26 de novembro de 1922 - Aberto o túmulo do faraó egípcio Tutancâmon. Howard Carter torna-se a primeira pessoa a entrar na tumba do faraó em 3000 anos.
A descoberta do túmulo de Tutancâmon
Inicialmente o túmulo de Tutancâmon estava destinado a situar-se em Amarna, sendo hoje identificado como o túmulo KV-29. Quando se mudou para Tebas foi ordenada a construção de um túmulo na parte oeste do Vale dos Reis. Contudo, como já foi referido, este túmulo não estava concluído quando ocorreu a morte do rei e Tutancâmon foi sepultado num túmulo privado adaptado para si, situado na parte leste do Vale dos Reis .
Em novembro de 1922 foi descoberto o túmulo de Tutancâmon , resultado dos esforços de Howard Carter e do seu mecenas, o aristocrata Lord Carnarvon. O túmulo encontrava-se inviolado em ligaduras, com excepção da antecâmara onde os ladrões penetraram por duas vezes, talvez pouco tempo depois do funeral do rei, mas por razões pouco claras ficaram-se por ali.
A câmara funerária foi aberta de forma oficial no dia 16 de Fevereiro de 1923. Estava preenchida por quatro capelas em madeira dourada encaixadas umas nas outras, que protegiam um sarcófago em quartzito de forma rectangular, seguindo a tradição da forma dos sarcófagos da XVIII dinastia. Em cada um dos cantos do sarcófago estão representadas as deusas Ísis, Néftis, Neit e Selket. Dentro do sarcófago encontravam-se três caixões antropomórficos, encontrando-se a múmia no último destes caixões; sobre a face a múmia tinha a famosa máscara funerária. Decorados com os símbolos da realeza (a cobra e o abutre, símbolos do Alto e do Baixo Egipto, a barba postiça retangular e ceptros reais), o peso dos três caixões totalizava 1375 quilos, sendo o terceiro caixão feito de ouro. Na câmara funerária foram colocadas também três ânforas, estudadas em 2004 e 2005 por arqueólogos espanhóis coordenados por Rosa Lamuela-Raventós. Os estudos revelaram que a ânfora junto à cabeça continha vinho tinto, a colocada do lado direito do corpo continha shedeh (variedade de vinho tinto mais doce) e a terceira, junto aos pés, continha vinho branco. Esta pesquisa revelou-se importante pois mostrou que os egípcios fabricavam vinho branco, mil e quinhentos anos antes do que se pensava.
Na câmara do tesouro estava um estátua de Anúbis, várias jóias, roupas e uma capela, de novo em madeira dourada, onde foram colocados os vasos canópicos do rei. Neste local foram achadas duas pequenas múmias correspondentes a dois fetos do sexo feminino, que se julgam serem as filhas do rei, nascidas de forma prematura.
Embora os objetos encontrados no túmulo não tenham lançado luz sobre a enigmática vida de Tutancâmon, revelaram-se bastante importantes para um melhor entendimento das práticas funerárias e da Arte do Antigo Egipto|arte egípcia.
A "maldição" do faraó
Em torno da abertura do túmulo e de acontecimentos posteriores gerou-se uma lenda relacionada com uma suposta "maldição" ou "praga da morte", lançada por Tutancâmon contra aqueles que perturbaram o seu descanso eterno. O mecenas de Carter, Lord Carnarvon, faleceu a 05 de abril de 1923, não tendo por isso tido a possibilidade de ver a múmia e o sarcófago de Tutancâmon. No momento da sua morte ocorreu na capital egípcia uma falha elétrica sem explicação e a cadela do lorde teria uivado e caído morta no mesmo momento na Inglaterra. Nos meses seguintes morreriam um meio-irmão do lorde, a sua enfermeira, o médico que fizera as radiografias e outros visitantes do túmulo. Para além disso, no dia em que o túmulo foi aberto de forma oficial o canário de Carter foi engolido por uma serpente, animal que se acreditava proteger os faraós dos seus inimigos. Os jornais da época fizeram eco destes fatos e contribuíram de forma sensacionalista para lançar no público a ideia de uma maldição. Curiosamente, Howard Carter, descobridor do túmulo, viveu ainda durante mais treze anos.
A maldição se dava somente ao fato de que aquele lugar estava fechado há mais de 3.000 anos, com corpos mesmo mumificados em estado de decomposição, tanto algumas múmias eles as deixaram para trás por esse motivo, e então todas as câmaras mortuárias não só a de Tutancâmon estavam repletas de fungos, bactérias e outros micro organismos!
ResponderExcluirMas que tudo isso é fascinante é sim!
Mas como em todo lugar e em todas as épocas ocorrem injustiças!!!!! A maioria desses artefatos não se encontram aonde deveriam estar: no Egito!!!! estão espalhadas por Berlim(como o busto de Nefertiti!), (E como o maior diamante do mundo achado em um cidadezinha por uma família muito, muito pobre no interior de Goiás), em Londres, etc!
Carolina Beatriz - incarpediem@hotmail.com
Realmente Carolina, você tem razão!!!
ExcluirAlguns anos depois foi descoberta que a razão das mortes foram os fungos.
E realmente os "achados" estão espalhados pelo mundo...
Eu estive no Egito e confesso que me decepcionei algumas vezes, pois nos museus que fui, a arte antiga do Egito é pouca...
Quem sabe um dia irei ao Museu do Louvre em Paris ver o resto... rs
Obrigado pelo comentário.
ABraxos.