segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sangue de Dragão


Eu sou Ele, o Espírito Não Nascido
Que tem Vista nós pés, forte e Imortal Fogo
Eu sou Ele, a Verdade!
Eu sou aquele que odeia que o mal seja praticado pelo mundo!
Eu sou aquele que relampeja e Troveja!
Eu sou aquele que é a chuva da vida na Terra!
Eu sou aquele cuja boca flameja sempre!
Eu sou Ele, a Graça do Mundo!
O Coração enlaçado pela serpente é o meu nome
Sobre o invisível núcleo da mente
Ergue-te minha serpente! É chegada a hora!

(Fragmento do Ritual do Não Nascido de A. Crowley)

“I.N.R.I. – Igne Natura Renovatur Integra, Tudo da Natureza é renovado pelo fogo”
Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei.

A Mente Superior é o próprio Dragão do caminho. Aprender a domar a sua natureza é derramar e beber o seu sangue. Existe um poder que governa todos os destinos dos seres vivos, este Poder é o próprio Sangue de Dragão.

Passeie comigo em suas asas para que aprendamos a compreender a sua natureza.

O Dragão é negro e seus contornos só são observados pela luz emanada de suas labaredas de fogo. O objetivo do Dragão é devorar a cada fim de ciclo a natureza do ego, intitulada de mente consciente. A consciência é pois o alimento do Dragão.

E pelo fato deste Dragão dominar os destinos dos povos, não há possibilidade do ser humano esperar-lhe compaixão e misericórdia.

Entretanto o Dragão concede a possibilidade do ser humano aprender a enxergar-se e buscar em si mesmo a chama da iluminação, conquistando assim o privilégio de não ser consumido pelas larvas que espreitam a sua morte.

O Poder é só o Portal para a Liberdade, e o presente do Dragão é permitir que esse Portal seja atravessado.

O Magista é aquele que guia e que é guiado para este Portal Secreto, pela emanação de sua Luz Interior.

Mas, antes o magista deverá aprender a nutrir os seus dons de Poder pelo equilíbrio das energias. O Dragão é engenhoso, rude, direto como um poderoso furacão; e traz o otimismo, a suavidade e a persistência como a suavidade de uma brisa; mas pode ser introspectivo, astuto e dissimulado como uma massa de ar polar; além de caloroso e criativo como uma massa de vento quente. Nobreza, capacidade, atividade e serenidade se mesclam então com a Sabedoria, desse ser que ao mesmo tempo é misterioso, sombrio e desconhecido, onde nada lhe escapa.

De formas diferentes ele se mostra ao homem de vontade, que atinge a expansão de seu poder, mas que cega os incautos e os despreparados.

Por isso mesmo o Dragão determinou que a natureza humana seja ela masculina ou feminina se encarregasse de iluminar o caminho um do outro, e de compreenderem a si próprios encontrando a totalidade do seu ser.

Jovem deixa anel cair de ponte quando iria pedir noiva em casamento


O norte-americano Trey Turner, de 22 anos, deixou o anel de noivado cair acidentalmente da ponte do Brooklyn, em Nova York (EUA), quando iria pedir sua noiva, Kelsey Kramer, de 24, em casamento, segundo reportagem do jornal "Florida Today".
Felizmente para ele e sua noiva, em vez de cair no rio East, o anel ficou preso em um andaime de obras cerca de 9 metros abaixo. A joia acabou recuperada por funcionários da agência de transporte da cidade dois dias depois do incidente.

Fonte: G1

Sanduíche Diferente


Ingredientes

- 6 colheres (sobremesa) de queijo cremoso (120 g)
- 1 colher (sobremesa rasa) de alho cru picadinho
- sal, molho de pimenta vermelha e folhas de manjericãopicadas a gosto
- 12 fatias de pão de forma
- 50 g de presunto picadinho
- 50 g de queijo prato picadinho (ou gruyere ou queijo minas ou mussarela)

Modo de Preparo

1 - Numa tigela misture 6 colheres (sobremesa) de queijo cremoso (120 g), 1 colher (sobremesa rasa) de alho cru picadinho, sal, molho de pimenta vermelha e folhas de manjericão picadas a gosto e reserve. 

2 - Coloque a boca de 1 forminha de empadinha pequena no centro de uma fatia de pão de forma e corte um disco. Faça isso com mais 5 fatias e reserve os discos. 

3 - Numa superfície coloque 1 fatia de pão de forma e com um rolo passe na fatia até que fique com uma espessura fina. Faça isso em mais 5 fatias de pão de forma. Reserve. 

4 - Coloque 1 fatia fininha de pão de forma dentro de 1 forminha pequena de empadinha, untada com azeite, de modo que o centro da fatia do pão forre o fundo da forminha e as pontas da fatia forrem as laterais. Em cada forminha coloque 1 colher (sobremesa) de presunto picadinho, depois 1 colher (sobremesa) de queijo prato picadinho e 1 colher (sobremesa) do creme de queijo cremoso (feito acima). Tampe a forminha com 1 disco de pão de forma (reservado acima), pressione bem para fechar o sanduiche e pincele azeite. Repita este procedimento com as outras fatias de pão. 

5 - Leve as 6 forminhas ao forno pré-aquecido a 200 graus por 10 minutos ou até que fiquem dourados. Desenforme quente e sirva a seguir.

Fonte: Mais Você

Gays são agredidos em novo caso na região da Paulista


Um estudante de 27 anos afirmou que ele e um amigo foram vítimas de mais um ataque homofóbico na região da Avenida Paulista, na madrugada de terça-feira, aniversário de São Paulo. Com esse, são pelo menos cinco casos desde 14 de novembro, quando quatro adolescentes e um jovem de 19 anos cometeram agressões na mesma avenida.

Por volta das 4 horas, Fábio (nome fictício) e o amigo caminhavam na Rua Peixoto Gomide, quase na esquina com a Rua Frei Caneca, quando ele levou uma garrafada no olho direito. O estudante conta que não viu os agressores se aproximarem. Ao tomar a garrafada, ouviu o amigo que o acompanhava gritando para que corresse. O outro rapaz levou um soco no peito e notou que um dos agressores tinha a cabeça raspada, outro tinha tatuagens, e que todo o grupo vestia roupas pretas --seriam skinheads.

Fábio é homossexual e mora na zona oeste. Seu marido está na Alemanha, onde se casaram --o país permite a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele diz estar convicto de que o ataque teve motivação homofóbica porque as roupas que usa e a entonação da voz indicariam sua orientação sexual. Ele lamenta o fato e diz não compreender a motivação para agressões gratuitas como as que têm acontecido na região da Paulista. "Não sei se isso é estimulado por comportamento familiar, programas na TV... Não sei interpretar o que acontece na cabeça da pessoa para ter um comportamento desse tipo", afirma.

Após a agressão, Fábio correu para um posto de gasolina com sangramento no olho e no rosto. Foi nesse momento que o estudante teria, pela primeira vez naquele dia, o sentimento de desamparo. Não foi atendido pelos funcionários do posto quando pediu água e um pano para limpar a ferida.

