terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mudanças


Quando eu era jovem e livre, sonhava em mudar o mundo.

Na maturidade, descobri que o mundo não mudaria.

Então resolvi transformar meus pais.

Depois de algum esforço, terminei por entender que isso também era impossível.

No final de meus anos procurei mudar minha família, mas eles continuaram a ser como eram.

Agora, no leito de morte, descubro que minha missão teria sido mudar a mim mesmo.

Se tivesse feito isso, eu teria sido capaz de transformar os que me cercam.

Então, essa mudança afetaria meus pais e, quem sabe, o mundo inteiro.

* * *

Esses dizeres foram encontrados no túmulo de um bispo anglicano do século XII, na abadia de Westminster e nos conduzem à meditação sobre como nos portamos na vida.

Somos daqueles que reclamamos que o mundo está ruim? Que não existem pessoas honestas e corretas?

Ou somos daqueles que estamos exemplificando a honestidade?

Quando alguma coisa errada é descoberta na empresa em que trabalhamos, temos a coragem de admitir que fomos nós o culpado pelo erro, ou preferimos deixar tudo por isso mesmo e que outro acabe por levar a culpa?

Se o caixa do supermercado nos dá troco a mais, temos a honradez de devolver, dizendo que ele se equivocou, ou embolsamos o dinheiro pensando que, afinal de contas, tanta gente já nos lesou em outras oportunidades?

Somos daqueles que reclamamos que o mundo não tem mais jeito? Que ninguém se importa com ninguém?

Ou somos daqueles que estamos sempre atentos, verificando como e onde podemos ajudar?

Quando andamos nos coletivos urbanos, preferimos baixar a cabeça, fingindo que não vemos nada do que está acontecendo ao nosso redor, para que não tenhamos que ceder o nosso assento?

Ou nos importamos em verificar se uma pessoa idosa, alguém obeso, com criança ao colo, entra e nos levantamos de pronto, permitindo-lhe chegar ao seu destino sem maiores dificuldades?

Quando andamos pela rua, levando a passear o nosso animalzinho de estimação, preocupamo-nos em que ele não suje as calçadas e os gramados?

Tomamos cuidado para que ele não assuste crianças e idosos que igualmente passeiam pelas ruas, aquecendo-se sob o mesmo sol?

Quando andamos de bicicleta, respeitamos os sinais de trânsito, as leis e as pessoas?

Ou, para nossa segurança, andamos pelas calçadas que é o lugar dos pedestres?

Quando não encontramos vaga para estacionar o nosso carro, procuramos um estacionamento ou preferimos, por economia e comodidade, estacionar de forma irregular, em calçadas ou filas duplas?

Pensemos nisso: nossa maneira de ser e agir contribui valorosamente para melhorar ou piorar a sociedade de que fazemos parte.

* * *

Toda a mensagem de Jesus é um convite à criatura para o seu aperfeiçoamento que, em verdade, lhe constituirá felicidade.

Antes, pois, de termos como meta modificar os que nos cercam, modifiquemos a nós mesmos, servindo de exemplo.

O esforço pela perfeição elimina projeções negativas e estabelece diretrizes de harmonia.

Quem se modifica, melhorando-se, contribui com parcela preciosa para a melhoria da sociedade.



Redação do Momento Espírita, com notas iniciais da
mensagem Mudanças, de autoria ignorada.
Em 26.7.2013.

domingo, 11 de agosto de 2013

Pequenas doações



Será que não poderíamos fazer algo mais?

Eis a questão que muitos nos fazemos, quando começamos a despertar para a importância do auxílio ao próximo.

Quando iniciamos a perceber que podemos ser instrumentos da bondade Divina no mundo, revemos nossas prioridades, revemos o uso de nosso tempo e de nossas forças.

Podemos ser muito mais úteis do que imaginamos, e cada um que finalmente se rende ao poder das ações do amor, dissipa um pouco mais as trevas ainda predominantes nos dias atuais.

* * *

Não subestimemos as chamadas "pequenas doações".

