Foi no Verão quente de Julho que a polícia japonesa encontrou o corpo mumificado de Sogen Kato, ainda deitado na sua cama, 30 anos após a sua morte. A sua filha de 81 anos escondeu a morte do pai e arrecadou mais de 81 mil euros em pensões
De acordo com a edição online da BBC, foi a partir deste caso que as autoridades começaram a investigar os registos dos seus cidadãos mais velhos e descobriram que 230 centenários se encontravam desaparecidos.
O Japão, um país que tem tradição e fama de acima de tudo respeitar os seus anciões, ficou em estado de choque ao descobrir tal quebra na coesão social do país.
O ministério da Justiça japonês apresenta várias razões para o escândalo que abanou os alicerces do país. É provável que muitos destes centenários tenham morrido durante a II Guerra Mundial, sem que as suas mortes tenham sido contabilizadas ou talvez tenham emigrado sem informar as autoridades nacionais.
As explicações são variadas, mas o que ressalta é que, por um lado, o sistema de registo em que estas pessoas constavam é obsoleto e, por outro, que o seu desaparecimento não foi reportado pelas famílas.
Num editorial, o jornal japonês Asahi vem escrito que esta descoberta levanta o véu de «problemas mais profundos: (.) as famílias, que é suposto estarem mais próximas dos seus anciões, não sabem onde eles se encontram e em muitos casos não se preocuparam em procurá-los através das autoridades».
O Japão está a tornar-se numa sociedade envelhecida, tem neste momento a maior proporção de população envelhecida do mundo - mais de 20% da população tem mais de 65 anos, número que em 2050 se estima que aumente para 40%.
O Instituto Nacional da População e Segurança Social Japonesa estima que um terço dos japoneses com mais de 65 anos vivam sozinhos e que muitos morram de um fenómeno moderno que denominam por «kodokushi», ou «morte solitária».
A exclusão social das pessoas mais velhas fez com que a taxa de suicídio dentro desta faixa etária aumentasse. Também os roubos levados a cabo por pessoas idosas aumentaram, por necessidade económica e por necessidade de chamar à atenção.
Fonte: http://radiophoenix.jp
De acordo com a edição online da BBC, foi a partir deste caso que as autoridades começaram a investigar os registos dos seus cidadãos mais velhos e descobriram que 230 centenários se encontravam desaparecidos.
O Japão, um país que tem tradição e fama de acima de tudo respeitar os seus anciões, ficou em estado de choque ao descobrir tal quebra na coesão social do país.
O ministério da Justiça japonês apresenta várias razões para o escândalo que abanou os alicerces do país. É provável que muitos destes centenários tenham morrido durante a II Guerra Mundial, sem que as suas mortes tenham sido contabilizadas ou talvez tenham emigrado sem informar as autoridades nacionais.
As explicações são variadas, mas o que ressalta é que, por um lado, o sistema de registo em que estas pessoas constavam é obsoleto e, por outro, que o seu desaparecimento não foi reportado pelas famílas.
Num editorial, o jornal japonês Asahi vem escrito que esta descoberta levanta o véu de «problemas mais profundos: (.) as famílias, que é suposto estarem mais próximas dos seus anciões, não sabem onde eles se encontram e em muitos casos não se preocuparam em procurá-los através das autoridades».
O Japão está a tornar-se numa sociedade envelhecida, tem neste momento a maior proporção de população envelhecida do mundo - mais de 20% da população tem mais de 65 anos, número que em 2050 se estima que aumente para 40%.
O Instituto Nacional da População e Segurança Social Japonesa estima que um terço dos japoneses com mais de 65 anos vivam sozinhos e que muitos morram de um fenómeno moderno que denominam por «kodokushi», ou «morte solitária».
A exclusão social das pessoas mais velhas fez com que a taxa de suicídio dentro desta faixa etária aumentasse. Também os roubos levados a cabo por pessoas idosas aumentaram, por necessidade económica e por necessidade de chamar à atenção.
Fonte: http://radiophoenix.jp
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