O amigo tentou ligar para a polícia, mas não foi atendido. Fábio então procurou a base móvel da Polícia Militar na Paulista, nas proximidades com a Rua Haddock Lobo. Ele se queixa que os policiais não chamaram reforço para tentar buscar os agressores. "Pelo jeito, pensaram que tinha sido uma briga de balada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Artista chinês é conhecido como 'homem invisível'


O chinês Liu Bolin, de 38 anos, é conhecido como "homem invisível". Usando camuflagem, o artista asiático consegue ficar praticamente oculto na frente dos mais diferentes objetos. Com a ajuda de dois assistentes, Bolin usa pinturas para criar a aparência invisível.


FonteL G1

Gato protege-se da neve com guarda-chuva na Macedônia


Felino abrigou-se em frente a loja na capital, Skopje.
Flagrante foi registrado pelo fotógrafo Boris Grdanoski.

Fonte: G1

Egípcios desafiam repressão do governo


Pelo quarto dia seguido, milhares de egípcios saíram às ruas das principais cidades do país para protestar contra o governo de Hosny Mubarak. Na capital, Cairo, e em Suez e Alexandria os manifestantes enfrentaram bombas de gás, cassetetes e canhões de água. Havia mais gente que na já histórica manifestação de terça-feira (25). A repressão policial também foi maior.

O toque de recolher decretado para o período da noite foi largamente ignorado. A sede do partido do governo, o Partido Nacional Democrático (NDP), foi incendiada, bem como vários carros da polícia. O ministério de Negócios Estrangeiros também foi atacado. Blindados do Exército foram mandados para as ruas. Alguns soldados foram vistos cumprimentando os manifestantes que deveriam reprimir.

As passeatas começaram logo depois da oração semanal dos muçulmanos. Exatamente como proposto nas milhares de mensagens que circularam pela internet nos últimos dias. Os protestos também venceram as barreiras religiosas. Cristãos e muçulmanos marcharam lado a lado, durante todo o dia.

Jornalistas de vários veículos denunciaram que foram espancados pelas forças de segurança do governo. A rede de TV Al Jazeera relatou o momento em que policiais batiam na porta do escritório da empresa, enquanto imagens dos distúrbios, captadas da janela, eram mostrados ao vivo. Não houve interrupção do sinal da emissora.

Nos primeiros minutos da sexta-feira (28), a internet parou de funcionar. O bloqueio eletrônico imposto pelo governo de Mubarak também atingiu a troca de mensagens instantâneas por celular (SMS). Gráficos disponibilizados na rede pela empresa de monitoramento Renesys mostram que, às 00h34, hora local, praticamente todas as rotas dos provedores egípcios deixaram de ter tráfego. A empresa Vodaphone confirmou ter recebido instruções do governo para suspender parcialmente os serviços.

De acordo com a professora de comunicação da Universidade do Cairo Howayda Mostafa, citada pela Voz da America, sítios de relacionamento como Facebook e Twitter têm tido um papel preponderante na convocação das manifestações. Segundo ela, o alcance das mensagens fez com que, pela primeira vez, jovens de várias camadas sociais se envolvessem em um movimento político dessa dimensão. Cerca de 3,4 milhões de egípcios têm conta no Facebook. É o país árabe mais presente no sítio de relacionamento.

Apoio aos manifestantes
O corte nas comunicações e a repressão aos manifestantes geraram um pronunciamento da secretária de Estado norte-ameriana, Hillary Clinton. Aliados de Mubarak, os Estados Unidos disseram-se “profundamente preocupados com a situação”. Hillary pediu o reestabelecimento da internet e dos serviços de telefonia, a permissão de protestos pacíficos e respeito aos direitos humanos.

Durante a madrugada, líderes da oposição ligados à Fraternidade Muçulmana foram presos. Até então oficialmente afastados dos protestos, parte dos líderes resolveu aderir. Mohamed El Baradei, vencedor do Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho como inspetor nuclear das Nações Unidas, foi detido, mas liberado em seguida. Ele chegou dia 28 ao Egito, vindo da Áustria, dizendo-se pronto para “liderar a transição” no país.

Resistência do governo
Para o especialista em Relações Internacionais Celso Gusse, do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique, o presidente egípcio tem mais condições que o ex-presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, de resistir à pressão popular. “No Egito, as instituições - principalmente de defesa e segurança - estão mais comprometidos com o presidente da República do que na Tunísia”, afirmou Gusse. “Não diria que é impossível. Mas acho improvável que o presidente Mubarak abra mão do poder.”

Zine Ben Ali caiu depois de um mês de grandes manifestações populares, que começaram no interior da Tunísia e só depois chegaram à capital Túnis. A resposta da polícia foi violenta e deixou mais de 60 mortos, o que só agravou o quadro para o partido no poder.

Para o professor Gusse, outra diferença entre Tunísia e Egito está no perfil da população dos dois países. “A estrutura de sociedade no Egito é bem diferente da vista na Tunísia, que tem índices de alfabetização e escolaridade mais altos. A classe média também é mais forte que em relação ao Egito”.

“Os regimes árabes têm que perceber a necessidade de maior abertura às liberdades políticas e mudanças sociais”, afirma Celso Gusse. “Mas a forma como cada um desses países vai reagir é diferente.”

Fonte: Alternativa OnLine

30/01/1969 Ultimo Show dos Beatles


No dia 30 de janeiro de 1969 os Beatles faziam seu ultimo show, no teto da Apple, hoje está fazendo 42 anos daquele último show que os beatles fizeram.
O show durou aproximadamente 42 minutos e tem uma parte registrada no filme Let It Be, os fãs mal sabiam que aquele iria ser o último show dos beatles juntos.
As músicas que eles cantaram foram : "Get Back", "Don't Let Me Down", "I've Got a Feeling", "One After 909", "Dig a Pony", "God Save the Queen" e um trecho de "I Want You" (She's so Heavy).

A Sogra


Um marido ganhou num sorteio, 3 passagens para Jerusalém.

Chegou em casa, contou para a esposa, mandou ela arrumar as malas e foi ligando para chamar também a mãe dele, quando começou uma grande discussão, um grande debate, com a esposa que queria levar a mãe dela.
Para dar final na briga ele concordou em levar a mãe dela (a sogra).

Chegando lá, estavam visitando os locais onde Cristo passou quando de repente a sogra, emocionada, passa mal.

Levam a velha para o hospital e ela acaba morrendo.

O marido conversando com o pessoal do hospital, para ver o que ia fazer, perguntou quanto custava o enterro em Jerusalém.

Disseram que na moeda Portuguesa, seriam uns 1.000,00 ?.
Perguntou também quanto ficaria para mandar o corpo para o Portugal. Responderam que com o transporte e tudo ficaria uns 10.000,00 ?.

O marido então escolheu mandar para Portugal.
O pessoal do hospital e a esposa olharam espantados para ele sem entender, e perguntaram por que mandar o corpo para Portugal se é muito mais caro?

O marido respondeu: -
- Vocês já tiveram um caso de ressurreição aqui... Prefiro não arriscar...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Por que as imagens de deuses indianos geralmente possuem muitos braços?


Os vários braços dos deuses indianos simbolizam suas muitas qualidades. "Na representação de seus mitos, as culturas recorrem a vários meios para se referir ao poder, à força e à energia de seus deuses. No caso dos deuses indianos com vários braços, a estratégia é a da fixação de traços de grande atividade na área que cada um representa", diz o lingüista Carlos Alberto da Fonseca, da Universidade de São Paulo (USP). A deusa Sarasvatî, por exemplo, está relacionada ao mundo das artes e segura em suas quatro mãos objetos que lembram a multiplicidade artística que ela representa.

