quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Plantas que Curam: AÇAFRÃO VERDADEIRO - Crocus sativus


Descrição : Planta da família das Iridaceae, também conhecido como: açaflor, açafrão, açafreiro, açafroeiro. Pequena planta cultivada principalmente nos jardins do Rio de Janeiro; apresenta folhas estreitas e flores rosáceas ou avermelhadas.

O açafrão é extraído dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus, uma planta da família das Iridáceas, e utilizado desde a antiguidade como especiaria, principalmente na culinária mediterrânica.
A variedade de Crocus sativus que se usa para extrair o açafrão é originária da região do mar Mediterrâneo e consumido na culinária da região, normalmente em risotos, caldos e massas. Na Espanha, é item essencial à paella. Usado há séculos em molhos, arroz e aves.
Atualmente, é a especiaria mais cara do mundo, uma vez que para a preparação de apenas alguns gramas utilizam-se milhares de flores da planta, processadas manualmente (cerca de 100 mil flores para obtenção de apenas cinco quilos de estigmas).

O Dícionario de botanica brasileira refere-se ao açafrão desta forma:
Esta planta é natural das Índias Orientais e do Meio-dia da Europa. Arbusto de quase um metro de altura, folhas roixeadas e compridas; a flor e seus tegumentos são amarelos, purpurinos, e avermelhados. Quando seca tem grande consumo na Europa para a tinturaria; desprende de seus órgãos uma tinta amarela e um óleo volátil. Pode cultivar-se no Brasil.
Na arte culinária e nas confeitarias costuma-se empregar o açafrão para dar uma cor agradável a muitas iguarias e confeições.

Parte utilizada: Estigmas secos.

História: O açafrão é pelo menos tão antigo como a escrita, talvez até muito anterior à nossa era. Da China ao Egito, da Grécia a Roma, o açafrão sempre foi apreciado pelo seu aroma requintado e propriedades medicinais. O açafrão foi amplamente utiliza­do como condimento e como um pigmento, este uso ainda é aplicado. Durante o període entre os séculos XVI e XIX, o açafrão foi usado em várias preparações do opiáceas para o alívio da dor.

Princípios Ativos: Aldeídos terpenos (safranal, 2,2,4-trimetil-ciclohexa-1,3-dieno-carbaldeído, pineno e cineol), picrocrocina, carotenóides, crocetina, gentobiose, alfa e o beta-caroteno, licopina, zeaxanteno e mucilagem.

Propriedades medicinais: antiofídico, digestivo, emenagoga, espasmódica, laxante. Pesquisadores estão estudando nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele. (UFSC)

Indicações: histeria, inflamação, regular processos sanguíneos, tireóide, problemas digestivos, prisão de ventre, veneno de cobra.

Contra-indicações/cuidados: Nenhuma contra-indicação foi encontrada na literatura consultada. A planta possui uma atividade emenagoga e abortiva. Grandes quantidades de açafrão (mais de 5 g, o que é maior do que a quantidade geralmente usada na culinária) provocam a estimulação uterina e podem induzir o aborto. Informação sobre o uso durante a amamentação não foi encontrada.

Efeitos colaterais: Uma reação anafilática - angioedema , urticária ocorreu em um fazendeiro com 21 anos após ter ingerido arroz e cogumelos com açafrão. Uma resposta positiva ao açafrão, com resultados negativos aos outros ingredientes, foi observada no 'teste do esfregasse' e pela técnica do RAST (Radioallergosorbent test), testando a presença de IgE; Alergia ocupacional sazonal, incluindo a rinoconjuntivite, a asma brônquica, e o prurido cutâneo, ocorreram em 15 trabalhadores expostos ao açafrão; Testes cutâneos e de RAST foram positivos para o açafrão.

Toxicologia: Grandes doses de estigmas atuam como um sedativo e há relatos de uso fatal do açafrão como um aborti-faciente. A presença das saponinas no rebento é tóxica a animais jovens.
A dose letal é 20 g, enquanto a dose abortiva é 10 g. Os seguintes efeitos foram relatados após a ingestão de 5g açafrão: púrpura severa, trombocitopenia, e sangramento severo.
Um estudo demonstrou que o açafrão é não mutagênico e não-tóxico, porém as doses usadas não foram mencionadas.

Modo de usar:
- Usado em molhos, sopas, saladas, arroz, cozidos com frango e legumes;
- preparação de tinturas, extratos, loções oculares e colírios, mas sobretudo em pílulas abortivas.
- infuso ou decocto a 1 %: dose máxima diária 200 ml;
- extrato fluido: dose máxima diária 40 gotas.

Fonte: http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/indice.html

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