sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cachorro-quente


Cachorro-quente é uma comida típica dos Estados Unidos, em que se coloca uma salsicha ou mais dentro de um longo pão sovado.

Nos EUA, o preparo típico do cachorro-quente é com o molho agri-doce picles, à base de pepino (em inglês: relish), mostarda e ketchup. Também são bastante utilizados o chucrute (repolho azedo) e o chili, espécie de massa de feijão com carne moída picante. No Brasil, a forma de se fazer o cachorro quente depende da região do país, sendo o picles não tão populares. No estado de São Paulo, por exemplo, se come com purê de batatas e no Rio de Janeiro com ovos de codorna. Em geral acompanha-se o cachorro-quente com maionese, ketchup, mostarda, molhos à base de tomates (quentes ou frio), Pimentão e cebola ou ainda outros ingredientes como batata palha, ervilha, milho, purê de batata, bacon, requeijão, farofa, entre outros.

Existem três teorias sobre o surgimento desse peculiar sanduíche:

1. A mais conhecida é a de um açougueiro de Frankfurt, na Alemanha. Em 1852, ele resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome de seu cachorro bassê.

1. Um imigrante alemão, Charles Feltman, levou esse tipo de salsicha para os Estados Unidos em 1880. Lá, criou um sanduíche quente com pão, salsicha e molhos.

1. Em 1904, na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, um vendedor de salsichas quentes criou uma maneira de seus fregueses não queimarem as mãos. A quem comprasse suas salsichas, ele oferecia luvas de algodão limpíssimas. Só que os clientes esqueciam de devolve-las e ele acabava tendo prejuízo. Seu cunhado, que era padeiro, sugeriu que o salsicheiro pusesse as luvas de lado e começasse a usar pães.

No Brasil, por volta de 1926, o empresário Francisco Serrador, que idealizou a famosa Cinelândia, no centro da cidade do Rio de Janeiro, lança o cachorro-quente em seus cinemas. A novidade inspirou Lamartine Babo e Ary Barroso, a criarem em 1928, a marchinha de carnaval "Cachorro-Quente":

"Comer / Cachorro quente lá no bar / Por certo a moda vai pegar / Por não ser vulgar...
Comer / Vai toda gente ao "quarteirão" / Pois há lingüiça em profusão / Pra comer com pão...
Que bom que é lamber... / Trincar...comer... / Um cachorrinho tentador / No quarteirão do Serrador
Comer é bem melhor do que beber / Pois dá sustância e faz crescer / Todo e qualquer ser...
Comer / É verbo bom de conjugar / Quando queremos conquistar / Um "pirão" no bar..."

E a partir de 1945, depois da Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil passou a sofrer grande influência da cultura americana, o cachorro-quente conquistou definitivamente seu espaço aqui.

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