Já o deus Shiva, numa das narrativas sobre a Criação, constrói o mundo dançando, marcando o ritmo com os dois pés enquanto produz a realidade com os gestos de seus quatro braços. Normalmente, ele tem dois objetos nas mãos: um pequeno tambor (que representa o passar do tempo) e uma chama (a eternidade). Os outros dois braços dão a impressão do movimento próprio de um dançarino. Os dedos de uma mão apontam para cima, simbolizando um caráter protetor, enquanto os dedos da outra apontam para o chão, representando a caridade de Shiva.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/

Répteis: aprenda a cuidar de um pet exótico





Os animais de estimação já conquistaram um lugar especial nas famílias de muitos brasileiros. Não é à toa o sucesso de serviços e produtos cada vez mais exclusivos para eles. Mas há quem prefira ter um bichinho diferente, como os répteis, por exemplo. Ao mesmo tempo, a falta de informação pode acabar levando o dono a não tratar o pet adequadamente, ou pior, cometer até mesmo um crime ambiental.


Segundo a bióloga Michele Katayama, responsável pelos animais exóticos do pet shop AniMaLL Pet Story, localizado no Morumbi, em São Paulo, as principais vantagens dos répteis é que eles não precisam de trato diário e não precisam ser vacinados. “Quando nascidos e criados em cativeiro os répteis são muito dóceis pois já estão habituados com humanos, por outro lado, necessitam de espaço e respeito”.

A especialista explica que o dono deve se informar sobre a espécie escolhida, já que eles tendem a crescer muito em alguns casos. “Cada espécie têm suas particularidades, é preciso compreender que a domesticação deles é muito recente”. Dentre os principais problemas apontados pela bióloga, o estresse e a agressividade são os mais comuns em répteis que são manejados de forma indevida ou vivem em espaços inadequados.

A especialista explica que uma jiboia, por exemplo, pode alcançar facilmente os quatro metros, o que exige muito espaço. O mesmo vale para um cágado d’agua, que nasce com cerca de 4 cm, mas que pode crescer até os 45 cm. “O dono deve ter em mente os mesmos cuidados que ele teria com um cão ou gato filhote. Os répteis também se assustam com barulho e precisam de manejo delicado”.

Outro cuidado que deve ser tomado antes mesmo da compra é ter em mente que algumas espécies não podem ser comercilizadas. É proibido por lei ter animais da fauna brasileira, como explica o Art. 1º. da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967. “Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha”.

As únicas espécies liberadas para a comercialização são: Jiboia, Jabuti, Tigre d’agua, Iguana Verde, Cágado de barbixa e Teiú. A bióloga ressalta ainda que o dono deve pesquisar um criador credenciado pelo Ibama, que por lei, é obrigado a entregar o animal microchipado, com um guia de cuidados da espécie e com nota fiscal. Todo esse cuidado é necessário para garantir a saúde do animal.

Para finalizar a bióloga explica que mesmo saudáveis, alguns répteis podem transmitir doenças, como a salmonelose, para os humanos caso alguns cuidados de higiene não sejam tomados. “É importante que o cativeiro do pet esteja sempre limpo e que o dono lave as mãos sempre que manipular o bicho, assim ele garante relacionamento saudável para ambos”.

Fonte: PetMag

Esgotamento nervoso

Juana Inés de la Cruz

Um psiquiatra teve oportunidade de abordar a delicada questão da doença mental, mencionando alguns preconceitos das pessoas.

Afirmava ele, em bem elaborado artigo, que quase sempre quando a doença mental se apresenta, as pessoas falam que ela é produto de esgotamento nervoso.

E, como causa do tal esgotamento estariam todos os grandes esforços que o ser humano realiza.

Um exemplo clássico é o do personagem de Miguel de Cervantes, Dom Quixote, cujo desequilíbrio é atribuído aos seus muitos estudos.

Um outro motivo é o trabalho. Ora, diz o psiquiatra que a ciência médica nos aponta que nem o trabalho, nem o estudo são responsáveis por desgaste de nervos.

O que ocorre, sim, é que as pessoas têm conflitos interiores e, num processo de fuga, se entregam a estudos e trabalhos extenuantes.

Quando os desequilíbrios emocionais se apresentam, então culpam a um e outro como causas de seus sofrimentos.

Fosse o trabalho algo que pudesse desequilibrar o homem não o teria o Mestre Jesus recomendado, assinalando ainda que Ele e o Pai trabalhavam sem cessar.

Nas Suas pregações, Ele Se refere repetidas vezes aos trabalhadores. Fala dos trabalhadores da primeira e da última hora, dignos todos do salário.

Fala de semeadores, de guardadores de ovelhas. Discorre sobre o homem que trabalha no campo e encontra um tesouro. Da mulher que perde seu dinheiro e varre toda a casa, à sua procura.

E, para assinalar que a ociosidade é algo danoso, usa a figura da figueira estéril, que seca, por nada produzir.

Finalmente, Ele mesmo, às despedidas, na última ceia com os discípulos, toma de uma toalha, uma bacia com água e lava os pés dos Seus Apóstolos.

Fosse o estudo algo danoso e não o recomendariam os luminares do Senhor Jesus. Ele próprio afirmou que a verdade nos libertaria.

Como conhecer a verdade, senão nos submetendo a estudos?

Como venceria o homem a enfermidade se não se dobrasse sobre livros e microscópios, em exaustivas pesquisas?

Sem o estudo não teria alcançado as conquistas de se projetar para além da Terra e alcançar a Lua.

Não mandaria sondas para o espaço, não teria vencido a batalha contra pestes e enfermidades.

Fosse o estudo pernicioso e não teríamos tantos exemplos de homens e mulheres, ao longo da História que se dobraram aos anos, mantendo-se lúcidos e ativos. Graças aos seus profundos estudos, igualmente, todos nos beneficiamos.

Por isso, estudemos e trabalhemos, sem receios, naturalmente dentro dos limites de nossas possibilidades físicas e mentais.

Com certeza, isso nos deixará muito felizes, tanto quanto nos poderemos transformar em instrumento de felicidade para as pessoas que convivem conosco.

* * *

A poetisa mexicana Juana Inés de La Cruz, que viveu no século XVII, estudou música, teologia moral, medicina e astronomia.

Ela chegou a organizar uma biblioteca com quatro mil volumes.

E Vicente de Paulo, já passados seus sessenta anos, continuava a se levantar às cinco da manhã. Ele orava, pregava e ensinava, mesmo depois de as pernas não mais lhe permitirem se locomover à vontade.

Ambos desencarnaram atuantes e lúcidos, servindo ao próximo.



Redação do Momento Espírita, com informações colhidas do artigo Esgotamento nervoso existe?, de Paulo de Tarso Monte Serrat, publicado no jornal Gazeta do povo, de 24.09.1999.
Em 26.01.2011.

Confusão Cultural: Cachorro: animal de criação ou prato principal?!


Por Rodrigo Vergara

O homem convive com os animais desde quando ainda tinha a sensação de que era um deles. Ao longo dos anos, já os adoramos como deuses e já os maltratamos como se fossem coisas. Hoje, enquanto várias pessoas pregam que devemos nos isolar dos bichos, outras acreditam que deveríamos tratá-los como membros da família. Afinal, como conviver com eles?

