado revelam que seu extra-to provoca o aumento da bile e tem ação em hepatites virais, mas não há estudos clínicos. Impede a absorção de glicose no tubo digestivo, reduzindo a glicemia e causando efeito laxativa por osmose; Farmacodinamica: Possui ação colagoga e reduz a mortalidade e a incidência de lesões celulares do hepatocito submeti-do a agressões químicas e biológicas. Usada como tônica digestiva, estomaquica, vermifuga, colagoga, litogoga, hipoglicemiante, diuretica, laxativa discreta e anti-gripal; Usada na indústria de bebidas, substitui o lúpulo na fabricação de cerveja.

7 comentários:

  1. Amigo, ora aí está uma planta magnífica que a minha avó sempre usou e eu adoro. Grata pela sua divulgação.
    Beijinhos de Luz!
    Ana Maria

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  2. Minha Amiga Ana,

    vc acredita que eu não conhecia esta planta?!

    Beijos

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  3. Não? Pois eu cresci com ela por todo o lado, a minha avó até costumava deixar secar a carqueja e depois de ela ficar bem dura, a minha avó punha a roupa ao sol para "corar",(tirar as nódoas com sabão ao sol) mais uma utilidade para a carqueja.
    Beijinhos de Luz.
    Ana Maria

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  4. Eu posso fazer o chá dessa planta carqueja e da para minha cachorrinha, pois eu tomo para o fígado quando não estou bem e o problema dela é o fígado,posso da o chá de carqueja para ela?

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  5. Vou tomar e dar para meu cão ..posso

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