O prato que oferecemos ao necessitado será provavelmente o recurso de que precisa a fim de liberar-se dos últimos riscos da inanição.

A peça de vestuário que entregamos ao companheiro em miséria terá representado o apoio providencial com que se livrou de enfermidade grave.

A reduzida poção de remédio que conseguimos doar em favor de um doente, foi talvez o socorro que o auxiliou a desviar-se do derradeiro corredor em que resvalaria para a morte.

A visita rápida que fazemos ao enfermo pode ter sido o estímulo inesperado que o arrancou do desânimo para os primeiros passos, em demanda ao levantamento das próprias forças.

O bilhete ligeiro que endereçamos ao irmão em dificuldade, ofertando-lhe reconforto, possivelmente se transformou na âncora que lhe permitiu retomar o acesso à esperança.

O minuto de tolerância com que suportamos a exigência de uma pessoa, em difícil conversação, haverá sido aquele que a ajudou a descompromissar-se com um encontro desagradável ou com determinado acidente.

Algumas poucas frases num diálogo construtivo serão o veículo pelo qual o nosso interlocutor evitará render-se a ideias de suicídio ou delinquência.

Os nossos instantes de silêncio caridoso à frente desse ou daquele agressor, significarão o amparo que não pode descartar, a fim de aceitar a necessidade da própria renovação.

Não menosprezemos o valor das minidoações.

O nosso concurso supostamente insignificante pode ser o ingrediente complementar que esteja faltando em valiosa peça de salvação.

* * *

Doar sem doar-se é como acender um fósforo em meio a severa ventania. O calor e a luz não duram.

Entregar o coração em tudo que se dá é transformar-se em farol no alto de uma encosta ameaçadora.

Desde o dia em que, naquela beira-mar, constrói-se a torre luminosa, ninguém mais estilhaça sua embarcação nas rochas duras do sofrimento.

O mundo precisa de faróis. O mundo precisa do nosso farol.

Mesmo que confessemos que nossa luz possível ainda é pequena lanterna, isto é, não tem poder de iluminar grande porção de mar, entendamos que, mesmo assim, ela é necessária e pode ser muito útil.

Através das pequenas doações, feitas com a grandeza de um coração que deseja a felicidade do outro, iluminaremos todo o oceano e, finalmente, nos despediremos da escuridão na Terra.

Pensemos nisso. Iluminemo-nos e iluminemos.



Redação do Momento Espírita, com base no cap.26, do livro
Respostas da vida, pelo Espírito André Luiz, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. CEC.
Em 25.7.2013.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Quando eu morrer


Vez ou outra acontece. Lembramos que um dia abandonaremos o corpo de carne e partiremos para outra realidade.

É nesses momentos que recordamos de elaborar testamento, repartindo o que vamos deixar, entre aqueles que ficarão.

As vontades assim expressas, quase sempre criam disputas familiares, que chegam a se prolongar por anos.

Quanto maiores forem as posses daquele que se foi, a tendência é aumentar a disputa se, entre os contemplados, não existe entendimento, afeto.

Houve um homem, no entanto, que pensando em sua morte, elaborou vontades muito precisas.

Pensou em seu funeral e o que ele poderia significar para o mundo.

Ele era um líder e dizia que não desejava ser idolatrado, mas sim ouvido.

A sua era a luta por direitos humanos e em nome dela, foi preso dez vezes, nada o demovendo do seu ideal de igualdade entre os homens.

Foi na igreja onde ele era pastor, que falou a respeito da sua morte:

Frequentemente eu penso naquilo que é denominador comum e derradeiro da vida: nessa alguma coisa que costumamos chamar de “morte”.

Frequentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não em sentido angustiante.

Frequentemente pergunto a mim mesmo o que gostaria que fosse dito então.

Eu deixo aqui com vocês, esta manhã, a resposta...

Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral.

E se conseguirem alguém para fazer o ”discurso fúnebre”, digam-lhe para não falar muito.

Digam-lhe para não mencionar que eu tenho um Prêmio Nobel da Paz: isto não é importante!