O cachorro é todo marrom, da cauda às longas orelhas, a não ser por uma mancha sobre o olho esquerdo. Se fosse um bicho de estimação, podia ser batizado de Pirata ou Camões, por causa do tapa-olho. Mas esse cachorro não tem nome. Nascido há semanas, ele foi logo separado da mãe e passa a vida em uma jaula pouco maior que seu corpo. Sem ter o que fazer, ele come e dorme. Rapidamente engorda. Um dia, ele é enfiado em uma gaiola com outros cães e levado a um galpão. O cheiro de sangue e fezes é forte. Ouvem-se ganidos. Uma pessoa se aproxima e lhe aplica um choque violento. Em instantes, o cão sem nome morre. Seu corpo é jogado sobre uma grelha e seu pêlo, tostado. Em alguns minutos ele é cortado em pedaços para virar churrasco.

A cena descrita acima é real e acontece diariamente na Coréia, onde carne de cachorro é muito apreciada. Fora dali, porém, o abate de cães é considerado uma afronta, uma ofensa aos padrões civilizados. Não deixa de ser curioso, já que porcos, vacas e galinhas têm destinos bem parecidos com o do anônimo cão coreano, mas bem pouca gente ergue a voz para protegê-los.

O fato de aceitarmos que alguns animais sejam torturados enquanto enchemos outros de cuidados reflete a confusão que fizemos com os seres de outras espécies. Por um lado, nunca houve tanta preocupação com a vida dos bichos. Por outro, nunca tantos sofreram e morreram por nossa culpa. Em um ano, a indústria de artigos para animais de estimação fatura 30 bilhões de dólares nos Estados Unidos vendendo conforto para bichos domésticos. No mesmo prazo, oito bilhões de frangos são atormentados e mortos por lá. E na mesma Alemanha em que, no ano passado, os animais ganharam um direito constitucional – a lei agora obriga o Estado a respeitar e proteger a dignidade dos homens "e dos animais" – , a carne de porco ainda é a base protéica da população e os suínos vivem confinados a maior parte da vida.

Não é fácil entender como chegamos a essa confusão cultural. Conhecer o passado ajuda a esclarecer as coisas.



Uma relação antiga

O homem come carne de outras espécies há quase 2,5 milhões de anos e já faz mais de 6 mil anos que os criamos, com o único propósito de digeri-los ou vestir sua pele. Curiosamente, muitos deuses dos povos primitivos eram animais. Então o homem primitivo matava seus deuses? Isso mesmo. "O caráter sagrado do animal pode ser visto como um pedido de desculpas, uma solicitação de autorização ou uma compensação, uma homenagem pela sua morte", diz Antonio Fernandes Nascimento Júnior, antropólogo e etólogo (que estuda o comportamento animal) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru. Em outras palavras, os caçadores podiam matar o bicho, desde que depois rezassem para ele ou por ele. Pecado era faltar com o respeito. "Tratá-los sem o devido respeito poderia causar vinganças dos deuses." Alguns povos exigiam que o animal a ser degolado concordasse com sua morte, o que se conseguia com alguma trapaça, para a qual todo mundo fazia vista grossa.

Na Grécia, os sacerdotes derramavam água benta sobre a cabeça do animal. Os gregos espertamente entendiam o chacoalhão de cabeça que ele dava para se secar como um "sim".

Hoje em dia, ninguém reza ao deus-chester no almoço de domingo, graças às religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), que retiraram os poderes mágicos do mundo real e os concentraram em Deus. E é Dele, o Todo-poderoso, que vem a autorização para desfrutarmos dos outros seres. Está na Bíblia: o Jardim do Éden é um paraíso preparado para o homem no qual temos o domínio sobre todas as coisas vivas. A natureza passou a ser como uma massa virgem, pronta para ser moldada e dominada. "Há poucos séculos, a idéia de resistir à agricultura, ao invés de estimulá-la, pareceria ininteligível", escreve o historiador Keith Thomas em O Homem e o Mundo Natural. "A agricultura estava para a terra como o cozimento estava para a carne crua. Terra não cultivada significava homens incultos", diz ele.

Sem seus poderes, a natureza ficou à mercê do ser humano, que se aperfeiçoou em explorá-la. O respeito do passado deu lugar a uma visão utilitária, ou seja, tudo o que servia ao ser humano estava liberado. Matar bichos por prazer já não chocava ninguém, mesmo porque todo mundo praticava alguma tortura de animais. Keith Thomas dá muitos exemplos dessas crueldades. Um deles: donas-de-casa do século 17 cortavam as pernas de aves vivas, acreditando que isso deixava a carne mais tenra. Açular um touro significa atiçar cães contra ele. Há cerca de 350 anos, acreditava-se que o açulamento melhorava o sabor da carne do touro e a maioria das cidades inglesas tinha uma lei que não só permitia o açulamento antes do abate, como o tornava obrigatório.

A visão que se tinha da natureza era antropocêntrica. Os animais eram classificados em comestíveis e não-comestíveis, ferozes e mansos, úteis e não-úteis. O reino vegetal era loteado de forma parecida. Só em 1500 surgiram os primeiros naturalistas, que passaram a classificar os seres por suas caraterísticas e não pela relação que tinham conosco.



Somos iguais, diz a ciência

Não é segredo que a ciência desbancou a religião no papel de intérprete do mundo natural. E a ciência diz que a Terra não é um jardim dado de presente por Deus à humanidade, cheio de bichinhos para desfrutarmos como quisermos. Na versão científica, a vida evoluiu por tentativa e erro, gerando desde bactérias até os mamíferos e o homem. Aos poucos, foram caindo as barreiras que nos diferenciavam das bestas. Percebeu-se que nossos corpos e os dos animais eram muito parecidos, que eles também tinham linguagem, embora mais rudimentar, e que podiam raciocinar. Aristóteles dizia que o homem era o único animal político, mas os primatologistas hoje sabem que os chimpanzés têm uma vida social de digna de uma novela, com favores, amizades e falsidades. Já para Benjamin Franklin, o homem era o único animal que fabrica utensílios, mas primatas não só fazem suas ferramentas como ensinam os colegas a fabricá-las, gerando uma "cultura animal".

Esse conhecimento científico abriu caminho para a idéia de igualdade entre todas as formas de vida. Em algumas décadas, o oceano que nos separava dos animais virou um córrego. Muitos não gostaram dessa proximidade e procuraram formas de se diferenciar dos bichos. Uma delas foi apelar para uma das poucas diferenças que até hoje se sustenta: a religião. O homem é o único ser com uma alma imortal, ou, em outras palavras, é o único com moral, capaz de discernir o que é certo e o que é errado. "A religião e a moral são tentativas de restringir os aspectos animais da natureza humana, o que Platão chamava de ‘o animal selvagem dentro de nós’", diz Keith Thomas. Não por acaso, o diabo é representado por um bicho. No século 17, isso era uma novidade. Até então, as pessoas pensavam que os animais também sabiam o que era certo ou errado. Bichos que desrespeitassem a lei eram levados a julgamento. O Antigo Testamento previa a pena de morte para animais que matassem pessoas.

Segundo Keith Thomas, houve um caso em que marujos atacados por tubarões vingaram-se dos peixes capturando um cardume e torturando-os.