Digam-lhe para não mencionar que eu tenho trezentos ou quatrocentos prêmios: isto não é importante!

Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a serviço dos outros.

Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Martin Luther King tentou amar alguém.

Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo.

Quero que vocês possam mencionar o dia em que... tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a Humanidade.

Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito.

Todas as outras coisas triviais não têm importância. Não quero deixar atrás nenhum dinheiro.

Eu só quero deixar atrás uma vida de dedicação!

E isto é tudo o que eu tenho a dizer:

Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante

Se eu puder animar alguém com uma canção

Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo

Se eu puder cumprir meu dever cristão

Se eu puder levar a salvação para alguém

Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou...

Então, minha vida não terá sido em vão.

* * *

O Reverendo Martin Luther King Junior lutou pelos direitos dos negros nos Estados Unidos.

Foi Prêmio Nobel da Paz em 1964.

Todas as vezes que foi preso, que sofreu atentados à bomba, que sua casa, esposa e filhos foram ameaçados, respondeu com amor.

Dizia que a resposta ao ódio devia ser o amor e continha os seus seguidores para que não reagissem.

Morreu assassinado, conforme previra.

Em seu túmulo, está a prova de que tinha convicção da vida além desta vida.

E que partiu, embora de forma tão brusca, com a alma em paz pela certeza do dever cumprido.

O epitáfio diz: Enfim livre, enfim livre!

Graças a Deus Todo-poderoso sou finalmente livre!

Foram estas palavras que usou para concluir o seu mais famoso discurso, intitulado Eu tenho um sonho, em que traduziu o ideal da liberdade e da igualdade entre todos os homens.

Oxalá todos os que abraçamos uma religião, possamos ter essas ideias lúcidas a respeito da vida e da morte.

Nesse dia, o mundo será muito melhor.



Redação do Momento Espírita, com base no
discurso de Martin Luther King Junior: Quando eu morrer.
Em 24.7.2013.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Origami, lenda dos mil tsuru’s


Uma coisa legal para se fazer com papel é dobradura, ou em japonês, origami, que significa literalmente papel dobrado. Hoje vou falar sobre o tsuru, talvez seja o origami mais conhecido no mundo inteiro e praticamente um símbolo da cultura japonesa. O tsuru é um pássaro, no ocidente conhecido como cegonha ou grou, que os japoneses admiram devido as suas cores de alto contraste, e consideram como a ave mais antiga do mundo que pode viver mais de mil anos. Para os japoneses o tsuru, como pássaro, representa a vitalidade e juventude, como origami representa a paz, boa sorte, felicidade e saúde.

A crença:

Os japoneses acreditam que a pessoa que dobrar 1000 tsuru’s com o pensamento focado em uma necessidade, terá seu desejo realizado. Por este motivo muitos japoneses fazem 1000 origamis de tsuru e deixam em templos para terem seus pedidos realizados.

Outra crença é que quando uma pessoa está doente, quanto mais tsuru’s esta pessoa dobrar, mais rápido será sua recuperação, por isso é comum um paciente receber papéis de origami dos amigos e parentes que o visitam.

A lenda das “Mil penas de Tsuru”

Conta a lenda que um camponês muito pobre vivia em uma cabana humilde e seu único alimento era algumas verduras que colhia de sua terra cansada.

Um dia, enquanto tentava plantar em sua terra mais ao longe por achar menos árida, encontrou uma cegonha com a asa quebrada. A ave não podia voar em busca de alimento, estava fraca e beirando a morte. O camponês sentindo compaixão por tamanho sofrimento, rapidamente tomou a cegonha em seus braços e a levou para sua cabana. Ele cuidou de sua asinha e pacientemente colocou em seu bico algumas sementes. Com o passar dos dias, a cegonha melhorou. A bondade do camponês a livrou da morte e quando ela pôde voar, o camponês a libertou.

Alguns dias depois, uma mulher adorável apareceu em sua cabana pedindo que lhe desse abrigo por uma noite. O camponês, por ser uma pessoa de bom coração, não negaria esta caridade à pessoa alguma. Porém, a beleza daquela mulher fez com que ele acreditasse que deixá-la dormir em sua humilde cabana era realmente uma honra.

Após aquela noite os dois se apaixonaram e se casaram. A noiva era delicada, atenciosa e tinha tanta disposição para o trabalho quanto era bonita. E assim eles viviam muito felizes. Mas para o camponês, que já tinha muita dificuldade quando vivia sozinho, ficou muito mais difícil ainda cobrir as despesas que sua nova vida de casado lhe trazia.

Preocupada com esta situação, a esposa disse ao marido que produziria um tecido especial, pois tecer era um trabalho comum para as mulheres nessa época. Ele poderia vendê-lo para ganhar dinheiro, mas ela o alertou que precisaria fazer seu trabalho em segredo, e que ninguém, nem mesmo ele, seu marido, poderia vê-la tecer.

O homem construiu uma pequena cabana nos fundos de sua casa onde ela trabalhava trancada durante três dias. O marido só ouvia o som do tear batendo. A curiosidade e a saudade que tinha de sua bela mulher fazia com que estes dias demorassem muito para passar.

Quando o som da tecelagem parou, ela saiu com um lindo tecido entre os braços, de textura delicada, brilhante e com desenhos exóticos. A tecelã lhe deu o nome de “mil penas de Tsuru”.

Ele levou o tecido para a cidade. Os comerciantes ficaram surpreendidos e lutaram entre si para consegui-lo. O vendedor pagou com muitas moedas de ouro por ele. O pobre homem não podia acreditar que tão de repente a sorte começasse a lhe sorrir. Desde então, a esposa passou a trabalhar no valioso tecido outras vezes. O casal podia, com o fruto da venda, viver em conforto. A mulher, porém, tornava-se dia após dia mais magra.

Um dia, ela disse que não poderia tecer por um bom tempo. A mulher estava muito cansada. Seus ossos lhe doíam e a fraqueza quase a impedia de ficar em pé.

O camponês a amava muito e acreditava naquilo que ela dizia, no entanto, tinha experimentado a cobiça. Ele havia contraído algumas dívidas na cidade e pediu para que ela tecesse somente por mais uma vez. No princípio ela não aceitou, mas perante a insistência do marido, cedeu e começou a tecer novamente.

Desta vez ela não saiu no terceiro dia como era de costume, o homem ficou preocupado. Mais três dias se passaram sem que ela aparecesse e isso começou a deixar o marido desesperado.

No sétimo dia, sem saber mais o que fazer, ele quebrou sua promessa, espiando o serviço de tecelagem que ela fazia.

Para a sua surpresa, não era sua mulher que estava tecendo. Arqueada sobre o tear encontrava-se uma cegonha, muito parecida com aquela que o camponês havia curado.

O homem mal pôde dormir à noite, pensando o que teria acontecido com a mulher que amava. Amaldiçoava-se por ter sido insaciável e praticamente ter obrigado a sua querida esposa a tecer mais uma vez.

Na manhã seguinte, a porta da cabaninha se abriu e o camponês com o coração aos saltos fixou seus olhos na porta, esperançoso em ver a sua esposa sair dela com vida.

A mulher saiu da cabana com profundas olheiras, trazendo o último tecido nas mãos trêmulas. Entregou-o para o marido e disse, “Agora preciso voltar, você viu minha verdadeira forma, sendo assim, eu não posso mais ficar com você”.

Depois de dizer estas palavras, transformou-se em sua verdadeira forma para em seguida alçar voo, exibindo um lindo rastro de pó cintilante, e deixando o arrependido camponês, em eterna lágrimas.

Sadako Sasaki

Sadako era uma menina que viveu em hiroshima na época da bomba atômica, ela tinha apenas dois anos quando a bomba explodiu e neste momento sua mãe conseguiu salva-lá da explosão mas foram atingidas pela chuva radioativa que caiu após o ataque. Sadako viveu normalmente até os doze anos de idade quando descobriu ter leucemia(cancêr no sangue), e enquanto estava internada sua amiga foi lhe fazer uma visita e contou sobre a crença dos mil tsuru’s, deste dia em diante a menina começou a fazer os 1000 tsuru em origami mentalizando a sua cura.