Outro jeito de se diferenciar dos bichos era pelo comportamento. Foi assim que surgiram os primeiros manuais de etiqueta: para que as pessoas não agissem como animais que eram. Ficar nu, ter cabelos compridos, trabalhar à noite e até nadar eram atitudes condenáveis. Passaram a ser suspeitas também as pessoas que viviam muito próximo dos animais, o que significava quase toda a população da época. Até o final do século 18, mesmo nas cidades apinhadas a família dividia o teto com patos, porcos e cabras. O estábulo era separado do quarto de dormir por uma parede. Não demorou muito e os animais foram expulsos de casa. Como não podiam viver pelas ruas, foram expulsos também das cidades.

A partir de então, tirando os animais de estimação, os bichos só entravam na casa mortos, para serem comidos. Alguns, nem assim. Afinal, são poucos os animais aceitos à mesa, graças a alimentares baseados em costumes antigos, sem critérios científicos. Um desses critérios era a dieta do animal. Não se comiam carnívoros e devoradores de carniça ou excrementos, nem animais de trabalho. Não por acaso, o rosbife inglês popularizou-se ao mesmo tempo que o boi perdeu sua função como animal de tração. Outros critérios eram a semelhança com o homem (que tirou os macacos do cardápio) e o ambiente do bicho: na Inglaterra, rãs, lesmas, cogumelos e ostras eram considerados nojentos. Mas, como diz a mãe para a criança que faz cara feia à mesa: "Tudo é costume". Os franceses comiam pernas de rã revirando os olhos de alegria.

Nessa época, foi tomando corpo uma teoria que acabou servindo de justificativa moral para as pessoas que queriam continuar comendo carne: o mecanicismo. "Para os mecanicistas, os animais e o corpo humano eram apenas máquinas. Mas nós temos mente e, portanto, uma alma separada", diz o filósofo Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O filósofo francês René Descartes (1595-1650), um dos mais conhecidos mecanicistas, dizia que os sentimentos, como a dor e o sofrimento, moravam na alma. Como animais não têm alma, também não sentem dor. "A explicação cartesiana era uma ótima justificativa para o tratamento que era dado aos animais, porque eliminava a culpa pelas crueldades", afirma Thomas.

A tese de que os animais eram insensíveis perdeu popularidade, mas a atitude que ela incentivou sobrevive até hoje entre gente que lida com animais: vaqueiros que maltratam o gado, cientistas que matam animais à toa. Para a maioria das pessoas, porém, cujo único contato com animais era com seu cachorro ou com seu cavalo (algumas das poucas espécies que ainda eram aceitas nas cidades), a história de que só homem sente dor não colou. Pelo contrário. A multiplicação dos bichos de estimação fez aumentar o sentimentalismo em relação aos animais. As pessoas enxergavam neles cada vez mais traços humanos. Além de dor, eles passaram a ter ataques nervosos, vícios e carências. Aos poucos, o tempo foi apagando as lembranças ruins do trabalho rural e só restou uma nostalgia campestre. De repente, a floresta, antes chamada de "terrível", passou a ser bela.

Até o século 16, matar animais selvagens considerados perigosos ou daninhos rendia recompensa. Menos de 300 anos depois, já havia gente querendo proteger o urso, que estava desaparecendo da Europa.

Para algumas pessoas da cidade, passou a ser intolerável o uso de animais. Qualquer uso, mesmo para comer. Foi o primeiro surto de vegetarianismo no Ocidente. Logo alguém achou na Bíblia uma justificativa para se viver de alface: o homem não era originalmente carnívoro, diziam, só depois do Dilúvio é que fomos comer carne. É claro que havia gente menos sensível, que não se incomodava em comer uma boa bisteca. Mas mesmo esses tiveram que mudar sua atitude à mesa, para não ofender a sensibilidade alheia. Nada de servir leitões, lebres ou vacas acompanhados de suas cabeças, como era comum até o século 18. Entre o descaso de uns e o zelo excessivo de outros, foram surgindo leis para regular o trato dos animais. Em linhas gerais, até hoje elas permitem o uso de algumas espécies e a eliminação das ameçadoras. Mas causar sofrimento por prazer é proibido.

Temos direito de úsa-las EMOS DIREITO DE ÚSÁ-LOS?

Como todas as outras espécies, a humanidade tem o direito de fazer o que achar necessário para sobreviver e se multiplicar. Qualquer coisa, desde dizimar os búfalos norte-americanos até virar vegetariano. Os únicos limites a isso são aqueles impostos por nós mesmos, que começam como regras morais e acabam virando leis. Portanto, se alguém conseguiu convencer o resto da humanidade (ou a parte mais influente dela) de que não é legal maltratar animais, nada mais justo que se proíba os maus tratos. Agora, entidades como a Peta (People For the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais, em português) querem nos persuadir a deixar de usar os animais para tudo. E, para nos convencer dessa idéia, estão jogando pesado (como comparar matadouros com campos de extermínio nazistas).

A proposta de abandonarmos de vez os animais não é nova. Ela já está por aí, tentando conquistar adeptos, desde 1975, quando foi publicado Animal Liberation ("Libertação dos Animais", inédito no Brasil), escrito pelo filósofo australiano Peter Singer. Na época, o livro foi saudado como uma sequência lógica dos fatos recentes. A escravidão dos negros foi banida no século 19, mas sua igualdade só foi reconhecida na metade do século 20 (muita gente dirá que ainda não foi). A fumaça dos sutiãs queimados, marca do movimento feminista, ainda estava no ar. E os homossexuais começavam a ser admitidos como iguais. Parecia que, na infinita fila dos oprimidos, era chegada a vez dos animais.

E Singer mostrou-se um bom advogado dos não-humanos, com boas respostas para tudo. Sua teoria se baseia na idéia da igualdade entre os homens. Certo, somos todos iguais perante a lei. Mas igualdade, diz ele, não quer dizer que somos idênticos. Algumas pessoas são mais inteligentes que outras. Para o conceito de igualdade, isso não importa. Se o físico alemão Albert Einstein precisasse de um transplante de rim, não poderia obrigar ninguém, nem o pior aluno da escola local, a doar seu órgão a ele. Por que? Porque o interesse dos dois tem o mesmo valor. Para Singer, não há razão para que isso não valha também para os animais. "Se a posse de um grau mais alto de inteligência não autoriza um ser humano a usar outros seres humanos para seus próprios objetivos, como poderá autorizar os humanos a explorar, com o mesmo propósito, os não-humanos?"

Mas isso não significa conferir aos animais os direitos ou o tratamento dados a uma pessoa. Conceder direito de voto aos cavalos não faria sentido nenhum. Só os interesses iguais podem ser comparados. E onde é que nossos interesses se igualam aos de um boi? Na aversão ao sofrimento, diz Singer. Animais, assim como humanos, sentem dor e não gostam dela. Ou seja, devemos evitar causar dor a eles com o mesmo cuidado que evitamos causar dor a uma pessoa. E isso vale para vários tipos de sofrimento, inclusive psicológico: medo, ansiedade, frustração e estresse. É nossa obrigação evitar causar esses sentimentos a eles, com tudo o que isso significa: parar de comer carne, abandonar experimentos científicos com cobaias e banir os animais de estimação, para ficar nos três exemplos mais dramáticos.

Não é uma mudança das mais fáceis, mas, mesmo assim, é difícil escapar do raciocínio de Singer. Afinal, por que temos consideração pelo sofrimento de outro ser humano e não pelo dos não-humano? Se você pensou em responder "porque somos humanos", cuidado. Reservar privilégios ao grupo a que você pertence é preconceito, diz Singer, como racismo e sexismo. Discriminar animais só porque são animais é chamado de especicismo, uma atitude moralmente indefensável, diz ele.

Mas humanos têm uma noção de futuro que os animais não alcançam. A morte de uma pessoa, portanto, tem mais significado que a de um animal, porque com ela morre um plano para os dias que virão. "Uma pessoa com uma deficiência mental grave e órfã não tem essa noção de futuro", diz Peter Singer. "Um chimpanzé ou um porco tem um grau mais alto de autoconsciência e uma maior capacidade de relacionar-se do que uma criança com uma doença mental séria." Os animais, portanto, merecem um direito à vida tão consistente quanto o assegurado aos doentes mentais. É claro que ele não está sugerindo que ocupemos o manicômio e cortemos os internos em bifes. Sua intenção não é degradar doentes mentais, senis ou crianças, mas justamente o contrário: elevar o status dos animais.

Então, professor Peter Singer, como deveríamos tratar os animais? "No que diz respeito aos animais selvagens, deveríamos abandonar o contato com eles. Quanto aos outros, deveríamos parar de reproduzi-los, exceto por um pequeno número deles, que poderíamos manter em reservas para que não fossem extintos", disse ele em entrevista à Super.

É bom que se diga que Singer é um filósofo utilitarista, ou seja, para dizer se uma atitude é certa ou errada, ele estima seus efeitos e decide baseado na comparação entre o prazer e o sofrimento que ela causaria a todos os afetados. O detalhe é que ele põe no cálculo também os sentimentos dos bichos (vertebrados somente, porque, até onde sabemos, são os únicos que sentem dor). Mas há ressalvas. Se nosso interesse entrar em conflito com o dos animais, temos prevalência, porque nossa capacidade de planejar o futuro eleva nossa existência. Também está liberada a autodefesa contra ameaças animais. Ou seja, se você acabar em uma ilha deserta com uma vaca, fique à vontade para devorá-la. E, se sua casa for infestada por ratos, tudo bem eliminá-los.

No mundo de hoje, se calcularmos o sofrimento usando a fórmula de Singer, vamos descobrir uma dívida moral imensa. A fazenda está longe de ser um lugar bucólico cheia de bichos felizes (leia quadro na página xx). Ponha-se no lugar de um frango que vive amontoado sob luz artificial quase ininterrupta, equilibrando-se no arame do fundo da gaiola e que tem seu bico cortado com uma lâmina quente, para evitar que ele selecione a comida que lhe é dada (e para que, de nervoso, não ataque e mate os outros frangos), até que, um dia, uma descarga elétrica o ponha para dormir enquanto uma lâmina corta seu pescoço. Sua vida está mais próxima de um pesadelo sem fim do que de um sonho idílico. Multiplique essa tortura por 14,85 bilhões de aves que vivem nas condições acima e você verá o tamanho da nossa culpa.

Onde foi parar aquele respeito ancestral, que exigia desculpas por cada animal abatido? Segundo o jornalista americano Michael Pollan, em seu artigo na revista do jornal The New York Times, a consideração foi soterrada pelo dinheiro. "Sempre houve uma tensão entre a pressão capitalista para maximizar os lucros e as regras religiosas da comunidade, que serviam como um contrapeso para a cegueira moral do mercado", diz ele. "As criações industriais são um exemplo do que pode ocorrer na ausência de constrangimento moral." Mateus Paranhos da Costa, etólogo da Unesp em Jaboticabal, especialista em bem-estar animal, diz que o problema é medir nosso convívio com os bichos pela relação custo-benefício.

E aí, você se convenceu de que devemos abandonar o uso de animais? Antes de responder, talvez seja melhor saber se isso é possível.


Podemos viver sem eles?

Não. Primeiro, por questões alimentares. É verdade que o consumo de carne, que ao longo da evolução humana desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de nosso cérebro potente, já não é mais fundamental. Apesar de sermos onívoros por natureza (digerimos carne e vegetgais), conhecemos hoje fontes protéicas capazes de substituir o bife. Mas submeter crianças a uma dieta vegetariana, como sugere Singer, seria no mínimo leviano. Para obter proteína suficiente da dieta vegetariana, precisamos ingerir grandes porções de vegetais protéicos, como soja e feijão. E muitos nutricionistas acham que algumas crianças não conseguiriam processar a quantidade de soja necessária para um crescimento saudável. Enquanto restar essa dúvida, é legítimo que os pais tenham a opção de oferecer um filé aos seus filhos.

Além do que, uma humanidade vegetariana causaria um impacto ambiental razoável, porque consumiria muito mais petróleo. Primeiro porque o vai-vém de alimentos pelo planeta aumentaria. Vivemos em todos os cantos do globo há tanto tempo porque comemos carne, mas são poucos os locais do planeta capazes de produzir uma dieta completa de vegetais. Para driblar essa deficiência, seria preciso transportar muita comida ou investir pesado em fertilizantes (se bem que o melhor adubo, o esterco de boi, estaria escasso). Além disso, a principal alternativa ao couro são os tecidos sintéticos, feitos de derivados de petróleo (sem contar os produtos industriais que levam algum composto animal. Leia alguns exemplos na página XX).

Mantenhamos os bois e libertemos os demais, então? Ainda não. Se a controvérsia quanto à carne persiste, a briga esquenta mesmo quando se fala de pesquisa científica com cobaias, chamada de vivissecção. De um lado, os cientistas defendem que estudar doenças e tratamentos em seres vivos é fundamental para os avanços médicos e farmacêuticos. A cura do câncer, a vacina contra a Aids e a luta contra o Alzheimer e o mal de Parkinson, por exemplo, dependem da pesquisa de corpos inteiros, em funcionamento. Em posição oposta, os ativistas de proteção animal afirmam que pesquisas em animais não servem para nada, porque nossos corpos são muito diferentes. A falta de diálogo entre os grupos torna difícil saber se vale a pena brigar pelo fim dos experimentos.

Mas nossa dependência dos bichos vai além. Temos uma necessidade psicológica de nos relacionar com os animais que não pode ser satisfeita pelo contato humano. É o que diz Hannelore Fuchs, médica veterinária e psicóloga de São Paulo, especialista na relação entre humanos e animais. Hannelore leva cães e coelhos para visitar pacientes em hospitais e diz que há muitos benefícios nesses encontros. "O contato com os bichos faz o corpo liberar endorfinas (um analgésico natural), relaxa, melhora a resposta imunológica e comprovadamente diminui o tempo de hospitalização. Para pacientes deprimidos ou solitários, as visitas diminuem as queixas e o uso de tranquilizantes." Uma característica fundamental da relação com o animal, diz ela, é a disponibilidade. Um cão saudável atenderá feliz e prontamente o chamado do dono a qualquer hora do dia ou da noite. "Ninguém dá esse tipo de afeto", diz ela. O biólogo americano Edward O. Wilson chama essa afinidade de biofilia.

Para ele, há algo no nosso DNA que nos faz querer bem tudo o que é vivo.