Infelizmente ela faleceu antes de terminar os 1000 tsuru, e seus amigos completaram os que faltavam até o dia de seu enterro. Esta história se espalhou rapidamente e até hoje a menina é lembrada como símbolo de luta contra as armas nucleares e bem estar das crianças.

Aprenda a fazer:

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Desapego


Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.

E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas.

É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.

Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas.

Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.

Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos.

Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.

Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.

E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas?

No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.

Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.

Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.

E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente.

Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.

Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...

Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.

Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado.

Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos.

Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas.

É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas.

Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações.

Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório.

Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória.

Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados.

Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?

Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos.

Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam.

Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem...

E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida.

Pensando dessa forma, aos poucos, a criatura promove uma autoeducação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta.

Ou seja, amar sem exigir nada em troca.



Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.
Em 30.7.2013.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

22 lugares incríveis que são difíceis de acreditar que realmente existam - Parte 02

Fields of Tea, China

Image credits: unknown

Tianzi Mountains, China

Image credits: Richard Janecki

Hang Son Doong, Vietnam

Image credits: Carsten Peter

Shibazakura Flowers, Takinoue Park, Japan

Image credits: kimi-tourguide.blogspot.com

Antelope Canyon, USA

Image credits: CSMphotography

Lake Hillier, Australia

Image credits: Ockert Le Roux

Lake Retba, Senegal

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Lavender Fields, UK and France


Image credits: Antony Spencer | Erasmus T

Canola Flower Fields, China



Image credits: +Lanzi

Mount Roraima, South America

Image credits: imgur.com | Uwe George

Zhangye Danxia Landform, China

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O céu está na alma


A crença mais difundida entre os homens identifica o céu como um local determinado no espaço.

Para lá seguiriam as almas dos eleitos.

O aspecto e o conteúdo desse lugar refletem ideais de prazer material das diversas culturas existentes na Terra.

Algumas dessas culturas afirmam que cada homem terá diversas virgens à sua disposição.

Outras sustentam que o paraíso é repleto de anjos tocando harpas.

Em eterna contemplação, as almas se refestelariam no ócio.

Tais concepções refletem o desejo de saciar inúmeros vícios, como gula, preguiça e sensualidade.

Contudo, não é possível conceber que almas sublimes encontrem alegria em nada fazer ou em satisfazer paixões.

O que caracteriza os grandes homens é a sua dignidade e o seu incansável labor em favor dos semelhantes.

Não é crível que a morte física os degenere.

E que a partir dela se tornem rematados desocupados cheios de vícios.

Consequentemente, o paraíso não pode ser um local de ócio e desfrutes.

Na verdade, o céu não é um lugar delimitado.

A evolução científica evidencia a impossibilidade dele se situar no alto das nuvens, como durante certo tempo se concebeu.

O homem gradualmente explora recantos cada vez mais longínquos, sem perigo de encontrá-lo.

Tendo em mente que o que sobrevive à matéria é o Espírito, suas recompensas e penúrias devem ser todas imateriais.

A rigor, o céu é um estado de consciência.

Não é preciso desencarnar para estar no céu ou no inferno.

Cada homem traz, nas profundezas do próprio ser, a grandeza ou a miséria resultantes de seus atos.

Um homem honrado experimenta plenitude interior onde quer que se encontre.

Já um celerado permanece em sobressalto mesmo no mais luxuoso dos palácios.

O céu é um estado de harmonia com as Leis Divinas.

Tais Leis são reveladas pela natureza e encontram-se inscritas na consciência de cada ser.

A semelhança em face da dor, da doença e da morte revela que todos os homens são essencialmente iguais.

As diferenças de caracteres refletem o bom ou mau aproveitamento das anteriores encarnações.

Todos os Espíritos foram criados em estado de total simplicidade.