Para o etólogo e antropólogo Antonio Fernandes Nascimento Júnior, o animal preenche uma lacuna existencial em nós. "O animal serve como um espelho, em que o ser humano procura ver a si mesmo. Os índios americanos comiam o bisão não só pela carne, mas também para adquirir sua força, seu espírito", diz ele. E isso continua valendo. "O dono do pitbull enxerga no cão características que ele admira, que valoriza para si. E o caçador, em geral, tem uma reverência por sua caça."

Enfim, viver sem animais seria um sonho pouco realista. Para o etólogo Cesar Ades, da Universidade de São Paulo, especialista em comportamento animal, o homem nasceu entre os animais e sempre teve relações com eles. "Não usar animal nenhum faz parte das utopias", diz Ades.

Então, como tratá-los?

Se você acredita nas idéias de Peter Singer e acha que só devemos utilizar os animais no que for indispensável, há uma expressão utilizada pelos ativistas que pode ajudar: "redução, refinamento e substituição". Isso significa reduzir o consumo de animais onde eles são indispensáveis (carne só para as crianças, por exemplo), melhorar o tratamento aos bichos que forem utilizados (ainda há frangos criados soltos) e substitui-los onde for possível (algumas marcas de cosméticos não testam produtos em cobaias). Essa é a atitude mais radical. A partir daí, até os limites aos maus tratos impostos pela lei, há vários caminhos, que só cabe a você escolher.

Mas é impossível tratar melhor os animais se não soubermos como eles querem ser tratados. É preciso conhecer suas vontades. E cada vez há mais informação sobre suas necessidades.

Em primeiro lugar, é preciso entender que a domesticação não precisa ser uma exploração. Do ponto de vista ecológico, a domesticação é uma simbiose, uma associação entre espécies em que ambas se beneficiam, ou seja, elas se tornam mais aptas a se multiplicar e sobreviver, mesmo que nas condições mais hostis. Por esse ponto de vista, os animais de estimação podem ser considerados um caso de sucesso. É bom lembrar que os bichos domésticos proliferaram, enquanto os selvagens foram dizimados. Nos Estados Unidos, por exemplo, há 10 mil lobos, contra 65 milhões de cães. Além disso, se a domesticação fosse algo imposto aos bichos, como explicar os muitos casos de animais que se entregam voluntariamente ao convívio humano? O pato crioulo, por exemplo, uma ave selvagem brasileira, pousa às vezes em uma granja, atraído pelo alimento e pela tranquilidade. Vai ficando, ficando até que, de tão pesado, não consegue mais voar e fica na fazenda. Acaba na panela.

Pode-se dizer que o animal de criação não tem liberdade para fazer o que quer. Mas, afinal de contas, quem tem?

A teoria de Singer (e a motivação dos ativistas) soa tão diferente porque ele não acredita nisso. Ele discorda de uma premissa básica da teoria mais difundida sobre a natureza. Em outras palavras, ele não acha que as espécies tenham como interesse fundamental a sobrevivência. "Eu não acho que a reprodução é um interesse básico para os animais", disse ele à Super.

E se criássemos animais com respeito por suas necessidades e os matássemos sem dor? Nesse caso, nem Peter Singer iria se opor: "Eu não estaria suficientemente confiante nos meus argumentos para condenar alguém que comprasse carne de um lugar desses", disse o filósofo em entrevista à revista do The New York Times. De fato, viver confortavelmente e no final ser morto de um golpe, sem desconfiar do perigo, parece bem melhor do que viver sob perigo constante em liberdade e, um dia, acabar perseguido por um um grupo de lobos recebendo mordidas nas canelas ou ser devorado vivo por um urso. Guardadas as diferenças, é uma troca parecida com a do sujeito que abre mão do impulso genético de transar com o maior número de garotas para viver no conforto do casamento.

Em outras palavras, não é preciso abandonar os animais para evitar causar sofrimento a eles. Basta tratá-los da melhor maneira possível. Mas como saber o que eles querem, se eles não falam? O movimento de proteção animal desenvolveu uma lista de mandamentos que, se cumpridos, eliminam o sofrimento animal. Chama-se As Cinco Liberdades Básicas e diz que devemos livrar os animais de: 1) fome e sede, 2) desconforto, 3) dor, machucados ou doenças, 4) limites ao seu comportamento normal e 5) medo e estresse. Para o etólogo Mateus Paranhos da Costa, da Unesp, em Jaboticabal, a cartilha é uma fantasia de quem não lida com animais. "A busca pela ausência de sofrimento é justa, mas não é realista. O sofrimento faz parte da vida." O fundamental, diz ele, é o respeito pelo bicho. E, para isso, é preciso despertar o respeito nas pessoas que lidam com animais e informá-las sobre as necessidades dos bichos.

Até os animais de estimação precisam de mais respeito. Segundo o veterinário canadense Charles Danten, bichos de companhia sofrem, e sofrem muito. Tudo começa na infância do animal. O filhote se liga em quem cuida dele, seja a mãe ou o dono. Na natureza, a mãe corta essa ligação para que o filhote aprenda a cuidar de sua vida, mas, fora dela, o dono a incentiva, impedindo o mascote de alcançar a maturidade emocional. Como um filho mimado, o animal vive carente de atenção e adota comportamentos bizarros para conquistá-la, como se masturbar, derrubar coisas ou morder as visitas.

Quando isso acontece, a maioria dos donos abandona, passa a tratar mal ou dá ainda mais cuidados ao animal, o que só piora a situação. Alguns levam o bichinho a um psicólogos de animais, mas, quando descobrem que eles também precisam mudar seus hábitos, acabam aceitando a sugestão de dar remédios como Prozac ou Valium para o mascote ficar mais tranquilo. A atitude mais saudável seria deixar o animal à vontade para se expressar como queira, mesmo que isso signifique não dar a mínima para o dono. Mas, diz Danten, como há pouco sentido em ter um animal que não pode ser moldado à nossa maneira, o melhor é não ter animais, coisa que ele promete fazer assim que seu gato morrer.

Mas aos poucos o respeito está voltando. Em algumas granjas, as galinhas ganharam puleiros, ninhos e brinquedos para passar o tempo. Na fazenda, os vaqueiros que são alertados para ter mais cuidado com o animal facilmente percebem os abusos que cometem e melhoram o trato. Nos laboratórios, a anestesia é cada vez mais usada nos testes com cobaias. No zoológico, tratadores escondem a comida pela jaula, para o animal passar mais tempo procurando por ela, como na natureza. Quem sabe, em algumas décadas, estaremos novamente rezando para o bife que nos é servido.

Animais de estimação

Há cerca de 800 milhões de gatos e cães no mundo. Nos Estados Unidos, uma em cada três casas têm um bicho de estimação.

Experiências científicas

Para estudar doenças e testar remédios e produtos químicos, usa-se cobaias. Mais de 30 milhões morrem por ano no mundo nesse tipo de testes.

Carne, carne, carne

No mundo, há 15 bilhões de frangos e galinhas, 1,5 bilhão de patos, gansos e perus, 1,5 bilhão de cabeças de gado e outros 1,75 bilhão de bodes e ovelhas. A maioria destina-se ao abate

A vaca está em tudo

Produz-se muita coisa com o corpo da vaca. Com o sangue faz-se cola, espuma para extintores de incêndio e vacinas. O sebo vira sabão, tinta e até explosivos. Os tendões das patas rendem cosméticos e medicamentos. Os ossos são usados para fazer filmes fotográficos e de raios X.

Os intestinos viram fios de sutura. E o esterco é o melhor fertilizante.

O porco também

A constituição física do porco é muito parecida com a nossa. Por isso, eles servem como doadores de órgãos. Usamos sua pele e seu coração, entre outros

Morte lenta e violenta

A vitela é a carne de um bezerro anêmico que passa seus cinco meses de vida em um cercado minúsculo, impedido de se mover, para a carne ficar macia.

Pesadelo sem fim

Galinhas poedeiras vivem espremidas ob luz quase ininterupta para que comam e botem ovos sem parar. Seus bicos são cortados para evitar canibalismo.

Nascidos para morrer

Para obter ratos sem contaminação, os cientistas retiram o útero de uma rata em final de gestação e extraem as cobaias.

Mortos pela embalagem

Bichos com pele valiosa não dão cria em cativeiro e são caqçados. Passam dias com a pata dilacerada, presa em armadilhas

Envenenamento lento

Para testar a toxicidade de um produtos de limpeza, cométicos e medicamentos, 6 a 9 animais são forçados a ingerir doses crescentes da substância, por até 15 dias, até que metade morra. Os sobreviventes são mortos para estudo

Ácido no olho

Alguns produtos também são testados em tecidos sensíveis. Nesse caso, pinga-se a substância nos olhos de coelhos. Em alguns casos, a córnea vira uma pasta.

Foie gras

Três vezes por dia, durante 20 dias, um tubo é enfiado no pescoço do ganso e por ali bombeia-se um quilo de milho e banha. Depois, um anel evita que ele regurgite. Seu fígado adoece. É com ele que se faz o patê de foie gras.

Meu garoto!

Os bichos perdem parte do encanto quando deixam de ser filhotes. Mas incentivar o comportamento infantil é prejudicial ao animal adulto. Causa dependência emocional e deixa o bicho carente de atenção e ansioso, como um filho mimado. Se o seu animal não desgruda de você, pode ser sinal de que você não é um bom dono.

De orelha em pé

No passado, cortavam-se o rabo ou as orelhas do cachorro para torná-lo mais ágil em caçadas. Hoje, esse tipo de cirurgia é uma mutilação que já foi banida em muitos países.

Beleza demais

A tosa é uma necessidade, não uma chance para embelezar o bicho. Fazer esculturas de pêlo confunde a noção que ele tem do corpo. Tente andar de cartola um mês, para ver como é.

Venda no nariz

Cheirar é um grande prazer para o animal. Cães e gatos têm o olfato muito mais apurado que o nosso e descobrem o mundo pelo nariz. Colocar perfume no bicho, mesmo que muito sutil, é como colocar uma venda nos olhos de uma criança.

Fatos históricos do dia 29 de janeiro


1712 - Começa a Conferência da Paz de Utrecht que põe fim à guerra de sucessão espanhola.
1810 - A invasão de Andaluzia pelos franceses provoca o descrédito da Junta Central, que põe seus poderes no Conselho de Regência, constituído na ilha do Leão (atual São Fernando, em Cadiz).
1888 - Um incêndio destrói o Teatro Variedades de Madri.
1905 - Morre o jornalista e abolicionista José do Patrocínio. Na ocasião, ele estava com 55 anos e morava em um barracão no subúrbio do Rio de Janeiro.
1929 - Leon Trotski chega à Constantinopla após ser expulso da União Soviética.
1948 - ¿Mahatma¿ Gandhi, o maior líder nacionalista hindu e pacifista, é assassinado aos 78 anos a tiros por um jovem fanático.
1948 - O delegado soviético do Conselho de Segurança da ONU, Andrei Gromyko, pede a destruição de todas as bombas atômicas existentes no mundo.
1959 - Os estúdios Disney lançam o longa-metragem A Bela Adormecida, clássico dos desenhos animados.
1960 - O Presidente Juscelino Kubitschek recebe Dwight Eisenhower, presidente dos Estados Unidos, em Brasília. A visita do líder norte-americano foi um dos pontos marcantes de seu governo.
1963 - A Comunidade Econômica Européia repulsa a petição de ingresso da Grã Bretanha.
1966 - Nasce Romário Souza, jogador brasileiro de futebol.
1979 - A província de Cidade Real passa por graves inundações, devido a chuvas torrenciais.
1981 - O piloto Émerson Fitipaldi, campeão mundial de Fórmula 1, anuncia que vai abandonar as pistas. Mas acaba mudando de modalidade e indo para a Fórmula Indy.
1981 - Adolfo Suarez abandona seu cargo de presidente do Governo espanhol e do Partido União do Centro Democrático.
1984 - O tenente Guillermo Quintana Lacacci, ex-capitão de Madri, é assassinado pelo ETA.
1986 - Um avião DC-3 da Aerocalifórnia cai perto do aeroporto de Mochis (México), causando a morte de seus 21 ocupantes.
1991 - O Congresso da Somália Unificada nomeia Alí Mahdi Mohamed como novo presidente do país.
1993 - Morre Leo Lowental, filósofo alemão, um dos fundadores da Escola de Frankfurt.
1999 - O quadro de Velázquez Santa Rufina é adquirido por um colecionador anônimo por quase 2 milhões de dólares em Nova York.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Plantas alteradas geneticamente para detectar bombas


Parece que o futuro detector de bombas nos aeroportos poderá ser muito mais agradável que o atual escâner, já que agora temos plantas que podem fazer este trabalho.

Isso é o que fez a professora de biologia da Universidade de Colorado, June Medford, quem alterou plantas para que mudem de cor e fiquem brancas quando alguns explosivos estão no ar perto delas. Segundo Medford o objetivo é fazer que as plantas sejam tão sensíveis como o nariz de um cachorro.

O projeto foi financiado pela agência de defesa DARPA, que acredita que estas plantas podem ser uma boa alternativa em lugares públicos como aeroportos, estádios, edifícios do governo e outros lugares sensíveis.

A investigação começou em 2003 e Medford indicou que ainda faltam 4 anos para puder instalar as primeiras, mas garantiu um resultado positivo.

Fonte: FayerWayer Brasil

Ruído de trânsito aumenta risco de derrame, aponta pesquisa


Uma pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas demonstrou que o risco de derrame aumenta 14% a cada 10 decibéis de barulho de trânsito a mais ouvidos por qualquer pessoa.

Em idosos com mais de 65 anos a situação é ainda pior. Entre esta faixa etária, o risco sobre para 27% a cada 10 decibéis a mais de ruído.

Volumes acima de 60 decibéis também alteram a proporção risco/decibel. Uma rua movimentada, por exemplo, tem cerca de 70 e 80 decibéis de ruído em média.

O estudo revisou históricos médicos e de residência de 51.485 pessoas que participaram da pesquisa Dieta Dinamarquesa, Câncer e Saúde, realizada em Copenhague e arredores entre 1993 e 1997.

Um total de 1.881 pessoas sofreu derrame neste período. Segundo o estudo, 8% de todos os casos de derrame e 19% destes casos registrados em pessoas acima dos 65 anos poderiam ser atribuídos ao barulho do trânsito.

A relação estaria na diminuição a qualidade de vida, já que o ruído interferiria no sono, trazendo consequências como a elevação da pressão sanguínea e a frequência cardíaca.

Fonte: http://www.band.com.br/