E todos fatalmente se tornarão anjos de amor e sabedoria.

As desigualdades são transitórias e retratam o esforço individual.

Quem gastou bem o tempo acumulou tesouros intelectuais e morais.

Aquele que se permitiu viver na leviandade ressente-se das oportunidades que desperdiçou.

Os vícios e paixões que porta são a herança que preparou para si.

A igualdade essencial dos seres indica um dever de solidariedade.

O homem mais avançado precisa auxiliar os que seguem na retaguarda.

Trata-se de um dever elementar de humanidade, não de um favor.

Esse auxílio não se cinge a esmolas, muitas vezes humilhantes.

Nem reflete conivência com equívocos.

A criatura consciente necessita dar exemplos de dignidade e trabalho.

Também precisa demonstrar compaixão com os semelhantes.

Auxiliá-los a perceber os próprios equívocos e a repará-los.

Quem é honesto, trabalhador e solidário realiza a tarefa que lhe cabe no concerto da vida.

Harmoniza-se com sua consciência e vive em estado de plenitude.

Acerta-se com o passado e descobre a alegria que é trazer uma larga faixa de céu no coração.



Redação do Momento Espírita.
Em 31.7.2013.

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Essa redação de hoje é dedica a uma pessoa especial, a minha querida amiga Mari.
Hoje é aniversário dela!!!

Mari,

Feliz Aniversário!!!

Felicidades!!!

domingo, 4 de agosto de 2013

22 lugares incríveis que são difíceis de acreditar que realmente existam - Parte 01

Tunnel of Love, Ukraine

Image credits: Oleg Gordienko


Tulip Fields in Netherlands

Image credits: Allard Schager

Salar de Uyuni: One of the World’s Largest Mirrors, Bolivia


Image credits: dadi360

Hitachi Seaside Park, Japan

Image credits: nipomen2 | sename777

Mendenhall Ice Caves, Juneau, Alaska

Image credits: Kent Mearig

Red Beach, Panjin, China

Image credits: MJiA

Bamboo Forest, Japan

Image credits: Yuya Horikawa | Tomoaki Kabe

Street in Bonn, Germany

Image credits: Adas Meliauskas

Naica Mine, Mexico

Image credits: nicole_denise

Wisteria Flower Tunnel in Japan


Image credits: imgur.com | mindphoto.blog.fc2.com

Black Forest, Germany

Image credits: andy linden

sábado, 3 de agosto de 2013

Gatinha para adoção - Japão, Aichi-Ken, Nagoya-Shi


A mais ou menos um mês, todos os dias ao atravessar uma praça para chegar ao trabalho, encontrava uma gatinha pequenina e muita linda.
A pequena sempre vinha ao meu encontro, desde o começo.
Comecei a levar ração para ela todos os dia.
Mas, sempre que passava era a mesma coisa, ela me via e vinha correndo e miando para meu lado.
Nesta sexta-feira eu não tive coragem de deixá-la sozinha e abandonada...
Peguei ela no colo, passei no home center ao lado da praça e comprei algumas coisas que eram necessárias e liguei para um amigo nos buscar.
Agora ela está aqui em casa, mas como já tenho os três pequeninos, não posso ficar com ela...
Quem estiver no Japão e quiser adotar ela ou souber de alguém que queria, por favor entre em contato conosco.
Obrigado.

Ah! Ela é meiga e carinhosa.


Terremoto 03/08/2013 - AICHI KEN, SHIZUOKA KEN, GIFU KEN e NAGANO KEN


Hoje, 3 de agosto de 2013, as 09:56 horas houve um terremoto na região de Shizuoka e Aichi.
A escala foi de número 5,1.


平成25年08月03日09時59分 気象庁発表
03日09時56分頃地震がありました。
震源地は遠州灘(北緯34.6度、東経137.5度)で、
震源の深さは約40km、地震の規模(マグニチュード)は5.1と推定されます。
各地の震度は次の通りです。
なお、*印は気象庁以外の震度観測点についての情報です。